Cuidando do meu Jardim

Quando agarro-lhe as mãos - abençoadas - sinto-me protegido, como quem estivesse regido por uma romeira numa viagem, a outra dimensão. Onde as roseiras não tem um só aguilhão.

De medo em medo, um dia eclode a coragem.

Família, não satisfaço suas projeções. Logo, não espere que eu cresça feliz, confiante, saudável, curioso, criativo e conectado com a vida.

Eu não aceito a morte como algo inexorável, nem diante de doença terminal.

Escalafobética escrita esfuziante!!!

Como cura de loucuras, propalo homicídios, incêndios, escatologias, xingamentos… Sou turras de torturas!

Crê nos arroubos de felicidade… justo só nos que, por ironia, estão espalhados em sites - onde é impossível distinguir sorriso de encenação.

Os dias terríveis não me amedrontam. São antes, pois, vésperas de dias admiráveis.

(Adaptado de Almada Negreiros)

Dia ruim este
Onde o céu tapa o rosto
De tristeza as nuvens choram
E você foi embora dizendo não mais voltar

(Trecho de poesia)

Quando você chegou, como que por encanto,
Me arrebatou e me fez mudar
Me acode sempre quando pode
Para o que há de ruim longe mandar

(Trecho de poesia)

Pedindo perdão, hoje recebi sua carta
Depois te tanto sofrer, o céu se alegrou
Vir-a-ser suspiro difícil de conter
A sua volta pros meus braços…

(Trecho de poesia)

Sol jalne me salve das sombras da solidão.

A combinação de seu poder e sua ignorância, algozando como dominação ou compensação de algo, colimará na solidão, limará seu coração…

Eu te olho sim profundamente, eu sou sim indecifrável, e o seu enigma mais ardente e o seu pensamento diário.

Um sabor de um beijo passa. Um amor acaba. Uma raiva mata! Uma decepção enlouquece. Uma paixão que nunca floreje, esquece! Não vale nada.

Tenho saudades do que eu já fui. Falta-me, jussivamente, eu. Daí, doeu. Injustamente massivamente. Passei passivamente. Sem mim.

Vivia sempre pelas beiradas, existia sempre pela metade. Até o dia em que conheceu uma beldade, até o dia em que se apaixonara.

Eu toco as notas mais sombrias. É como se eu cortasse o ar para contar minha agonia. Quando minha voz desvanece.

Eu prefiro ser absenteísta a ser sedentário. Eu prefiro ser estigmatizado de modo errôneo, a ser estimado pelo ecômio. Eu prefiro ser antagônico a hierarquia a ser efeito sinergístico da tirania. Eu prefiro ser um jovem rebelde a um adulto submisso.

Elogio suavemente, reprovo ruidosamente. Ensinaram-me a ser assim.