Desculpas Amor Nao Correspondido
“Amizade com Deus não ultrapassa o usufruto da intimidade e da Palavra quando há obediência. É a obediência que impede que a amizade vire moeda. A verdadeira amizade se revela na entrega total, na disposição firme de obedecer...mesmo sem recursos, só pelo amor a Deus.”
A Dança da Reciprocidade
E nessa dança, a reciprocidade é a melodia que embala a relação. Não é só dar, nem só receber, mas um fluxo constante de troca.
É a atenção, o carinho, o respeito e a dedicação que se manifestam de ambos os lados, criando um equilíbrio perfeito.
Quando a reciprocidade floresce, cada gesto ganha um significado especial, e o amor se fortalece na certeza de que ambos estão igualmente investidos nessa jornada.
Fagulha.
Uma fagulha,
Cai do teto,
O fogo do silêncio que consome no ócio,
Não apagou,
Na força do pensamento que não compensa a lembrança,
E o sufoco?
É uma pedra na janela,
Quebrou, sem eu lançar,
Mas, quem foi?
Também não pude alcançar,
Logo agora que só sei voar,
Olhar,
Atento,
A dentro,
No lindo concerto intrínseco que ninguém ouviu.
“O tempo não é uma linha reta, mas um espelho que nos obriga a confrontar o que realmente valorizamos na imensidão do universo.
Insano é perder a chance de te ter em meus braços, pela manhã...
como não espero isso digo apenas que nunca, nunca fugirei de nosso amor.
Quando te chamei, ansiava por algo
que me era precioso: o nada.
Não pensava na sua voz, no seu corpo,
o brilho do seu olhar, queria o nada.
Não queria seu amor, sua alegria ou
sua tristeza, seu riso ou seu choro.
Somente o nada.
Não pensava na sua alma ou na minha.
Queria sua presença somente para nada.
Precisava de você apenas por você.
Poderia ser no nada, eu não me importaria.
Naquele momento só tinha um pensamento:
Você. Por quê? Não sei, era para nada.
Não queria minhas desculpas nem ouvir suas desculpas.
Era o seu nome na minha cabeça e mais nada.
Como posso dizer por que te procurava?
Se eu queria você sem motivo
Se não consigo dizer o que era sentido
e qual era o sentido, não consigo dizer
Então cheguei à conclusão que esse nada
em você é mais que tudo e mais que todos.
Me perdoa por não estar bem.
Achei que era forte… mas me perdi nos meus próprios dias difíceis.
Só queria ter feito tudo melhor.
Me afoguei nas preocupações,
e deixei de ser aquele homem que brilha nos teus olhos.
Voltei pra casa de mãos vazias e coração frio,
tentando me aquecer no calor do teu sorriso,
mesmo que fosse só pela tela do celular.
Mas o sol nasce…
e com ele, nasce também a esperança
de um novo dia.
Um dia em que eu consiga esquecer a dor,
e ser só aquele homem
que você um dia sonhou ter ao lado.
Desculpa se sangrei…
Tentei esconder a dor,
mas ela transbordou pelos olhos
e manchou os dias com silêncios.
Sigo devagar…
Às vezes paro,
respiro,
e busco paz em pequenas doses.
Só quero viver o agora…
e se for contigo,
melhor ainda.
Pedaços, Pedaços, Pedaços e mais Pedaços
Eu não quero pedaços grandes para eu me sujar, quero pequenos e doces capazes de eu aguentar.
Prefiro os pedaços pequenos e doces da vida, porque promessas grandes demais quase sempre machucam.
Aprendi a querer pouco e doce, porque o muito sempre vem com dor.
Prometeram o mundo, mas deixaram cicatrizes. hoje, só aceito migalhas que não machucam.
Pedaços grandes demais costumam sufocar; por isso escolhi o que é pequeno, sincero e leve.
Já me perdi em promessas enormes. agora só quero o que cabe no coração sem ferir.
Cansei do exagero que fere. Me contento com o pouco que não me faz sangrar
Cronica “Seu pai não sei ler”
Era fim de tarde quando, na pressa dos dias que a gente já não vive, apenas atravessa, mandei uma mensagem de texto para meu pai pelo WhatsApp. Algo simples, corriqueiro, como quem diz “tô indo”, “compra pão”, “te amo”.
Passaram-se uns minutos. Chegou um áudio. Apertei o play, distraído — e fui parando, devagar, como quem freia diante de algo que nunca deveria ter passado batido. Do outro lado, a voz dele. Firme, mas doce. E, entre pausas que diziam muito, ele soltou a frase que carrego até hoje como cicatriz:
“Filho, fala por áudio, por favor... seu pai não sei ler.”
A frase veio seca, sem rodeios, sem drama. Mas bastou para me desmontar por dentro. Naquele momento, percebi que a ausência das letras tinha um nome, um rosto, e mãos calejadas: meu pai.
Ele, que desde novo trocou cadernos por tijolos. Que largou a infância para vestir o avental do trabalho e o peso de uma casa inteira nas costas. Nunca teve tempo de ser aluno. A escola da vida o esperava com lições duras e sem recreio.
Mesmo sem saber ler, meu pai sempre foi sábio. Sabia interpretar silêncios, somar esperanças, dividir pão e multiplicar amor. Ele escrevia com gestos. E ainda que seus dedos nunca tenham deslizado sobre uma página, eles desenhavam o mundo com dignidade — cada parede erguida, cada telha assentada, era uma frase inteira dizendo: “eu estou aqui”.
Nunca vi meu pai se envergonhar por não saber ler. Mas percebi, nas entrelinhas dos dias, a solidão de quem vive num país onde tudo grita por letras. Placas, receitas, contratos, celulares... O mundo exige leitura. E quem não a tem, acaba empurrado para a margem — como se fosse menos, quando, na verdade, é mais: mais forte, mais lutador, mais humano.
Meu pai é daqueles heróis que não cabem nos livros, porque ele é o livro. Sua vida, cada capítulo, é aula de resistência. Nunca frequentou uma sala de aula, mas me ensinou tudo que importa: respeito, esforço, afeto e verdade.
Hoje, quando falo sobre alfabetização de jovens, adultos e idosos, penso nele. E em tantos outros “seu João”, “dona Maria”, “seu Antônio”, que a sociedade esqueceu. Alfabetizar não é apenas ensinar letras; é devolver a voz a quem só foi ouvido por áudio.
Se um dia eu tiver filhos, e eles me perguntarem quem me ensinou a ler a vida, responderei com orgulho: foi meu pai — mesmo sem saber ler.
“Não julgue para não ser julgada.
Não jogue pedras para não as receber de volta.
Não xingue para não ser ofendida.
Não maltrate para não ser destruída.
Seja apenas amor, deleite e paz.”
Vitorioso não é quem possui tudo, mas quem conquista a confiança dos outros. Porque a confiança é um tesouro tão valioso que, mesmo sem ter mais nada, quem a detém tem tudo."
Ando infeliz.
Não que seja culpa de alguém.
São os pesos das escolhas.
Os pesos das ações.
Não de alguém — mas minhas.
Cada dia que passa, o peso chega e dói ainda mais nos meus ombros, já machucados nesses anos.
É como ser um fardo pra mim mesma.
É como ser um fardo que ninguém quer carregar.
Só existo eu por mim.
Me sinto presa a uma vida da qual nem lembro quando assinei esse contrato.
Deveria ter pensado mais...
Teria poupado tanta dor e sofrimento.
Não teria lágrimas nos olhos,
Nem sorrisos forçados,
Tentando mentir pra mim mesma que consigo dar mais um passo,
Se eu parar para respirar a cada movimento que dou.
Me vejo no espelho da vida
E, sinceramente, tenho vergonha de mim.
Minha família não me ama como eu precisava.
Meu marido é ignorante.
Só pensa em si e me deixa aos trapos.
O único amor que conheci de verdade é o da minha filha.
Sinto que nasci pra servir meus inimigos — e conviver com eles.
Jesus… até quando?
Até quando tenho que chorar calada?
Até quando vão me invalidar?
Estou a um ponto de acabar com minha vida com minhas próprias mãos…
Nem que seja em palavras, como estou fazendo agora:
Sozinha, na minha própria casa.
Só eu, uma xícara de café amargo
E gritos contidos, enquanto engulo amarguradamente cada gole.
Jesus Cristo já dizia:
"Não pode a árvore boa dar maus frutos."
Quando alguém te ignora, fere, trai ou se afasta sem compaixão diante da primeira adversidade, revela que seu coração continua preso a si, distante do verdadeiro amor que compreende e acolhe.
Mesmo que a dor seja real, escolha sempre o perdão.
Se fosse para eu escolher entre não te amar e te esquecer, minha escolha seria te esquecer, pois eu não consigo viver sem amar você.
Mais uma vez, coloco em palavras sentimentos que não chegarão até você.
O tempo que compartilhamos foi tão breve...em comparação à dor que sinto.
Às vezes, me pego refletindo que preferiria não ter te conhecido.
Na minha angústia, convenço a mim mesma de que só conheci uma ilusão.
Assim, percebo que a verdadeira realidade é que
Minhas fantasias sustentam essa máquina
Da saudade do que não existe
Da saudade do que nunca aconteceu.
Essas emoções se acumulam e pesam sobre meu peito
Tão pesadas como o silêncio entre nós.
03/07/2025
CONTRADIÇÃO (soneto)
Se eu peço a este soneto que compaixão
Não seja opoente ao coração enamorado
Tão pouco o fado rebelde e despreciado
Se versar com afeto traz branda sensação
De onde vem tão truculenta inspiração
Duns versos que se mostram obrigado
A causar no contrário, tão desesperado
Na ilusão, e feito a modo de divagação
Minha poesia inquieta e falante chora
Num prosar que está a cantar e, assim,
Tão encharcado de suspiro, vêm fora
Aparenta então que na rima sofrente
Minha poesia vive a chorar por mim
Só para ver a insatisfação contente.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 julho 2025, 18’58” – Araguari, MG
"Aplique a manutenção preventiva em sua vida! Não espere que as coisas deem errado para correr atrás de soluções desesperadas. Se deseja que algo funcione bem e dure, seja um equipamento, uma amizade ou um relacionamento, cuide com atenção e faça manutenção regularmente. Isso pode significar verificar e ajustar regularmente, dar atenção e apoio, ou simplesmente estar presente. Com cuidado e manutenção constantes, você pode evitar problemas e garantir que as coisas continuem funcionando suavemente."
Eu teria paz se não precisasse lembrar que fomos quase. Quase eternos, quase salvos, quase felizes.
