Despedida do meu Pai que Ja Morreu

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RETORNO (soneto)

De volta à minha vida de outrora
Há inquietude com o meu futuro
Tal, embora, o atual seja escuro
A intuição me diz pra ir embora

É assim, no raiar, uma nova aurora
Vai e vem, prevalece o afeto puro
Só na fé com compaixão é seguro
E na esperança que se faz a hora

Porém, se perde, também se ganha
Nas dores, se bate, também apanha
O próprio tempo que doutrina a gente

Pois no dever cumprido, vem o sentido
Da correlação, e ser mais agradecido
Hoje vou melhor, com amor mais ingente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

POEMA EM SILÊNCIO (soneto)

Meu verso está amordaçado
As palavras dentro da vidraça
Represadas e tão sem graça
Estou calado, o poetar calado

Inspiração diluída na fumaça
O vazio estridente e arestado
Ácido em um limo agargalado
Inebriando tal qual cachaça

Meu pensamento está suado
Ofertado como fel numa taça
E na solidão, então, enjaulado

O poema em silêncio, bagaça
Oh! Túrgido sossego enfado
Diz nada, só tira a mordaça...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

AMO-TE (soneto)

Amo-te no meu maior, largo e profundo
sentimento da alma, é amor, mais nada
Te uivo no peito em graça entressonhada
onde paz, calma, faz-se em cada segundo

Amo-te no ringir da noite por ti poetada
que verseja a paixão de que me inundo
deste afeto que é o maior do meu mundo
num regozijo duma felicidade estacada

E é tão puro e é tão feliz e é tão fecundo
que as lágrimas são preces transfigurada
de fé ingênua e fausta, neste amor rotundo

Amo-te na pequenez de minha morada
tão simples, mas cheia de zelo jucundo
Pois tu és rogo da vontade tão desejada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

O meu encontro pessoal com Jesus Cristo aconteceu quando eu me encontrei comigo mesmo e percebi que tudo que eu julgava nos outros era, na verdade, tudo que eu era. E tudo que eu apreciava nos outros, era apenas reflexo do que eu julgava de bom em mim. Caí por terra e chorei amargamente, quando constatei que as pedras que atirei nos outros me foram devolvidas com a mesma intensidade que eu as havia jogado. Da minha própria autoria, Ritinhascj ou Ritinha do Sagrado Coração de Jesus

Por muito tempo eu calei meu coração quis sufocar
Esse sentimento que floreceu como eu te explicar
Você sempre me viu como um amigo e um irmão
Por isso eu tive medo de arriscar errado e perder de
Vez o teu coração.

Por muito tempo evitei te olhar nos olhos, me
escondia
Eu sempre me contentei com um beijinho um abraço
Isso já me servia
Quantas coisas já perdi por medo de perder
Mas agora eu aprendi não vou perder você...

Refrão:

Te quero, comigo, mais que um amigo eu quero ser teu
namorado
Te peço, uma chance, pense com carinho nesse pobre
Apaixonado (2x)

Eu não sou nenhum Don Juan conquistador
Muito pouco eu sei do amor
Então eu entreguei tudo em oração
A quem sabe
Quem melhor que o inventor do coração

Sei que Deus esta comigo e é por isso que eu me
assanho
Aceitei o desafio
Estou aqui me declarando
Te quero muito mais que ontem e hoje muito menos que
amanhã
Eu me escondi por tanto tempo
Mas hoje eu confesso eu sou seu Fã

Refrão.
Te quero, comigo, mais que um amigo eu quero ser teu
namorado
Te peço, uma chance, pense com carinho nesse pobre
Apaixonado (2x)

JUBILA CANÇÃO (soneto)

Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu

Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão

Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu

E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

VOCÊ...

A falta de sua presença, machuca.
Meu coração numa cumbuca.
A saudade é sentida.
Na alma reprimida.
A solidão no íntimo.
Sinto falta do mimo,
hoje está mais apertada, dolorida ,
ferida...
Ouvi Bethânia, tomei vinho, fiz uma massa.
A emoção numa arruaça.
Queria você aqui.
Está saudade deflui,
na saudade de você!!!
Agridoce...
É estritor.
Com amor!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano

VISÃO

No cerrado vi um peão a toda brida
Pelos cascalhados da árida estrada
Do meu sonho não entendia nada
Se eu estava na morte ou na vida

Entre folhas ressequidas, adormecida
Uma caliandra, sendo colhida por fada
Em cachos, no beiral da lua prateada
Numa tal tenra pálida beleza já vencida

E nesta ilusão a ele fiz uma chamada
Vós estás de chegada ou de partida?
O tal peão, O Tempo, de sua cruzada

Respondeu: não tenho alguma parada
Levo comigo o podão de toda a vida
A caliandra colhida, é tua infância perdida.

SONETO "MEA CULPA"

Você que sempre foi especial, errei
Então, no meu erro, desculpa peço
É difícil perdoar! Sei! Árduo regresso
Eu confesso: -com remorso fiquei!

E nesta "mea culpa", algo lhe direi
Se o coração escuta, é progresso
Não é fácil arrepender sem acesso
Tão pouco indulto de quem o fazei

Então, com um afeto lhano modesto
No nada é impossível, o meu gesto
De contrição... Na minha incorreção

Nem tudo na vida nos é tão funesto
Pra que seja no amigo ato molesto
E neste soneto de amor: -Perdão!

Luciano Spagnol
27, agosto de 2016
Cerrado goiano

Eu amo a Filosofia. Ela faz o complicado trabalho de desvendar o manual de instruções do meu cérebro!

“Vaidade… Definitivamente é o meu pecado favorito!”

PERDÃO (soneto)

Cá estou, meu Senhor, a pedir perdão
Tal o humano: muito errei no caminho
Se de tuas leis desviei, dá-me alinho
Tentei ser, do afim irmão, mais irmão

Se de meu olhar ausentou o carinho
Perdão! Aqui me tens em confissão
Me ensina rezar com Vosso coração
Na omissão, fui um ser mesquinho

Não matei, nem roubei, fui em vão?
Perdão! Me tira deste mal cantinho
Se declinei, pouca era minha razão

Compaixão por me achar sozinho
Se no amor não pude ser paixão
Perdão pela tua coroa de espinho!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Quero aqui em alguns versos
Fazer também o meu protesto
Defender o meu nordeste
Do preconceito e da discriminação
Eu escolho o cordel
Por ser a linguagem mais fiel
Que representa o sertão


Pra ser sincero
não entendo a indignação
Dessa gente infeliz
Que não sabe o que diz
E só fica aí falando mal do nosso povo
Só porque não fomos baba ovo
De um presidente que a qualquer custo queria ganhar a eleição


Mas, felizmente, essa já não é mais a questão
O fato é que o nordeste sempre foi injustiçadooo
Taxado por muitos de atrasado
Lugar de gente sem noção


Mas contra isso eu digo é não
O povo aqui é tão sabido e politizado


quanto você que mora aí do outro lado… e fica falando mal do meu sertão.


Então, meu compadre, respeite o meu nordeste pois aqui tem sim cabra da peste


E se você duvidar
Pega aí
Os cabras retados da literatura, da arte, da cultura
E vamos aqui comparar


Duvido que tem aí
No seu lugar
Um Luís Gonzaga
Um Chico Anisio
Um Jorge Amado
Ou um José de Alencar


Vou nem seguir com
a Lista
Para não te humilhar
Nem vou falar de culinária, nem das praias
Que você costuma vir aqui frequentar


Mas se você tá acostumado
Com falsidade, hipocrisia
ou até mesmo com essa sua ideologia
Dá no pé e vai cantar
em outra freguesia
Porque caráter e honestidade por aqui a gente não negocia


Também não vou te Tratar com desdém
E pode até continuar banhando em nossas praias


que a gente não faz desfeita de seu ninguém
Você pode não valer um vintém
Mas por aqui, meu Compadre, o mal se paga é com o bem

Meu livro é uma imersão profunda da alma.

Agradeço com sincera humildade cada elogio, mas admito que nunca consinto abrir as portas de meu coração para sua entrada!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Sou surdo para quaisquer elogios quando meu coração me reprova!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Berro comigo/E com todos/E nessa esmerada contrição/Abraço meu ego

Inserida por JeffersonCarvalhaes

Se eu pudesse mandar em meu coração, determinaria a ele o impossível...
Amar-te ainda mais!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Muitos me julgam pelo digo,mas é o meu silêncio quem me traduz!

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Que minha inspiração seja um veículo de paz para todos. Que meu poema seja a força consolidadora do amor e da virtude. Que minha alma seja a sombra esculpida na luz de Deus. Pois a arte que afaga os olhos, em meu íntimo é missão!

Inserida por pastoreinaldoribeiro