Cuidando do meu Jardim

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Vem, meu anjo. Eu chamo no silêncio que me veste,
Não com a voz, mas com a dor que me consome.
Sou um naufrágio à espera da maré celeste,
E em cada lágrima, sussurro o teu nome.
​O amor que arde em mim não é brasa, é ruína;
Um fogo que devora, mas não aquece.
Se és a salvação, por que a sorte é tão mesquinha
E me oferece o céu apenas quando anoitece?
​Eu te construí no altar da minha insônia,
Um relicário de promessas e prantos,
E agora, sem teu toque, sou só a autonomia
De um coração quebrado em mil recantos.
​Vem, meu anjo, venha me salvar da queda
Que me separa do calor do teu abraço.
Sou o drama vivo, a tela despedida,
Que implora pelo brilho do teu traço.
​Chega de manso e rasga esta mortalha de saudade.
Pois sem o teu olhar, sou apenas sombra fria;
A melancolia veste o manto da verdade:
Viver é te esperar em eterna agonia.

Você não é apenas o meu amor, é a minha alegria diária e a parte que faltava em mim. Com você, o para sempre deixou de ser um sonho e se tornou a nossa realidade mais feliz. Eu te amo, e a promessa de te amar é o único infinito que me importa.

Obrigado, meu amor, por ter me motivado, mesmo que sem querer, a escrever tantos poemas. Sou totalmente grato por me permitir ser a pessoa que sou hoje.

MEU SONETO

As minhas lágrimas são da arte
E a minha solidão é do amor.
No meu poder tem o disfarce;
Dos meus sorrisos saem a dor...

No meu coração tem o enlace,
Na minh'alma esplendor...
E na expressão de minha face
Se faz brilhar todo o fulgor.

No meu silêncio tão profundo
Exalto a vida a todo mundo,
Levo às costas todo o poder...

Do maior amor sou dependente;
De mentiras vivo a toda gente,
Da ilusão, profano o meu viver...

© Dolandmay Walter

DECLARAÇÃO - a raiz do poema ao meu pai


Eu não me lembro da minha infância com nitidez. Ela passou depressa demais. Num instante eu era apenas um menino, com um carretel rolando, uma pipa subindo. Havia um morro, um dia desbastado, que virou campo de futebol e depois virou casas. Quando percebi, eu já estava crescendo, começando a viver as coisas.


Um dia, eu apareci no seu trabalho. O senhor me levou ao restaurante do português. Como aquilo foi bom! Lá serviam uma sopa horrível — eu detesto sopa — mas com você tudo tinha sabor. O senhor pediu um refrigerante de dois litros. Não lembro o que comi; talvez bife, talvez peixe. Mas lembro que a comida do português era maravilhosa. Estar contigo era a minha vida.


Trabalhei ali. Depois vivemos muitas outras coisas. Num outro dia, voltei ao seu trabalho e contei que conheci uma garota com quem queria me casar. O senhor me aconselhou, me apoiou. E me ajudou por vinte e oito anos.


Depois, me trouxe para uma terra linda, onde eu jamais imaginei ser capaz de viver, de criar meus filhos. Durante muitos anos, eu era despertado com o seu grito, avisando que tinha trazido o pão. Hoje sou eu quem leva o pão para minha mãe.


Levei muitos anos cuidando do senhor. Era maravilhoso te conduzir pela mão. Eu tinha um carro comprado pelo senhor — o último que eu escolhi, e eu o amava. Mas você já não conseguia mais entrar nele. E no dia em que precisei te levar ao médico, ele não funcionou. Tive que chamar um Uber às pressas. Aquilo me revoltou. Eu precisava de um carro mais baixo, mais confortável, mais novo.


Consegui comprá-lo sete dias antes da sua partida. O senhor passou o dia inteiro comigo naquela loja. Durante a semana, fizemos planos. Naquela quinta-feira, o senhor me disse que, se algum dia eu ficasse triste, eu cantasse um louvor ao nosso Deus… e hoje eu tenho tanta dificuldade de cantar.


No dia da sua morte, eu não ouvi a sua voz. Fui buscar o carro na revisão — coisa que poderia ter feito no dia anterior. Era sábado, 14 de junho de 2025. Depois, fui à formatura do seu neto. Dei palavras de conselho a duas pessoas, sem saber que, na verdade, eu estava aconselhando a mim mesmo. Porque, naquele mesmo dia, eu veria você partir.


Foram 45 anos. E naquele dia eu vivi meu primeiro batismo de fogo. Tive que olhar para o mundo e dizer: “Agora eu sou homem. Eu não tenho mais pai.”


Hoje estou aqui, fazendo um trabalho que não gosto, realizando tarefas que não quero, mas por obrigação, por dever. Pelo compromisso de honrar sua memória. Ser pai. Ser marido. Cuidar da minha mãe. Amar a mulher que eu amo — mais do que nunca — e meus filhos — mais do que nunca. Carregando o peso da tua ausência, olhando para um mundo nublado, mas tentando buscar contentamento num futuro incerto que o senhor me ajudou a construir.


Obrigado, meu pai. Obrigado.


Eu sempre te disse que te amava. Te abracei, te beijei, ouvi tua voz. E agora estou começando a ouvi-la de novo, como eco voltando devagar.


Obrigado, pai. Obrigado por tudo.
Eu prometo que, daqui para frente, vou fazer diferente. Vou buscar ir mais longe — muito mais do que o senhor sonhou para mim.


Um beijo.
Um abraço.

POEMA AO MEU PAI

Eu não lembro da minha infância inteira.
Ela correu.
Passou por mim como vento,
como pipa que sobe e some,
como carretel que rola ladeira abaixo
e não volta mais.

Um morro virou campo,
o campo virou casas,
e eu virei homem
sem perceber o instante.

Um dia apareci no seu trabalho,
e o senhor me levou ao restaurante do português.
A sopa era ruim,
mas com você tudo tinha sabor.
O refrigerante era grande,
a mesa simples,
a vida imensa por causa da tua presença.

Depois te contei do amor que encontrei.
Você ouviu, aconselhou,
e me ajudou
por uma vida inteira.

Me trouxe para uma terra que eu não imaginava viver,
onde meus filhos nasceram,
onde o pão chegava com o seu chamado de manhã.
Hoje sou eu quem leva o pão,
e a lembrança do seu grito
ainda abre a porta dentro de mim.

Cuidei do senhor como quem segura o próprio passado pela mão.
Troquei carros,
troquei rotinas,
troquei o que fosse preciso
para te levar onde precisava.
E ainda assim,
quando você partiu,
eu estava longe —
longe do instante do adeus,
mas perto da dor que nunca se afasta.

Daquele dia em diante,
eu tive que dizer ao mundo:
“Agora eu sou homem.”
Sem pai, sem chão,
mas com a herança
do que você me ensinou a ser.

Hoje faço o que não gosto,
caminho onde não queria,
mas sigo firme
porque carrego o teu nome,
tua memória,
tua voz que, aos poucos,
volta a me encontrar.

Amo minha mãe,
amo minha esposa,
amo meus filhos —
porque você me ensinou a amar assim:
com força,
com verdade,
com sacrifício.

Pai,
obrigado.
Obrigado por tudo o que fui contigo
e pelo que virei depois de você.

Prometo ir mais longe
do que você um dia sonhou para mim.
Prometo viver,
ainda que doa,
porque viver é a última forma
que me resta de te honrar.

Um beijo.
Um abraço.
E um eco teu que nunca morre,
mesmo quando o resto do mundo
fica silencioso.

Teu silêncio, meu abismo.


Já tem um tempo
que você foi embora.


Não me lembro mais da sua voz,
e nem da sua risada alta e cheia de ar.


O vazio tomou conta,
e, desde então,
só me resta chorar.


Ultimamente,
a minha mente só sabe
pronunciar o seu nome.


A falta que você faz
me machuca.
Me sufoca.


Queria tê-lo de volta.


E me pergunto,
com medo,
se hoje você me detesta.


Pois é isso
que o seu silêncio ensurdecedor
me revela.


Ainda espero pela sua volta,
mesmo sem o menor sinal de vida.


Sinto a sua falta,
mesmo guardando mágoa.

Eu decido não massagear o ego de ninguém, nem mesmo o meu.

Levei uma rosa, ela aceitou
Levei um chocolate, ela também aceitou.
Mas quando lhe ofereci o meu amor, pois é ela recusou.

Eu adoro mulheres bonitas, são elas que consomem o meu tempo.

Sobreviver...


Minha vida...
Sem paixão,
Sem cor,
Sem tempero.


Nada move meu coração,
Nada agita meus temores,
Nem esquece meus amores.
É o nada... do nada.
Apenas SOBREVIVER.


E assim,
a cabeça dói,
O coração palpita,
Não de amor,
mas de tremor.


Minha vida sem jeito,
Sem graça,
Sem sal,.
Meu dia a dia,
na solidão,
na ansiedade,
Na escuridão.

Se meu silêncio te desconcerta, é que minha essência não é porta aberta.

Adeus meu amor.
Obrigado por tudo, pelos momentos de carinho, pelos momentos de correria.
Eu sinto sua falta. Da maneira como me olhava atentamente. De como você cuidava dos seus irmãos para não virar bagunça.
Eu sinto falta do seu cheiro. Sinto falta do seu miado. Sinto falta de tudo.
Adeus. E descansae em paz, minha Maria.

O silêncio tem sido meu remédio.
Foi com ele que aprendi a me ouvir e reconhecer.
Silenciar a mente é um bem que não se mede. Precisa praticar!
#bysissym

"Pai, a saudade é silenciosa,
mas, grita dentro de mim todos os dias.
Você sempre será meu exemplo,
meu porto seguro, mesmo estando no céu."

Reflexão:🦉 O APRENDIZ



Um grande amigo meu já falecido, o Nelson Klar, com quem trabalhei em duas empresas, contou-me uma passagem interessante de sua vida, que reproduzirei aquiaté como uma modesta homenagem.
No seu primeiro emprego, no departamento contábil da antiga Metalúrgica Wallig, ele estava aprendendo as rotinas. O chefe imediato era o responsável pelo seu treinamento.
Em determinado momento o chefe falou que iria ensinarmeu amigo a "slipar", um antigo e já há muito extintoprocedimento que consistia em passar para um formulário os dados de cada documento contábil, para padronizar os lançamentos. Era feito em máquina de datilografia, grande e pesada (agora só vemos nos museus). A tal máquina estava em cima de um móvel, distante vários metros de onde os dois estavam.
Então, o chefe pediu para o meu amigo ir buscar a máquina... Foi aí que se ouviu do inexperiente e pretensioso aprendiz (dito por ele), uma frase:"pera aí, eu não fui contratado para carregar máquinas..."
Ficou um silencio profundo e constrangedor na sala, todos aguardando para ver o que aconteceria...
O chefe ficou por alguns momentos refletindo, depois levantou calmamente e foi até onde estava a tal máquina, trouxe e colocou na escrivaninha para continuarem o trabalho... E com naturalidade retomou o treinamento!
Meu amigo disse que corou de vergonha, percebendo a besteira que fez e nunca mais esqueceu a lição do chefe, que aliás ficou grande amigo dele depois.
É a vida que segue.


(Clovis G.A.Macedo)

E se ficar junto
Parece tanta loucura
Mas quando você fala meu coração bate rápido
Então me mostre você
Não terei medo
Vamos subir juntos
Sem temer a verdade
Que eu amo você
Não diga em palavras
Apenas olhe meus olhos
Brilham como nunca
Só você, só você os deixa assim
Mas por favor não acabe comigo.

Costurando Belchior
Você não sente nem vê mas eu não posso deixar de dizer meu amigo que uma nova mudança em breve vai acontecer, e o que era jovem e novo, hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer, até parece que foi ontem, minha mocidade. Apesar de termos feito tudo o que fizemos, Nós ainda somos os mesmos e vivemos, Como os Nossos Pais.
Amar e melhorar as coisas, me interessam mais.
Saia do meu caminho eu prefiro andar sozinho.
Deixem que eu decida a minha vida.
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol, porque bate lá o meu coração.
O tempo andou mexendo com com a gente sim.
Não sou feliz mas não sou mudo, Hoje eu canto muito mais.

“Não é orgulho, é autopreservação: o seu desinteresse é a senha para o meu desligamento.”

Eu pagava por um serviço em um salão que atendia outros interesses, não o meu...