Deixar de ser Vitima dos Problemas

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Deixa-se de ser jovem quando se compreende que de nada serve contar uma dor.

No culto da beleza não há nada de são. Esse culto é esplêndido de mais para ser são.

Entendo por razão, não a faculdade de raciocinar, que pode ser bem ou mal utilizada, mas o encadeamento das verdades que só pode produzir verdades, e uma verdade não pode ser contrária a outra.

No mundo nada mais existe a não ser o amor. Qualquer que ele seja.

Quantos mais motivos de interesse um homem tem, mais ocasiões tem também de ser feliz e menos está à mercê do destino, pois se perder um pode recorrer logo a outro.

Entender o que deve ser feito é fácil. Levantar da cadeira e fazer... isso é o que separa quem meramente deseja de quem realiza desejos.

Verdades sustentadas por motivos irracionais podem ser mais nocivas do que erros bem pensados.

Toda a dificuldade deve ser resolvida enquanto ainda é fácil.

Nenhum governo pode ser sólido por muito tempo se não tiver uma oposição temível.

É preciso já ser sábio para amar a sabedoria.

Não é bom ser criança: bom é, quando somos velhos, pensar em quando éramos crianças.

Amar é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada.

Para ser grande é preciso ter 99 por cento de talento, 99 por cento de disciplina e 99 por cento de trabalho.

É fácil ser-se bom quando se está apaixonado.

O primeiro passo em direção ao sucesso é dado quando você se recusa a ser prisioneiro do ambiente no qual você inicialmente se encontra.

A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens.

É possível ser jovem sem ter dinheiro, mas não se pode ser velho sem ele.

A política... há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder.

As ideias não são para guardar; alguma coisa tem que ser feito com elas.

Elogio da Sombra

A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.
Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas ruas do Once
e as precárias casas velhas
que ainda chamamos o Sul.
Sempre em minha vida foram demasiadas as coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.
Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno.
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.
Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinamarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.