Deixa eu te Conquistar
Hoje eu dispenso o poema pois a única poesia que me faria feliz seria seus olhos se fixarem tão profundamente em mim que me tocassem o coração!
Triste o tempo em que a única coisa que eu sentia era uma dor profunda, que me consumia, me botava para baixo mesmo em momentos que tudo ia bem, triste tempo em que a tristeza reinava sobre meu ser, com o desânimo forte e devastador, triste tempo que eu só sentia a dor. Ainda mais triste tempo em que vazio me encontro, sem vestígios de sentimentos, sem vestígios de dor, apenas uma vasto e sombrio vazio.
Talvez eu não seja como me vê, pode ser até que eu não seja como tenho a convicção de ser.
Você está errado? Estou eu errada?
Talvez estejamos ambos certos ou errados, pode ser que a razão só esteja com um de nós.
Eu estou me sentindo perdida, aprisionada num caleidoscópio. Estou me sentindo fragmentada, multifacetada e multicolorida como os confetes. Pensando um pouco mais me sinto mais colorida e menor que confetes, estou purpurina. Soprou forte o vento e me espalhou de tal maneira que posso quase ter certeza de nunca mais me juntar. Será? Não sei, não adianta tentar adivinhar. Vou viver e esperar que o tempo me responda.
É, talvez eu seja mais que isso, talvez isso seja apenas um esconderijo. Ou talvez eu não seja só isso.
Eu sou só isso.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. Essa flor negra que você não toca e que mesmo tão imensa, ela é desconhecida até pelo seu próprio dono.
E mudou a estação, mas o apodrecimento da carne diante dos seus olhos, além do que você pode enxergar, vai tomando uma imensidão devastadora, queimando por dentro e, sem dó vai corroendo os tecidos e pele presentes no interior do grande mar negro encoberto de rosas.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. E continua ali, como uma anestesia para as piores mentiras e apodrece, não chora, apodrece.
Você, me ver? Sou tua sombra enquanto anda nessa grande hipocrisia que é a sociedade.
Você não me ver, não me escuta, não me sente. Maior que seu ego, maior que seu caráter que te faz tão pequeno, engolindo cada célula que te faz respirar, uma por uma.
Tá me vendo? Tô aqui, gritando você. Te persigo com meu olhar e te deixo pistas que preciso de sua mão.
Mas para sempre continuo aqui.
Você não me ver, não me escuta, não me sente.
Você não me ver, não me escuta, não me sente.
Três opções, três sentimentos, uma explicação.
Escuridão,
Lua,
Eu.
Quem? Eu?
Sorriso lindo, corpo tatuado, cabelo bagunçado, todo arrepiado. Menino equilibrado, espiritualizado, sexto sentido exacerbado. Olhar encantado, sono perturbado, coração apertado e um choro entalado que não se finda. Eu sou isso e mil mais, dentre estes, ainda me pergunto: “Quem sou?”
Nada parece ter sentido até que ali eu me encontre.
Nem todos interpretam o que leem da maneira que eu gostaria que interpretassem.
Nem todos leem ouvindo a melodia que eu ouço.
Ninguém lê com o mesmo sentimento de quem escreve.
Palavras são só palavras, quem dá sentido a elas é você.
Eu sou a raiz do mundo. Fui constituído pela sua vitalidade, e é a energia desta fonte que me alimenta. Em consequência, tudo que produzo é mundo. Minhas folhas, flores e frutos se decompõem e alimentam o mundo que me alimenta. Então, eu sou mundo! Qualquer ato destrutivo seria suicídio.
CONTEMPLAÇÃO
Quando eu olhar nos teus olhos azuis
Não finja que não sentes meu olhar....
Teus olhos amor, são toda a minha luz!
E meu olhar só tem olhos prá te amar!
Atenho a fitar estes olhos de menina
Que no entanto é todo mar de mulher
Sorriso branco, franco, doce e traquina
Não brinques de não querer o que quer!
Então nunca desvias de mim o teu rosto
Deixa-me contempla-la à distância...
Deixa-me sonhar bebendo teu mosto.
Pois nestes olhos de profundo oceano
Me faço sol e alegria. Sou por ti verso!
Tu, moça do belo olhar_ tudo o que amo!
AMOR EM MIM...
Se eu pudesse
ah, amor, se eu pudesse
comensurar meu amor por ti...
Não haveriam poemas para declama-lo.
Faltariam céus e oceanos para abarca-lo...
É tão infinito o meu amor...
Tão doce, dócil, bonito.
Cristalino e forte como um grito.
Musical e contagiante como um riso.
Meu amor de mar
Tão vasto quanto o pensamento!
Tão ternura...
Se acalenta a si só.
Se sustenta por si só
Vida que subsiste dos seus próprios milagres.
O milagre do sentir.
Eu preciso te dizer.
Te fazer entender
o quanto é vasto o meu amor por ti
Mas quem me disse que queres saber?
O universo sabe.
Eu sei.
Esse amor tão grande é só meu...
É minha sina leva-lo na alma pela eternidade,
sempre...sonho sem fim...Tu,
meu
amor em mim...!
PERDOE-ME
Interessante,
não sou eu.
É meu eu fora do meu eu
que sorri cada vez que um pensamento te traz à mim.
... Então, benzinho
perdoe-me por meu fazer riso o tempo todo.
Não sou eu
É tu,
em mim.!
E o tempo passou
e você se esqueceu que sem querer,
me ofereceu colo, carinho e abrigo.
Eu fui.
Me aconcheguei em teus braços
E fiz poesia na alegria de me sentir desejada(o).
Como nos tornamos tolos diante do amor!
Você estava brincando
e eu levei tão à sério esse negócio de brincar de amar
que continuo te amando.
É que eu sou muito ingênua e sempre caio nessa ilusão de que as pessoas são muito amigas, que se importam comigo e ajudam de forma verdadeira e bondosa, e não de forma interesseira. Mas a vida é como um baile de máscaras, com todos se escondendo, não mostrando realmente quem são , ocultando a identidade e ludibriando quem lhes convém. Desculpe o desabafo, mas estou cansada de me contentar com essa gente pequena e vazia. Eu preciso de muito mais que esse vazio, essa falta de caráter que eu vejo em tanta gente por aí...Eu não caibo em mim, necessito de amor e a poesia nunca me é suficiente, como se eu fosse mais poesia que mulher e me alimentasse de versos, de pores do sol e de música, e a escassez de cultura que eu encontro por aí fere minha integridade física e psicológica, fere minha própria alma.
Nunca fui muito bom para falar o que sinto ou penso. Mas quando eu escrevo eu literalmente sou todo emoção. Meu coração se esvai em palavras escritas.....
Ao me ver livre eu me sentia livre. Um perdido pelas estradas. Cujo o lar era a natureza. E a própria liberdade. A emoção que aos meus olhos me trazia. Toda liberdade de poder sentir se parte da natureza. Navegar nas densidades das matas densas. Poder acalmar a fera que sempre existiu em mim. E que tanto ansiava voltar a natureza.
Não repare se eu ando distraído, tropeçando em pensamentos... é que eu esqueci minh'alma em teu olhar!
Toda vez que eu falo a palavra saudade; é apenas um disfarce para que as pessoas não percebam que eu vivo a repetir o teu nome!
Não vou me afogar em tristeza, eu gosto de ser feliz.
Sei que qualquer dor é passageira e sou apenas aprendiz.
Eu prefiro a adversidade explícita das ações que a solidariedade implícita das intenções. As intenções se desfazem com as circunstâncias, as ações revelam o caráter.
ORAÇÃO E FÉ
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Se eu tivesse uma fé que me levasse a orar, jamais teria uma oração decorada. Dessas que todo mundo admira por seus termos corretos, a concordância em dia, o rebuscamento e a total ausência de pleonasmos e vícios. Conheço minha emoção à flor da pele, quando trato de assuntos não materiais; quando caio no campo dos afetos; dos sentimentos ou instintos. Do que não se define pela intelectualidade ou a frieza do conhecimento acadêmico.
É por isso que acredito mais nos fiéis religiosos do que nos líderes, com todos os seus conhecimentos adquiridos em seminários, onde o divino ou sobrenatural vira tese. Torna-se objeto sistemático dos mais rebuscados estudos científicos que buscam explicações pela lógica, sendo que nenhuma lógica explica o que deságua no campo da fé. E a fé, como até eu sei, é o fundamento do que não se vê nem está preso ou sujeito a provas, mas ao livre sentimento e aceitação sincera de cada um.
O verdadeiro conhecimento religioso não é exatamente o conhecimento. Por isso é intuitivo e livre. Quem conhece com o coração, conhece de natureza; de sentimento e percepção profundos. Por isso, conhece mais do que aquele que aprendeu o que julga saber nos bancos da formalidade. Por meio de catedráticos que também aprenderam de outros catedráticos que ao longo dos tempos ou das idades do mundo fizeram da fé uma ciência exata.
Além dos simples de formação, conheço gente de formação acadêmica invejável, mas que tem essência e se mantém no patamar de ser humano comum. Que se reconhece notoriamente, não por palavras, mas por postura, um “perfeito” ignorante confesso dos assuntos que não são de nossa alçada. Conhecem a literatura e a história humana segundo a Bíblia, no entanto sabem que nada sabem além das abordagens, pois a Bíblia não é um tratado que dissecou a natureza, o pensamento e a biologia do possível Deus.
Por isso a minha oração, caso eu fosse religioso, perderia todas as arrotações do meu pretenso saber. Pelo menos pretendo crer que assim seria depois do que já observei do nenhum saber humano sobre o que não há como saber. Ouso crer que só é sincera uma oração submissa; que não sai da mente. Ela é o coração gago numa voz sumida e sem convicção de méritos. Oração é coração. Só falta o c.
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