De todos os Amores por Mim Vividos Ate hoje

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As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

A prudência é uma arma defensiva que supre ou desarma todas as outras.

Nos nossos revezes, queremos antes passar por infelizes, do que por imprudentes, ou inábeis.

O casamento é o egoísmo a duo.

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

A dissimulação algumas vezes denota prudência, mas ordinariamente fraqueza.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.

O luxo, assim como o fogo, tanto brilha quanto consome.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.

Jasmineiro em flor.
Ciranda o luar na varanda.
Cheiro de calor.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

A honestidade é uma cor delicada, que teme o ar.

O nosso amor-próprio é muitas vezes contrário aos nossos interesses.

Nas desventuras comuns, reconciliam-se os ânimos e travam-se amizades.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

Uma grande reputação é talvez mais incômoda que a insignificância pessoal.

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

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