Dias
Conto os dias
Esperando a noite chegar
Mesmo tendo somente a Lua
Para iluminar teu corpo
De olhos fechados sinto
Teu calor
E entrelaço meus pés aos seus
Meu todo se aquece
Esqueço de todo o resto
Respiro o ar que expiras
Experimento o sentimento através de suas narinas
Então encosto meu rosto no seu coração
E ouço as batidas compassadas junto ao meu
Vivo o sonho de te ter
E adormeço...
Cinza
Você sempre gostou tanto dos dias cinza, que deve ser por isso que me visita nessa época. Vai ver que esses dias escuros, chuvosos ou meio nublados, foram feitos para pensarmos mesmo. Bate uma saudade fina, guardadinha nos restos de uma lembrança quase esquecida, sobrando no fundo de um copo. E, inevitavelmente, nesses dias, tudo volta: você, suas lembranças malfeitas, tudo que tenho para dizer e calo, tudo que faço e escondo, tudo que grito e não quero dizer. Nos dias cinza, pensamentos vão e voltam; correm de um lado para o outro, flutuam, voam num piscar de olhos, mas sempre param na mesma coisa.
Tanto sentimento, tanta palavra, tanta história, tanta invenção, tanto de tudo, por que sempre para na mesma coisa? Tanto já se passou, sentimentos já trocaram de lugar, por que você ainda me dói? Eu só queria continuar. Acabar de vez com essas perguntas, colocar um ponto final, ter pelo menos uma certeza. Essa história de ficar parando em cada ponto e ter que recomeçar e recomeçar e recomeçar e recomeçar e recomeçar, tá me deixando cansada.
Vai ver, no fundo, num canto bem escondido, exista uma explicação. Talvez eu goste mesmo dessa busca toda, desse procura-e-não-acha, dessa mania de me jogar num mar desconhecido e me afogar. Ou só esteja cansada demais para desacreditar de uma vez por todas, e, continuando no mesmo pensamento, “por que parar agora?”. É verdade que devagar não se vai longe, mas antes recomeçar inúmeras vezes do que não começar vez nenhuma, certo? Espero que assim seja – e sei que esperas também.
Nalgum momento, alguém de verdade aparece. Tem que aparecer. Afinal, as coisas podem dar errado o tempo que for, mas chega uma hora em que têm que dar certo. Não sei quando nem por quanto durará, mas em algum momento, por menor que seja, tem alguma coisa que dá certo. Aprendi isso no dia que te conheci. Chovia, era cinza, você me disse que gostava de dias assim, disse que nos fazia pensar. Desde então, guardo nítida essa e tantas outras lembranças suas. Malfeitas, borradas, indevidas: guardo todas. Você deu errado. Mas não poderia ter dado mais certo.
Dias cinza dão certo. Você deu certo. Meu coração é que nunca dá.
É impressionante o quanto as pessoas se prostituem, de diversas formas, todos os dias, e não se dão conta disso.
E assim os dias passam. Você fingindo que me entende e eu fingindo que te escuto. Você faz uns carinhos, uns abraços que já não tem significado. Automático. E vou te consolando das mesmas dores, mesmo medos. Replay. Outras pessoas vão aparecendo e tomam meu lugar, já não me procuras mais e o que antes era alegria hoje é exaustão. O que antes em mim era conforto hoje não te faz feliz. Nosso amor não foi suficiente para suportar nossas vidas. E fico esperando o dia que vais me retirar sutilmente da sua vida. Eu vou chorar, vou querer morrer. Depois vou me levantar, erguer a cabeça. Seguir. Encontrar outras pessoas. Outro amor vai me encontrar. E o ciclo irá recomeçar. Novamente os dias iram passar…"
Composição
Todos os dias são sempre iguais,
com as suas igualdades desiguais.
Com seus certos caminhos,
cheio de vis incertezas...
Já se foram as cores;
estrangularam a beleza...
A metralhadora de risos
dá o tom da guerrilha.
Íntima - intima - intima...ação.
Parábola
Após quarenta dias no deserto em completo jejum poético, depois de vencer os seus demônios internos; volta o poeta a sua terra e prega para todos que tem os ouvidos abertos, recita seu versos nas ruas, cura a melancolia dos pobres de espírito, faz milagres com a palavra, multiplica as linhas para dar de comer aos famintos pela rima, ressuscita os sonetos decassílabos do mundo dos mortos e exorciza o tédio dos descontentes.
Expulsa do templo do saber os teóricos; escreve versos todos os dias, mesmo aos sábados e causa à inveja daqueles que se acham os verdadeiros sabedores do lirismo, foi traído, preso; condenado e executado... Mas deixou um legado; sua poesia, por isto ganhou a imortalidade, reside junto do verbo.
As horas passam lentamente, quando percebo vários dias se passaram mas as horas continuam passando lentamente.
Que os dias fossem menos corridos, que os pais fossem mais atenciosos, que as pessoas não fossem falsas, que os amigos morassem mais perto, que as pessoas não mentissem, que a escola fosse um lugar em que eu aprendesse coisas para a minha vida, que as pessoas que eu amo não me abandonassem, que os sentimentos não mudassem… Queria que no final tudo se acertasse.
Dor não é linha de poesia, dor não é ficção. Para você que perdeu a esperança nos dias seguintes, nas palavras e promessas anteriores, no momento presente. Aos que passaram alguns segundos lendo algo e procurando, num mergulho em si mesmo, se encontrar. Aos que sentem frio, aos que sentem falta, aos que sentem nada... Sempre vale a pena parar e respirar - (suspiro) – Muito a pena!
Não moro mais em mim...
Sabe aqueles dias que nada faz sentido em sua vida?
Aqueles dias que tudo o que vc gostaria é de dormir e não acordar, até que a dor tenha ido embora?
Hoje eu vivo um desses dias. Hoje eu queria me entregar ao sono mais profundo e nem sequer sonhar. Ficar e sentir apenas o vazio do tempo e das horas que se passam no meu relógio da sala.
Eu preciso sentir esse vazio, pq dentro de mim já não cabe mais nada. Fui estocando tanto amor e dor, que hoje vejo que eu já não tenho mais espaço dentro de mim.
Fui literalmente jogada para fora de mim mesma. E eu já fora do meu corpo, não tenho mais controle sobre ele. “Eu não moro mais em mim” Vejo-o caminhando, sem rumo... Numa estrada muito perigosa, a qual não enxergo o fim. Vejo pedaços meus ficando pelo chão. O primeiro a cair foi meu coração. Esta jogado nessa estrada, e por mais que eu tente pega-lo eu não consigo.
E assim eu vou, um corpo vazio e sem rumo em meio a uma estrada obscura. E o meu EU, quem eu realmente EU SOU vendo tudo sem poder fazer nada, por mais que eu tente, NADA consigo fazer. Meu corpo esta fora de controle. E minha alma, sucumbindo à dor
Sou ameaçada todos os dias, pelo meus próprios desejos. Por isso eu insisto: "Senhor, livrai-me de mim mesma!
A vida é só uma, porém ela se divide em: Anos, Mêses, Semanas, Dias, Horas, Minutos, Momentos, Emoções e até Segundos."
AS HORAS
Enquanto passam-se as horas
Os dias vão se acumulando despejados,
Os anos que conto, são por ali separados.
Os minutos vão-se como penas ao vento,
Deles nada escrevi, não tomei nenhum assento.
Enquanto as horas se apressam,
Eu junto tudo com lentidão.
Tudo quer estar disposto em seus lugares.
A minha cadeira de balanço
O pêndulo onde eu tenho montado
Contando horas,
Contando tempo,
Contado dias,
Remando com o pé nos pedais,
Indo contra e a favor das marés
E o que passa, que eu conto,
Ninguém vê, nem sabe o que é,
A ânsia da espera, o medo da cara aberta,
Cabelos que não sei a cor,
Olhos, que imagino claridade.
E a minha idade, alguém contou,
Todos os segundos
E a hora por chegar...
Por que contaram de mim
Assim, desanimado?
Ele está do seu lado todos os dias. É com ele que você compartilha seus segredos, seus medos, suas besteiras. Você nunca teve tanta sincronia com ninguém antes. Tudo faz sentido quando estão juntos. Pensam as mesmas coisas, tem o mesmo senso de humor, gostam das mesmas coisas. Poderia se dizer que são perfeitos um para o outro, mas não são.
E é isso que dói tanto. Você sabe o que sente, e finalmente teve coragem de admitir para si mesma. O motivo pelo qual você não para de olhar o celular, o motivo pelo qual você se pega rindo do nada, o motivo pelo qual você se sente tão insegura quando ele não está aqui.
Você se apaixonou por ele.
Pode ser clichê, obvio, e o que todos esperavam. Mas você não esperava, ele não esperava. Não saber se ele sente você do mesmo jeito que você sente ele é torturante. E toda vez que ele não está por perto você analisa cada passo, cada gesto, tentando achar sinais de que talvez sinta.
Mas ao mesmo tempo você também acredita que não é nada disso. Você não está sentindo o que está sentindo, está se enganando. E admiti o contrário. Agora são só amigos, e se gostam, é isso, fim.
“Não, não é.”, é como se cada vez que você chegasse a uma conclusão concreta sua cabeça e coração fossem na direção oposta. Vezes juntos, vezes separados. Como se fosse impossível decidir o que está sentindo, impossível de comprender.
Talvez você saiba o que está sentindo, mas tem medo. Medo de que uma vez que chegar a uma conclusão tudo mude. Que essa conclusão seja para o pior. Não considera que possa ser para o melhor, não faria sentido se fosse.
E o mais dificil disso tudo é não poder compartilhar. Você não quer falar sobre isso porque ninguém entenderia. A mudança de sensação é tão rapida que nem você compreende. Você não quer alguém pensando coisas enquanto você conta uma história, não quer confundir os outros também, já basta você mesma. Você quer tudo simples. Mas só complica, só confunde. Enloquece.
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