Dor
A melhor maneira de reagir á tristeza e a dor
É ter um bom coração e uma cabeça viva
A tristeza e a dor, não são doenças, lapsos, ou defeitos
São verdades, condições, coisas do dia-a-dia,
Parecidas como calçar os sapatos, ou fazer o almoço
É banalizando-as que as acompanhamos
Um sofrimento não anula o outro mas acompanha-o
Para isto é preciso inteligência e bondade
Aquilo que resta são as pequenas alegrias
No contexto de tamanha tristeza e tanta verdade
Tornam-se grandes por serem as únicas que há
As alegrias do dia-a-dia que se tornam rotina
Que não se podem deitar fora, pois são elas o
antidoto para combaterem a tristeza e a dor.
Amizade verdadeira é aquela na qual há brigas, mas nunca o ódio. Há amor, mas nunca dor. Há confiança, mas nunca intolerância. Há lealdade, mas nunca maldade. Há segurança, mas nunca desconfiança. Há cambalacho e também muita cumplicidade e, principalmente, generosidade.
Na virada do ano eu quero me desfazer de tudo o que me entristeceu esse ano; toda a dor, toda a mágoa, todas as lágrimas. No Ano Novo, eu quero uma vida nova. Quero experiências novas. Quero sonhos novos. Quero um jeito novo de ver a vida. Eu quero ser feliz de novo, com todos os que me fizeram feliz esse ano. Eu quero muito mais risadas com os meus amigos. Eu quero o dobro de momentos felizes com quem eu gosto. Eu quero muita saúde, muita paz e muito amor. Eu quero o desapego. O desapego das coisas e das pessoas. O desapego de tudo o que não me acrescenta, só diminui. Eu quero ser feliz enquanto a vida me permitir. Eu quero ser feliz sem medo do amanhã. Eu quero um Ano Novo colorido, cheio de boas vibrações. Eu quero que no momento exato da virada, tudo de ruim que estiver ao meu redor, se afaste; que todas as lembranças ruins, sejam esquecidas; que todas as tristezas desse ano, vá embora. Eu quero um Ano Novo cheio de bençãos, de luz e de realizações. Eu quero um Ano Novo com menos complicações, menos drama e menos violência. Eu quero um Ano Novo com mais leveza, mais simplicidade e muito mais amor!
''Eu não sei se um coração pode aguentar tanta dor, mas vou levando a vida sem saber e evitando saber.''
Um grito silencioso
O êxtase da dor...
Silêncio que mata,
silêncio que alto sussurra,
Entalado no interior, ele ata,
o nó da dor e da amargura.
Entorpecendo a alma,
dilacerando o coração.
Como um temporal que não se acalma,
transborda tristeza e decepção.
Do profundo vem o clamor,
elevo a Deus esse silencioso grito.
Entretanto ouço do Criador
um silêncio constante e maldito.
Perturbadora é essa mudez,
tal que as palavras não expressam.
Redijo esse poema outra vez,
falando de feridas que não se fecham.
Com as lágrimas encalacradas
e um grito silente,
minh‘alma está a gemer.
E por trás das gargalhadas
e uma expressão sorridente,
escondo de todos o meu sofrer.
Quem ama exercita o humanismo, cresce como pessoa, torna-se sensível e perspicaz à dor da alma alheia, torna-se um ser humano mais completo. Perde quem deixa de amar, pois torna-se amargo, introvertido e atrofia os valores humanos da caridade e do afeto.
O que é o amor ?
É se queimar sem fogo...
Chorar sem lágrimas...
Sofrer sem dor...
Sangrar sem feridas...
Sorrir sem motivos...
Desejar sem vontade...
Perder sem ganhar....
Ganhar sem perder...
Enxergar sem ver...
Sonhar sem dormir...
Buscar sem compreender...
Morrer sem viver...
Hoje não quero falar de dor nem de amor. Não quero pensamentos nem palavras. Somente o silêncio desta paz que me invade. Somente a preguiça deste descanso esperado. Hoje não quero andar, não quero correr, não quero pensar. Meus movimentos são letárgicos. Meu coração se arrasta lento. Não é tristeza, não é saudade. É somente uma alegria cansada precisando cochilar.
Deus não prometeu isenção de dor e sofrimento a ninguém! Mas paz e consolação em meio às adversidades...
"A dor e a delícia" de ser diagnosticado
Inicialmente ressalto que não utilizarei termos acadêmicos porque a minha atenção neste texto é que ele alcance um número de pessoas que entendam, de forma simplória, o que eu quero dizer.
A caminho de seis anos me interessando por assuntos voltados para a psique, diariamente me deparo com a proporção que tomou o uso de diagnóstico pelas pessoas. Muitas se "autodiagnosticam" visitando sites, respondendo a uma bateria de testes sem algum embasamento teórico-científico, conversando com um amigo que está cursando - visitando a sala de aula de - Psicologia ou uma matéria chamada "Psicologia alguma coisa" em um determinado curso. Enfim, pessoas querem se enquadrar a uma psicopatologia ou estrutura psíquica.
Saber o que/quem se "é" em tempos onde todos têm de se mostrar "cult" é chique. E "ser" "bipolar" ou "boderline", então? Moda-psi. E acreditem, estes são diagnósticos dificílimos de serem identificados, e eu ousaria dizer que levariam no mínimo dois anos, com ajuda e controle profissionais, para então a confirmação do que se trata.
O fato de a pessoa ter em mãos seu próprio diagnóstico, quando provindo de um profissional qualificado, não me incomoda. Mas eu ter a convicção de que exista um medicamento ou uma fórmula de "cura" para uma psicopatologia que ainda não foi sequer divulgada, bom, aí já é demais. Comportamentos da nossa era atual estão sendo ditos como doenças, déficits e síndromes em uma velocidade assustadora e isso me preocupa. Por quê?
Bom, acredito sim que toda pessoa tenha o direito de saber o que se passa, tanto no adoecer físico quanto psíquico. Mas o problema maior é a forma em que é passada, e para além disso, o jeito com que a pessoa internaliza a forma que a disseram que ela é/está no mundo. Uma forma que não tem salvação, como se a aprisionasse dentro do seu "ser". E com isso, tem muita gente utilizando o "seu diagnóstico" (o que eu sou, o que eu tenho?) como desculpas a ações absurdas, como a própria obrigação de ser feliz a todo e qualquer custo, ou como desculpas para não se ter responsabilidades. Pessoas estão fazendo mal umas às outras, aos ambientes em que convivem, e no final dão a desculpa do diagnóstico. E isso acontece num tempo de urgências, antes que tudo se acabe, já que para todos a vida tornou-se algo breve.
Para que tenhamos clareza da seriedade do que é diagnosticar, em estágios e acessos a prontuários da Psicanálise e da Psicologia eu vi muitos "psicóticos" ou "obsessivos" sendo enquadrados como "perversos". Psicóticos sendo chamados de "histéricos" ou "neuróticos". "Melancólicos" e "depressivos" sendo chamados de manhosos. "Pessoas fóbicas" ou com "TOC's" tendo direito somente ao uso de medicamentos, e não de se perceberem nas suas dificuldades. E em todos esses casos, é como se tirassem o sujeito da doença e a pessoa tornasse apenas uma telespectadora do sofrer.
Eu aprendi que o diagnóstico psíquico é de uso do profissional no campo da Psicologia ou da Psiquiatria ou da Psicanálise. O que o paciente é ou o que ele tem não é retirado de uma CID ou de um DSM, mas de uma história de vida. Manuais são um caminho, não uma solução. E o tratamento, embora muitas vezes eu concorde que deva sim ser medicamentoso, parte das possibilidades apresentadas pelo paciente ao profissional, e é claro, na busca pela forma que o adeque, por vontade e liberdade dele, a um estilo de vida suportável e feliz.
Acredito que as pessoas não deveriam se preocupar tanto com o que têm ou são no adoecimento psíquico, mas sim com o que podem fazer para cuidarem de si e das pessoas aos seus arredores. Não se trata de parar de dizer qual o diagnóstico, mas de mostrar ao paciente que ele é bem mais que qualquer nome. Não podemos deixar de acreditar na mudança dos sujeitos, na responsabilização dos sujeitos, tampouco superação das limitações dos sujeitos. Todos nós temos limitações. Mas se superar e se autoconhecer são pontos importantes que também fazem parte de uma terapia. Por fim, a terapia é um momento de parar, refletir, recuperar forças... e seguir em frente. Coisas que um diagnóstico não proporciona a ninguém.
Consulte um psicólogo.