Deserto
A MULHER
(A C…)
A mulher sem amor é como o inverno,
Como a luz das antélias no deserto,
Como espinheiro de isoladas fragas,
Como das ondas o caminho incerto.
A mulher sem amor é mancenilha
Das ermas plagas sobre o chão crescida,
Basta-lhe à sombra repousar um’hora
Que seu veneno nos corrompe a vida.
De eivado seio no profundo abismo
Paixões repousam num sudário eterno…
Não há canto nem flor, não há perfumes,
A mulher sem amor é como o inverno.
Su’alma é um alaúde desmontado
Onde embalde o cantor procura um hino;
Flor sem aromas, sensitiva morta,
Batel nas ondas a vagar sem tino.
Mas, se um raio do sol tremendo deixa
Do céu nublado a condensada treva,
A mulher amorosa é mais que um anjo,
É um sopro de Deus que tudo eleva!
Como o árabe ardente e sequioso
Que a tenda deixa pela noite escura
E vai no seio de orvalhado lírio
Lamber a medo a divinal frescura,
O poeta a venera no silêncio,
Bebe o pranto celeste que ela chora,
Ouve-lhe os cantos, lhe perfuma a vida…
– A mulher amorosa é como a aurora.
S. Paulo – 1861
TRISTEZA
Minh’alma é como o deserto
De dúbia areia coberto,
Batido pelo tufão;
É como a rocha isolada,
Pelas espumas banhada,
Dos mares na solidão.
Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!
Roem-me atrozes idéias,
A febre me queima as veias;
A vertigem me tortura!…
Oh! por Deus! quero dormir,
Deixem-me os braços abrir
Ao sono da sepultura!
Despem-se as matas frondosas,
Caem as flores mimosas
Da morte na palidez,
Tudo, tudo vai passando…
Mas eu pergunto chorando:
Quando virá minha vez?
Vem, oh virgem descorada,
Com a fronte pálida ornada
De cipreste funerário,
Vem! oh! quero nos meus braços
Cerrar-te em meigos abraços
Sobre o leito mortuário!
Vem, oh morte! a turba imunda
Em sua miséria profunda
Te odeia, te calunia…
– Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria.
Quero morrer, que este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel,
Porque meu seio gastou-se,
Meu talento evaporou-se
Dos martírios ao tropel!
Quero morrer: não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançar ao chão,
Do pó desprender-me rindo
E as asas brancas abrindo
Lançar-me pela amplidão!
Oh! quantas louras crianças
Coroadas de esperanças
Descem da campa à friez!…
Os vivos vão repousando;
Mas eu pergunto chorando:
– Quando virá minha vez?
Minh’alma é triste, pendida,
Como a palmeira batida
Pela fúria do tufão.
É como a praia que alveja,
Como a planta que viceja
Nos muros de uma prisão!
S. Paulo – 1861.
Como posso dizer que este pássaro é um pássaro do deserto, se no meio do ano ele voa até a américa.
A chuva cai lá fora enquanto dentro há um campo deserto, vida que provém da natureza, olhares que se cruzam por corredores, salas, ap’s, casas, barracos e mansões. Divisões na sociedade que separa quem vive de quem serve, de quem manda é quem obedece, e pra quem ou que se serve, porque é assim que é sem ninguém questionar só resta obedecer ou lutar até morrer, eu ignorei todas as distrações que eles trouxeram, gritei bem alto pra que saibam l que eu quero. Cansei de ficar esperando a outra vida, quero vencer mesmo que seja o último na corrida, se estou na pista é porque vivo minha vida de olho no que me intriga, instiga, me aplico enquanto o mundo gira, e os astros se movimentam em pura harmonia, destino são acontecimentos por acaso, livre arbitro é futuro já escrito.
SONETO A MINHA MÃE
Estar sozinho é como estar no deserto
Sem água, sem sombra.
Estar com a mãe é como estar em pasto
Hidratado e cheia a pança.
Mãe acalenta pela presença
Palavras de amor sem pressa
Com paciência aconselha
Demonstrando amor à beça.
Estar com a mãe no deserto
O calor não maltrata
O frio não machuca
O fastio dura um período
Embora sinta um vazio
A mãe abraça com afeto.
Noite adentro
Uma lágrima e pálpebras molhadas
Coração a rebentar-se neste deserto
Nem sei mais quem sou ao certo
Olham e dizem, pobre coitada!
Sofro horas a fio em um pesadelo
Uma profunda tristeza me definha
Nesta solidão que é tão minha
Sinto frio, febre, desespero..
Que o meu verso nunca se cale
Por mais triste e adormecido ao vento
Um fogo que consome, um sentimento
Que enquanto o céu repousa, me invade
Em uma floresta esquecida adentrei
Sem rumo, por entre os arvoredos
De tanto medo, não sentia mais medo
E o vento que acariciava meu rosto eu beijei
Sobrevivo ainda por ter esperança e alento
Suspiro, na palidez das rosas brancas
Enquanto o silêncio derrama lembranças
Nas sombras do vale noite adentro.
Lucélia Santos
Meu coração está em Lockdown! Lá fora um deserto total! Por dentro, tudo trancado! Silêncio. Tudo parado!Mas um dia vai ficar legal! Depois de tudo que sofreu... de todo mal.... resolveu ficar em Lockdown! A paz não tem preço! Vou trocar meu endereço! Vou para outro lugar! Descansar! Por que meu coração está em Lockdown! Caiu na real! Quem sabe um dia!?...Um alguém!?... Numa noite fria?!... Para aquecer meu coração! Mas por enquanto não! Por enquanto não! Não quero dar nenhum sinal! Por que meu coração está em Lockdown!... Em Lockdown! Deserto. Trancado. Silêncio. Tudo parado. Mas um dia vai ficar legal! Enquanto isso ele está em Lockdown!...Em Lockdown!...
Verdadeiro amor
O processo é fardado a vitória
A vitória é o estágio no deserto
O amor é vertente de toda sabedoria
Aliás qual a conclusão do processo
Caso pudesse entender
Toda vertude do esclarecimento
Poderia contar as estrelas
Para navegar no seu intimo desejo
Seu olhar morena
Seu jeito meigo
Naquela praia
Entendi e conclui todo meu sentimento
É por você e será por você
Todo meu
Esforço
Fôlego e desejo.
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