Desejo Carlos Drumond
Cuidar do nosso tempo também tem a ver com amor próprio. E, amor é respeito e respeito é amor. Quantas vezes nós nos desrespeitamos vadiando por aí sem um destino a seguir? Desrespeitamos o nosso tempo... o tempo de plantar, o tempo de crescer e o tempo de dar frutos. Não cuidar do nosso tempo é flagrante ofensa ao nosso amor próprio.
Com o tempo não se brinca. E tempo também tem a ver com prudência. Não quero ser moralista, mas viver desregradamente é pura loucura. Ah, queria eu viver de qualquer jeito, mas viver de qualquer jeito é ficar no beco da sorte.
Nem sempre o que vivemos agitadamente tem o condão de sustentar uma alegria sólida a fim de gerar um conforto em nossa alma. Será que estamos cuidando do processo da lucidez em nossas vidas? Ou, será que estamos vivendo paliativamente e cegamente para ter sensações de alegrias momentâneas? A propósito, tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.
É intrigante quando percebermos que em dado momento de nossas vidas podemos estar anestesiados com os contextos dos quais estamos vivendo.
Empatia era algo que tínhamos e não sabíamos o nome. Agora é algo de que sabemos o nome e não temos.
Não é verdade que amigos verdadeiros não precisam de explicações. Somente as amizades rasas não se ressentem da falta de zelo. Amigos verdadeiros podem ser fiéis e dedicados como cães de guarda, mas sensíveis e carentes de cuidados na mesma proporção. Um mal-entendido pode magoar sutil e irremediavelmente, e quando se vê, não existe mais a presença, não existe o calor, a substância. Somente a forma, vazia e fria, ainda chamada de amizade.
Lembra que houve um tempo
em que era tudo imaginação?
E agora é real.
Imagine.
Quantas coisas lindas
começamos a tornar reais
no momento em que as ousamos
imaginar.
Existem muitas pessoas no mundo ligadas a você de alguma forma. Ao longo da vida, você terá a oportunidade de encontrá-las, por um breve momento.
O Homem e o Abismo
Um homem tinha sua casa à beira de um abismo. E, por temer o abismo, um dia pensou em se atirar nele. O homem saiu de sua casa e caminhou serenamente até a beira do abismo, e olhou para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo, o que ele julgava ser a solução para os seus problemas. E os seus problemas eram, em sua totalidade, o medo do abismo. Após um longo tempo à beira do abismo, olhando para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo, o homem decidiu não se atirar no abismo, e voltou para sua casa.
A casa, bem construída em terreno firme, tinha uma horta e um cercado para as galinhas, tinha água para a plantação e pasto para o gado; o tipo de lugar onde nada de ruim tinha como acontecer. Mas tinha o abismo. E tinha o medo do abismo. E, desde então, inúmeras vezes, o homem caminhou até a beira do abismo, e olhou para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo. Todas as vezes, porém, o homem decidiu não se atirar no abismo, e voltou para sua casa. Todas as vezes, ele decidiu, sabiamente, viver. Todas as vezes, menos uma. Uma única vez, o homem se atirou no abismo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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