De todos os Amores por Mim Vividos Ate hoje

Cerca de 291312 frases e pensamentos: De todos os Amores por Mim Vividos Ate hoje

POEMA

A minha vida é o mar o abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará

Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento

A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto

Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento

E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada

A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.

Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero, com confortos de matriz, outra vez feto.

Por trás do que lembro,
ouvi de uma terra desertada,
vaziada, não vazia,
mais que seca, calcinada.
De onde tudo fugia,
onde só pedra é que ficava,
pedras e poucos homens
com raízes de pedra, ou de cabra.
Lá o céu perdia as nuvens,
derradeiras de suas aves;
as árvores, a sombra,
que nelas já não pousava.
Tudo o que não fugia,
gaviões, urubus, plantas bravas,
a terra devastada
ainda mais fundo devastava.

Rasas na altura da água
começam a chegar as ilhas.
Muitas a maré cobre
e horas mais tarde ressuscita
(sempre depois que afloram
outra vez à luz do dia
voltam com chão mais duro
do que o que dantes havia).
Rasas na altura da água
vê-se brotar outras ilhas:
ilhas ainda sem nome,
ilhas ainda não de todo paridas.
Ilha Joana Bezerra,
do Leite, do Retiro, do Maruim:
o touro da maré
a estas já não precisa cobrir.

O Engenheiro

A luz, o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
Superfícies, tênis, um copo de água.

O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.

(Em certas tardes nós subíamos
ao edifício. A cidade diária,
como um jornal que todos liam,
ganhava um pulmão de cimento e vidro).

A água, o vento, a claridade,
de um lado o rio, no alto as nuvens,
situavam na natureza o edifício
crescendo de suas forças simples.

A um rio sempre espera
um mais vasto e ancho mar.
Para a agente que desce
é que nem sempre existe esse mar,
pois eles não encontram
na cidade que imaginavam mar
senão outro deserto
de pântanos perto do mar.
Por entre esta cidade
ainda mais lenta é minha pisada;
retardo enquanto posso
os últimos dias da jornada.
Não há talhas que ver,
muito menos o que tombar:
há apenas esta gente
e minha simpatia calada.

Admiro quem pode ver o mistério das coisas, quem, da simplicidade do que é, consegue antever a beleza do que poderia ser.

Uma montanha é como uma pessoa. É uma história longa e cambiante feita de incontáveis pedacinhos.

Houve um tempo em que o mundo era tão jovem, que o nascer do sol ainda não existia. Porém, mesmo assim havia luz.

O mesmo vento que apaga uma fogueira também pode espalhá-la.

As verdades mais importantes costumam ser simples. Você deve aprender a discerni-las sozinha.

Estamos livres das preocupações do mundo. Somos ondulações repetidas na longa, longa correnteza. Nosso caminho é guiado pelas estações. Ninguém sai do caminho e ninguém anda sozinho. Temos uns aos outros. Estamos seguros. É assim que sobrevivemos.

A beleza tem o poder de curar a alma.

Onde há amor, nunca é realmente escuro.

Às vezes, para acharmos a luz, temos que tocar a escuridão.
(Galadriel)

Hoje, organizei meus sonhos e prioridades;
Descartei amores duvidosos, amores feitos de promessas;
Camuflados sob o manto do amanhã, que nunca acontece;
Por medo, covardia, comodismo, insegurança ou... sei lá!
Não quero mais enigmas que devoram minhas expectativas;
Nem a face enrugada da tristeza refletida no meu espelho;
Quero recriar a canção da minha vida em notas de alegria;
E resgatar o projeto original da menina que era feliz e sabia!
Hoje eu disse adeus às promessas construídas em séries;
E abandonei as utopias feitas em cerâmicas que trincavam;
Não mais emprestarei minha alma a moldes disformes;
Nem usarei as lágrimas para umedecer o barro sem arte;
Não quero o martírio de um paraíso do outro lado do muro;
Nem o mapa para que eu siga pistas de potencial de vitória;
Quero a FELICIDADE beijando minha boca com sofreguidão;
E o AMOR presente fazendo bagunça no meu coração.

Tudo o que vivenciei até aqui, foi um presente Divino, até mesmo os momentos ruins, pois todos eles contribuíram para o meu crescimento espiritual, emocional e pessoal.

Ah, meu Deus! Você sempre tenta matar as pessoas quando elas assoam o nariz?

Ele me amou de tal maneira, que escolheu os cravos !

Faz tanto frio, faz tanto tempo
que no meu mundo algo se perdeu.
Te mando beijos em outdoors pela avenida
e você sempre tão distraída
passa e não vê.