Despedida de uma Pessoa Querida
Como disse uma vez um filósofo conhecido como Mc Tempestade, não coloque ponto na vida de alguém, coloque vírgula, Deus é grande.
Tudo que é mentira começa pequeno, quase imperceptível — uma simples palavra fora do lugar, uma desculpa leve, um silêncio conveniente. Mas, como uma gota que cai num tanque, ela vai se acumulando, enchendo o espaço até transbordar.
As mentiras são como a água: quando começam a escapar, não há como contê-las. Elas se infiltram em cada canto, molham o que era seco, apagam o que era verdadeiro. E quando damos por nós, o relacionamento — que antes era firme — já está afundado em desconfianças e mágoas.
No fim, toda mentira cobra o seu preço. Ela destrói o que levou tempo, amor e confiança para construir. E quando chega o último suspiro, percebemos que nada se perdeu de repente — tudo começou com aquela pequena mentira que achamos inofensiva.
Uma das virtudes mais admirada pelos homens é a humildade, e a que mais defende a si mesmo é a prudência.
De duas a uma, ou se tem muito dinheiro... ou se tem muita paciência... o equilíbrio é não querer muito nem um nem outro.
Decepção amorosa é só mais uma forma camuflada de amadurecimento, amadurece ou volta ainda mais a infantilidade.
Você sempre me deu uma luz, uma direção no meio de toda essa bagunça que sou...deve ser por isso que te amo ou não - sei lá -.
Só se ganha uma guerra sem precisar lutar quando consegue perdoar alguém que nem sequer te pediu desculpas.
Quando uma mulher se encontra com a motivação da exposição da sua curva mais bonita, o sorriso, ela se torna tão poderosa que pode se insinuar para as câmeras ou para o espelho, com a certeza de revelar ou refletir a tradução da beleza.
Antes de ser sequestrado pela Medonha Polarização, o cabo de guerra era só uma das inúmeras e ingênuas brincadeiras de crianças dos bons e velhos tempos.
Um homem mau oferece muito menos perigo empunhando uma arma do que folheando uma Bíblia.
Empunhando uma arma, ele é previsível, folheando uma Bíblia, não mais.
Pois, nas terras férteis da instrumentalização religiosa, o que não falta é gente ruim se valendo do nome do Filho do Homem para se esconder, aparecer e se promover.
Quando um homem mau empunha uma arma, pode até ferir corpos e espalhar medo por algum tempo.
Mas quando ele abre uma Bíblia e se apropria da fé alheia para justificar sua maldade, o perigo se torna ainda maior.
A arma só atinge a carne, mas a Manipulação Religiosa corrói a Consciência Espiritual, Desfigura a Verdade e Aprisiona o Pensamento.
É por isso que, muitas vezes, o estrago causado por um Falso Profeta se prolonga para muito além de sua própria existência: porque não apenas mata, mas ensina outros a matarem em nome de suas verdades.
A fé deveria libertar e iluminar, mas, nas mãos de quem só deseja poder, transforma-se em algemas invisíveis.
Eis a gritante diferença: balas deixam cicatrizes no corpo, enquanto a palavra descaradamente distorcida deixa cicatriz na alma.
Toda e qualquer forma de manipulação é ruim, mas nenhuma é tão sórdida quanto a Religiosa.
E se tivéssemos duas rodovias paralelas — uma sob concessão, tarifada, bem cuidada, com toda infraestrutura, suporte e segurança; e outra, sob os descuidos do Estado — sobre qual você se deslocaria?
Suponho que, em meio ao avanço exponencial da informação, manter um tabu será, muito em breve, uma escolha — e não uma imposição.
Já vivemos tempos em que Tudo — desde que alicerçado na sinergia da Maturidade, Responsabilidade, Sensibilidade e Respeito — pode ser dito, mas quase nada pode ser realmente escutado.
A informação se multiplica, enquanto a escuta se fragmenta.
É mais fácil focar na liberdade de expressão irrestrita que calar para escutar!
O excesso de dados não nos libertou dos preconceitos; apenas os sofisticou.
Hoje, romper um silêncio é fácil — o difícil é sustentar um diálogo.
E, entre certezas inflamadas e convicções fabricadas, o pensamento sereno passou a ser visto quase sempre como provocação.
Talvez o verdadeiro desafio da era da informação não seja aprender mais, mas aprender a pensar sem medo e sem culpa, a questionar sem ser condenado, e a permitir que o outro exista, mesmo quando ele pensa diferente.
Porque, sem transpor a zona desconfortável de se questionar, talvez seja mais fácil apodrecer que amadurecer.
