Decepção Moral
Há um ponto elevado em que a arte, a natureza e a moral se confundem e são simplesmente uma só coisa.
O difícil é a moral estática, é mais fácil preparar os homens para a morte que ajudá-los a viver o dia a dia.
O remorso é no moral o que a dor é no físico da nossa individualidade: advertência de desordens que se devem reparar.
A paz e a harmonia serão encontradas se seguirmos uma bússola moral que aponte na mesma direção, independente de modismos ou tendências.
Em máteria de crença religiosa, política ou moral, toda contestação é inútil. Discutir racionalmente com outrém uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo. Discuti-la consigo mesmo também não a abala, salvo quando ela chegou a um grau de enfraqueciemnto tal que a sua força inteiramente se dissiopou.
A moral dos Espíritos superiores se resume como a de Cristo, nesta máxima evangélica: fazer aos outros o que queríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.
A maior prepotência dos homens
é acreditar que suas leis e sua moral são correspondentes
ao bem da vontade que vem de Deus;
e a segunda maior prepotência é afirmar que elas não são.
Sobre a mente e a vontade de Deus,
o homem nada pode afirmar,
além de que não tem certeza de absolutamente nada.
Para o cético, tudo são apenas suposições.
Para o crente, é uma questão de fé.
Fé ou suposições, certeza não é.