Depoimento para meu Filho de 18 anos

Cerca de 224114 frases e pensamentos: Depoimento para meu Filho de 18 anos

Tenho 15 anos nasci no dia 30/11/93. Esse é minha primeira digitalização no diario..

Inserida por sanshus

Jogo da vida: quer saber como será sua vida daqui a 7 anos? joga um dado, se cair 7 você saberá!

Inserida por Jotapemacena

Eu nasci aos 21 anos, quando quase morri.

Inserida por rodrigomattos

A ARTE DE ENVELHECER

Manchete que estava estampada no jornal do bairro:
"Velho de 51 anos morre atropelado no dia mundial sem carro".
Quase morri também! 51 anos...velho??? Eu tenho 52 !
Em compensação, no mesmo dia, recebi de um amigo, um artigo em que a jornalista Regina Brett, de Cleaveland, celebrava sua chegada aos 90 anos no apogeu de seu trabalho criativo e cheia de energia. Alguns dos seus segredos:

* Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles.
* Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
* Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
* Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
* Perdoe tudo de todos.
* O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
* Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
* Seus filhos só têm uma infância.
* Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
* A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente

Quando disse para o meu amigo Mário que também pretendo chegar “lá-pela-casa-dos-noventa-cem", ele reagiu dizendo: " Não vamos limitar a graça de Deus"!

Inserida por CARLOSALVES17

Autonomia programada.

Vez ou outra sopra em minhas ideias um sussurro que de uns anos pra cá se torna cada vez mais insistente; ainda não chega a incomodar por não ter conquistado minhas convicções, mas está muito difícil de ignorá-lo. Questiono-me até quando vou resistir.

A partir desse ocorrido entendo o porquê de às vezes se preferir ficar na ignorância em certos assuntos. A ILUSÃO PODE POUPAR DURAS REALIDADES QUE O ESCLARECIMENTO TRAZ À LUZ.
Refiro-me a idéia defendida por um número crescente de estudiosos de várias ciências, independente de seus credos, sejam céticos ou nem tanto: A ideia de que a vida é efêmera, curta e sem significados tão sagrados que dão a ela. Que somos etapa de um processo em constante experimentação. Ou em outras palavras; cobaias da evolução ou de um processo maior onde evoluir é só um departamento. Mesmo não estando convicto, vale dar atenção a possibilidade; e se for mesmo?

Não vou mentir que uma faculdade na vida de qualquer ser humano seguramente indicará mil novas formas de pensar e muitas ideologias pra se aproximar ou mesmo adotar, contudo nessa matéria em questão uma faculdade de biologia coloca qualquer religioso em cheque. Mesmo depois de uma vida toda, nascido e criado dentro da doutrina evangélica como é o meu caso.

Esses dias lendo o livro – O gene egoísta - de Richard Dawkins, aquele sussurro q me referi anteriormente voltou a soprar e desta vez me levou a traçar um comparativo da maneira como eu pensava há dez anos atrás com minhas crenças inabaláveis e firmes como uma rocha, norteados pela religião, com o novo modo bem mais flexível que penso hoje sobre esses mesmos assuntos.

No livro o autor defende a teoria de que os genes estão por trás de tudo que existe não só formando os seres ou máquinas de sobrevivência, como denomina o autor, mas também ditando o modo como agem ao meu ponto de vista, uma espécie de programa que controla a “autonomia”. Para isso eles não precisam ter consciência.
Hei, Autonomia programada, ehehe! Bom título para um livro. Mas enquanto não escrevo um nesse sentido, vai servindo como título do fotolog mesmo.
Trazendo pro lado humano é como considerar o Amor, saudade, sofrimento, coisas que se sente ao longo da vida diversas vezes, sendo parte de um programa genético e instintivo para trabalharmos melhor a favor de uma micro ideia de replicação, de melhoria genética, de tentativas no caminho da única coisa que interessa pra evolução, a existência!

E surgem os questionamentos primeiros, e se devo prestar atenção a tudo isso, devo tbm me questionar sim, sobre o propósito da capacidade de raciocínio, a inteligência que nos deu tanta autonomia, tanta criatividade, capacidade de especular sobre a existência, porque não permanecemos simplesmente programados pra nascer, crescer, procriar, e morrer? Indagações e mais indagações.

Defendo que uma boa leitura sobre qualquer teoria deve ser feita o tempo todo acompanhada por indagações; ela será uma teoria convincente pra o seu intelecto somente se responder essas mesmas indagações, e assim conseguir gerar convicção ou pelo menos incomodá-lo sobre essa nova idéia.então aí vai:

Porque tivemos que descobrir o divórcio? Porque a adoção, o cuidado com os doentes crônicos e com os deficientes, os idosos, coisas que são tão incomuns na natureza!
Pra que tanto esforço?
Pra que pegar o ônibus lotado de manhã cedo, ficar sem o almoço, tirar o olhar do horizonte e colocar nos teclados, pra que? A nossa resposta está na ponta da língua- Realização pessoal, ser bem sucedido, ter dinheiro e viver bem. PEEEEEEEEEM!!! Resposta errada!

Alguns talvez digam - pra sobreviver - hum... Boa resposta! E a idéia é essa! Mas não é aquele tipo de sobrevivência comum de ter o pão de cada dia na mesa, e apesar de ser a condição de muitas pessoas ainda hoje, não é a condição da raça humana como um todo; a sobrevivência aqui é a da autonomia! Liberdade de se fazer o que quiser da própria vida... Ser dono do próprio nariz e gastar o próprio dinheiro da forma que bem entender,
Captar seus recursos energéticos e financeiros pra se deslocar por exemplo, mas seria em busca de comida? Ou pra poder ir visitar um amigo ou mesmo viajar pra um destino que se deseja? Pra escolher um campo fértil onde morar ou morar num grande centro urbano que sempre se almejou? Estarmos fora das leis naturais. E isso é fato quando olhamos pro interior dos nossos escritórios muito bem aclimatados e de encontro com o que está lá fora!

A idéia de sobreviver supracitada não descarta o sentido mais instintivo da sobrevivência, mas pelo contrário, se adiciona ao nosso repertório evolutivo juntamente com este preexistente; portanto, continuamos tendo que nos manter vivos o máximo de tempo possível para que se crie oportunidade de se duplicar várias vezes, se tenha tempo de interagir com o ambiente e sofrer mudanças. E é interessante que os melhores o façam, que os mais adaptados façam, pra q sua cópia seja melhor ainda e assim por diante...

Vejo da seguinte forma. Um projeto. Todos cobaias de um projeto ou de uma simples etapa do projeto. A vida (existência) um grande projeto (ou não). Mas para que? Ninguém sabe, obviamente; na verdade, o que ocorre de fato é que se sente fome e precisa-se ir até a geladeira pegar uma maçã; precisa-se dormir algumas horas diariamente, precisa-se despertar cedo pra pegar o banco sem fila, e etc., mas nada disso vai te marcar num cadastro astral de reconhecimento de responsabilidade ou vai te trazer algum mérito ou mesmo premiar você como “o ser do milênio de toda a galáxia”. Seja qual for sua postura e comportamento nessa terra nada fará diferença, vc vai passar pela existência e ponto; somente passar pela existência.

Percebo que dentro dessa visão sistemática onde os genes mantêm as regras, não há espaço ou qualquer interesse na existência do indivíduo como ser único, ou nas coisas boas que ele fez, na vida que levou, ou quem ele cativou. O interesse não está em você, vc não é o protagonista, nem sequer é o coadjuvante da superprodução. Apenas uma seringa descartável q depois de usada será pulverizada junto com todas as outras e desaparecerá sem deixar rastros, ou sabe-se lá o que!

É difícil aceitar; entender não. Mas isso é justificável demais... A autonomia que “conquistamos” dentro desse processo nos faz acreditar que somos especias; o raciocínio de viver cheio de objetivos nos faz crer nisso tbm e tudo isso só dificulta a aceitação ou mesmo compreensão da teoria. No nosso programa entre os modelos mais complexos e evoluídos (versão 2010, rsrsr), desenvolvemos um raciocínio que nos faz crer q não existe manipulação alguma. Engano!

A autonomia é algo que dentro da história evolutiva inteira pode representar apenas um novo programinha de um tipo de officer qualquer; apenas um passo a frente do que deu cor a visão ou pêlos ao corpo. Não nos vemos como parte de um processo; não, não. E nesse momento é muito melhor acreditarmos no que defendem a esmagadora maioria das religiões: um propósito para a vida! Seja esse propósito um arém cheio de mulheres no reino de Alá, ou um céu com ruas de ouro, ou uma ideia de que não morremos, mas voltamos em versões inéditas e mais impressionantes!
Mesmo escrevendo sobre isso não é fácil pra mim, e preferia mil vezes que o fim fosse de qualquer outra maneira mais bonita, o que também não deve ser descartado. É bom se sentir único e especial (particularmente adoro me sentir assim), ao invés de mais um item de teste ou de melhorias inacabáveis e eternamente inacabáveis.

Mas driblar algo assim é possível? Eis então uma esperança para essa resposta, mesmo que bem remota. Pense que o fato da autonomia ter acontecido no cenário da existência, causa no mínimo um incômodo e relutância em aceitar essa idéia tão simplista de que a vida é efêmera e descartável, e nos torna assim, uma ameaça a esse grande projeto, pois estamos dispostos a descobrir, mesmo que tão lentamente como são os passos da velha evolução mecanismos que driblem essa armadilha.
Ai, ai, o que vou conseguir discutindo sobre isso?
...talvez seja melhor me iludir ou fingir que estou ignorante sobre esse tema, e continuar achando tudo lindo e poético, cheio de sentidos e sentimentos. No fundo sei que é tarde pra isso, mas fica um bom conselho aos ignorantes por opção... Mantenha-se iludido.

Será que essa ideia tbm é parte do programa?

Inserida por landeira

Ainda que os dias passem, os anos corram, um legado preservarei pela eternidade, transporei os limites e as barreiras do compreensível para faze-lo ouvir, de como é grande minha amizade por você.
Ainda que sinta seus problemas eclodirem repentinamente, não te preocupes, eu estarei ao teu lado. Estarei aqui quando precisar. Não precisa dizer nada. Somente chegar com seu sorriso, com sua alegria, que estarei aqui para te ouvir.
Ainda que não venhas sorrindo, não importa, o importante é que venha. Sempre estarei esperando.
Ainda que o tempo e as circunstâncias nos faça mudar de hábitos, de lugares, não importa, o importante é saber que você acredita e confia em mim, da mesma forma que eu confio em você.
Ainda que o mundo nos faça sofrer, lembre-se que juntos temos a força necessária para vencermos os obstáculos.
Ainda, meu amigo, que não nos vejamos mais, lembre-se que é imensa minha amizade, e que a porta aberta vou deixar, quando quiser, pode voltar.

Inserida por BRUNORAPHAEL

Amor de flor

Tenho um amor
Ele me acompanha
Os longos anos
É o mesmo amor
É com o mesmo ardor
Eu sinto seus olhos
O mesmo amor
Nestes anos todos
Meu beija-flor
Que me faz caricias
Que me beija a boca
Para ele faço
Todos meus poemas
Meu porto seguro
E neste tempo todo
De troca de olhares
De sussurros beijos
E ainda somos
Os dois amantes
Nos primeiros beijos
Nas bodas diamante
Que fizemos agorao

Sandra mello-flor

Inserida por sandramello6

I R O N I A
conto

Geane era uma linda universitária, dezoito anos, filha de um bem-sucedido empresário da cidade do Rio de Janeiro.

Cursava psicologia em uma conceituada universidade e divertia-se em analisar o comportamento das pessoas, esnobando-as, na medida do possível.

Tinha várias amigas e sobressaia-se às mesmas, não só pela sua indiscutível beleza, mas sobretudo pela espontaneidade e simpatia.

Com esses atributos, não seria difícil imaginar sua facilidade em conseguir admiradores e eventuais namorados.

Gostava, principalmente, de brincar com o sentimento dos rapazes.

Seduzia-os e, pouco tempo depois, dispensava-os com a maior naturalidade.

Naquela tarde ensolarada, no Leblon, Geane conhecera um belo rapaz.

Diferente dos demais, que a lisonjeavam em excesso, despertando lhe rapidamente o desinterêsse; Roberto era sério, falava pouco, e não manifestava qualquer interesse por futilidades.

Dentro de poucos dias, após alguns encontros e telefonemas, começaram a namorar.

Mesmo estando entusiasmada com Roberto, Geane não perdera sua obsessão por sentir-se dona da situação, e insinuou que gostaria de ir com ele a um Motel.

Escolheram um Motel de luxo. Cada um foi em seu carro.

Entre carícias e beijos, Roberto insistia no uso de preservativo, justificando ser mais seguro para ambos, ao que ela retrucava:

---- Eu confio em você! Não precisa usar preservativo. Se você insistir nisso, vou pensar que não confia em mim.

---- Eu insisto, por ser mais seguro, Geane. Você é uma garota inteligente, deveria saber disso...

---- Com preservativo, não quero! Retorquiu Geane.

Depois de tanta insistência e já completamente excitado, Roberto cedeu.

Após exaustiva noite de amor, ambos adormeceram.

No outro dia, ao acordar, Roberto viu-se sozinho na cama.

Levantou-se, vestiu-se e, ainda sem entender direito o que havia acontecido, foi até o banheiro.

Foi grande sua surpresa ao olhar para o espelho e ver escrito com batom: "ESTOU COM AIDS, ROBERTO! ATÉ NUNCA MAIS! "

Roberto interfonou a portaria, pediu a conta, e soube pela recepção, que esta já havia sido paga pela garota.

Ele entrou em seu carro, e foi-se embora.

No dia seguinte, Geane contou a todas as amigas o que fizera, vangloriando-se, por ter feito mais um rapaz de idiota.

Vários dias passaram-se e Roberto não mais foi visto por ninguém.

Geane, que até então se divertira com o desaparecimento do rapaz, passou a sentir-se preocupada com sua prolongada ausência.

Resolveu, então, telefonar-lhe.

Uma tia de Roberto atendeu ao telefone.

---- Alô! Aqui é a Geane. Gostaria de falar com o Roberto. Ele está ?

---- Sinto muito mas você não o encontrará mais.

---- Mas por que ? Ele viajou ? Será que está com raiva de mim ?

---- Roberto morreu ontem ! Suicidou-se !

Completamente estarrecida, Geane perguntou:

---- Mas por que ele fez isso ? Ele tinha algum problema ? Deixou uma carta ?

---- Sim ! Ele havia contraido AIDS há mais ou menos um ano, e deixou uma carta dizendo que já não suportava mais enfrentar a luta contra essa terrível doença, pobre rapaz...

Inserida por luanvita

Existem vários anos da minha vida que eu gostei muito, mas esse ano de 2008 não foi um desses. Nesse ano na minha escola, briguei com a pessoa que eu achava que era a minha melhor amiga, ficamos 3 meses brigadas e só muito tempo depois voltamos a nos falar. Mas esse ano teve uma coisa boa, eu conheci a pessoa mais importante da minha vida. Foi com ela que eu superei essa briga, e vi que amizade de verdade, é a dela. Agora ela me diz que vai sair da escola, não sei como vou aguentar viver sem ela, ela é a melhor pessoa do mundo. Por isso eu digo ela: se a gente é amiga de verdade, onde quer que nós estejamos, você não vai me esquecer, e nem eu vo te esquecer.
Tudo isso que eu escrevi foi pra você minha eterna AMIGA!
eu te amo muito, e aonde quer que você esteja estarei com você nos pensamentos.

Inserida por ana346

Envelheci vinte anos para te mostrar o melhor de mim, e mesmo assim você não passou dos 6.É por isso que resolvi aproveitar minha juventude e esquecer a sua falta de maturidade.

Inserida por emilyn

VINTE E TANTOS ANOS

Andando pelas ruas,
deparo com um homem,
me chama a atenção, seus passos lentos,
demonstrando tamanho desalento.
Aparência sofrida...Parecendo descrente da vida.
Andar cabisbaixo... Semblante sombrio... esguio.
Aparentando muito sofrimento... Puro abatimento!
Parecendo não ter forças,nem sonhos, nem esperanças,
Penso até que de si já desistiu.
Afinal! Já é um homem velho...
Tem lá, seus vinte e tantos anos!

Inserida por pinheiro51

Nhá Bába


A querida Nhá Bába, era uma senhora magra e alta, negra e beirando uns 100 anos.


Era minha vizinha no Parque Edu Chaves, uma das vilas do folclórico bairro do Jaçanã, bem na divisa de Guarulhos, aqui em São Paulo.


Quando criança, o bairro era uma fazenda que vinha se apovoando. Tinha gado, mato, riachos, muitas árvores e um crescente número de pessoas novas que vinham na oportunidade de adquirir seus terrenos e construir suas casas.


Era o início dos anos 60, pois o Presidente Kennedy ainda não havia sido assassinado.


A Avenida principal, onde eu nasci, era a única que recebera por aqueles dias um calçamento de paralelepípedos.


Eu morava em uma casa em uma das esquinas da Avenida principal, a qual ainda é nossa, da família.


Nhá Bába.


Vejam bem: em 62 eu tinha 6 anos e a Nhá Bába quase 100.


Voltando a ela, era muito bonita considerando a idade que tinha.


Magra e alta, perto de 1,80m, vestia-se sempre com vestidos longos, alvos e soltos.


Jamais a ví sem um turbante.


No bairro, os terrenos eram todos grandes, quase todos com no mínimo 50 mts de fundo e com a testada não inferior a 10 mts.


A casa da Nhá Bába era de madeira, como aquelas que vemos ainda em Curitiba ou nas cidades do Mato Grosso do Sul; bonitas e bucólicas.


Nhá Bába sentava-se sempre no terreiro, debaixo de uma Palmeira centenária e de bom papo, conversava todas e todas as tardes com a vizinhança.


Falava dos seus pais, das suas lembranças em Minas, da fazenda onde nasceu e cresceu, dos irmãos sumidos, dos filhos mortos. Falava da imensa alegria por estar morando em São Paulo.


Era uma figura impar.


Fumava um cachimbo de barro e benzia a criançada com tosse comprida, íngua e quebranto.


Muito plácida, parecia ser a conselheira das jovens mães, pois na época minha mãe não tinha mais que trinta anos, considerando-se os oitenta e um que ela tem hoje.


Naquele terreiro da casa da Nhá Bába, tinha galinha, muito passarinho e um aconchego de casa de vozinha.


Nem cerca tinha a casa da Nhá Bába.


Sei que morar lá e perto da casa da Nhá Bába marcou muito a vida das pessoas.


Eram anos dourados. Quando chovia tinhamos no ar aquele cheirinho de mato molhado; escutávamos nos riachos que eram límpidos o canto da saracura.


Não havia maldade. Todos, desde os mais idosos, como os mais novos tinha espírito de criança.


As tardes eram mais coloridas e as familias mais unidas.


Os vizinhos, como a Nhá Bába, eram parte das nossas familias. Todos se cotizavam por alguém doente, por ajudar um amigo.


Fazia-se bolo e mandava-se sempre um pedaço à casa do vizinho.


Foi da casa da Nha Bába que tive o primeiro contato com a Festa de Reis. Muitos de seus parentes, outros velhos negros do bairro, cultivavam o folclore já praticamente desaparecido da cidade.


Rezava-se a novena em um santuário na Casa da Nhá Bába, com praticamente todas as mães do bairro.


Nhá Bába transmitia tanta dignidade que jamais poderei esquecer daquela figura maravilhosa, uma rainha negra que tive a oportunidade de conhecer.

Inserida por ROBERTOVAZ

Sempre existirá saída...

Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imita-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.

Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego. Mesmo assim aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros.

Escrever cartas, como os seus colegas. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.

Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.

Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto para cegos onde estava morando agora se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.

O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: "Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou." Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.

Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam. Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.

"Quem você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que você está dizendo".

Inserida por Calypso

Espero que por muitos anos eu tenha força para lutar contra o preconceito, a hipocrisia e a droga...Que minhas palavras estimulem ações que provoquem mudanças para a conscientização de pessoas, que meus "gritos" escritos se propaguem nos ouvidos de pessoas dispostas a resgatar vidas,que muitos entrem nessa luta em favor da vida ...contra a exploração humana.

Inserida por AndresaVicentini

OCHELCIS AGUIAR LAUREANO


Foi na nossa igrejinha de tantas histórias...Meados dos anos 80.

Lembro-me que era uma noite bem curitibana. Quarta-feira , chuva fina e fria. Pouquíssimas pessoas a ouvir minha mensagem pastoral.

Ao final do culto, quando os abraços da despedida sacramentavam a beleza da amizade, pedi ao único visitante para ficar em pé e se apresentar.

Um senhor de cabelos prateados, extremamente simpático, levanta-se do último banco, caminha até o pequeno púlpito, me abraça e diz:

- “Seu pastor, que bom ouvir o senhor! A gente quanto mais velho mais vai aprendendo coisas”.

Os fiéis, atentos àquele irmão estradeiro, passa então a ouvir algumas saudações carinhosas que culminam com sua auto apresentação em tom de "barítono-alegro-com-brio":

- “Sou um estudioso do folclore brasileiro. Digamos...um poeta sertanejo! Fui aluno e amigo de Villa-Lobos. Mas o que eu gosto mesmo é de gente alegre!”

E continuou serenamente:

- “Talvez pelo meu nome os senhores não me conheçam. Mas tenho certeza que já cantaram minha música! É uma das canções mais conhecidas no Brasil! Posso dizer que abaixo de nosso Senhor, que me deu inspiração, vivo dela! Eu sou Ochelcis Aguiar”!

Nossos fiéis ficaram na mesma! Ouvi o forte silêncio do suspense que só foi quebrado depois que ele completou !

- "Sou Ochelcis Aguiar, mais conhecido como Laureano, e mais conhecido ainda, como o autor da música “Marvada Pinga”.

Depois dos risos e muitas palmas , eu e meus fiéis, até então preparados para ir embora, pegamos pelo braço esse gigante da nossa cultura e o levamos para o salão social da Igreja.

Ninguém quis lhe dar sermão pela controvertida e imortalizada letra. Ao contrário! Uma improvisada noite lítero-musical foi até mais tarde, com os fiéis sobriamente-embriagados.

E assim saudamos a cultura do nosso chão preto, chão menino, chão do coração...E assim saudamos o compadre Laureano.

Quem quiser saber mais sobre o saudoso Laureano, há muita coisa por aí...

Sobre essa história que vivenciei... só aqui!

A ele, portanto, um brinde com sabor de sassafraz...!

Carlos Alberto

Inserida por CARLOSALVES17

O casal é como um bom vinho, com os anos vai madurando e melhorando.

Inserida por nathyalves

"Sempre não tive a idéia fixa de que a velhice me traria muito? Em meus jovens anos escrevi em algum lugar: primeiro nós vivemos nossa juventude, em seguida nossa juventude vive em nós. Não sei bem, ainda hoje, o que eu queria dizer com isso outrora. Mas eu tinha realmente medo de não atingir a idade de viver esta experiência; eu o sabia profundamente, uma longa vida, com todas as suas dores, vale ser vivida,. Claro, o valor da vida pode nos ficar escondido pelos desgastes sofridos pela nossa carne, nosso espírito (...) do mesmo modo que a juventude mais empreendedora pode se ver entravada em sua felicidade e em seu sucesso, por um fatal concurso de circunstâncias; mas, por além das perdas, a velhice adquire muito mais que a famosa aptidão à serenidade e à lucidez: ela permite que se chegue a uma plenitude mais acabada."

Inserida por bethghimel

“Aproveite seus dias”

Devagar se passam os anos e veloz vai-se o tempo.

Os dias de outrora insuficientes, dão agora lugar a apenas dias.

Corre-corre corriqueiro, pega-pega sem parar, já hoje meus passos são pequenos.

Um pedaço de bolo caseiro, a teimosia a enfrentar, são lembranças de lá atrás.

O riacho que brincava e os frutos das árvores que achei; hoje acho que esta herança não deixei.

A fogueira abre a noite, a bebida a esquentar, as estórias sem ofensas, uma noite que não pode terminar.

Desprovido de malícias, sem orgulho e sem rodeios, apenas crianças felizes recitando suas alegrias.

O respeito nutre a alma, a escola da vida também pode ensinar; tudo é fácil aprender, quando não se quer brigar.

Os dias vieram e virão, cabe a cada um aproveitá-lo como quiser, não sendo maior, ou sendo incapaz de entender um desejo; apenas deixe o dia te encantar, o resto é fácil de encarar.

Inserida por MARQUESBUENO

Queremos um lugar na historia, mas conforme os anos passam reparamos que pouco ao nada fazemos para merecê-lo. Desse modo as nossas vidas tornam-se monótonas.

Inserida por israelwest

O maior presente q eu poderia ganhar Deus me deu há dois anos, mais por vc ser tão esplêndido eu tive medo, e acabei fugindo, várias vezes, e Deus sempre acabava te jogando na minha vida novamente. Nos momentos tristes de nossas vidas, estávamos sempre juntos nos consolando, quantas e quantas vezes já choramos juntos... Mas sempre tivemos medo de assumir um relacionamento por medo de sofrer, e ñ víamos o quanto um era importante para o outro, o quanto nos completávamos. Daí neste natal Deus resolveu tentar de novo, e nos juntou novamente... só q desta vez eu perdi o medo, pq eu descobri q vc é tudo q eu quero, e sempre quis, pq quando eu estou sem vc eu ñ sou ninguém, eu ñ vivo sem o seu corpo, seu colo, seus mimos, e seus vários tipos de sorrisos... rsrsrs
Não sei ao certo o quanto isso vai durar, ou mesmo se isso vai acabar um dia, só sei q o que estou vivendo é maravilhoso, e se depender de mim nunca vou deixar acabar, pois ñ foi por acaso q Deus nos uniu tantas vezes. Te amo Fabio potela!

Inserida por deborasatt

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