Cuidando do meu Jardim

Cerca de 127624 frases e pensamentos: Cuidando do meu Jardim

FIM DA VOLTA (soneto)

E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia

Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia

Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo

Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Deus te escolheu pra liderar. Entre milhões de espermatozoides você foi o primeiro.

Continuar liderando é questão de buscar aperfeiçoamento, focar e seguir em frente apesar dos pesares.

Por incrível que pareça, liderar é uma missão divina que é necessário cultivar.

Inserida por samueltrajanorocha

SONETO DO CORAÇÃO

Ah, coração de sentimento involuntário
Pulsa avido quando quer e, bate forte
Se otário, apenas ingênuo num importe
És continuamente um aprendiz estagiário

Na saudade, aperta, da dor, faz reporte
Mas também alivia no correto itinerário
Porém, urgi quando o fluxo é o contrário
Porque é liberdade e do afeto transporte

Se apressado, pode ficar sem destinatário
Se incontrolado, o fado é sempre a morte
Assim caminha, assim atua no seu cenário

Sábio foi quem disse que o coração é sorte
Na desilusão, e suporte sempre necessário
No amor, pois vai além de ser só consorte

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TAL PROBLEMA (soneto)

Está paralela entre nós é tal problema
O silêncio do teu olhar é dor em mim
A falta do teu cheiro me tira do coxim
Sonhar-te solitário, não é esquema

Qualquer distância entre nós, é assim
Meu peito uiva em um estranho dilema
De ter-te numa canção ou num poema
Quando a saudade só escreve folhetim

Fico te esperando em um telefonema
E o minuto é mais que a hora, enfim,
Se mudas de quimera, vira pocema

Então venha para perto, saia do motim
Se tudo está incerto, o certo não é lema
E o nosso amor desconhece querer o fim

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

DESVIO (soneto)

Hoje nada quero, nem se a paixão quiser
Estou em silêncio, lá fora o alvo me errou
Acontece que meu coração de ti cansou
Nada quero, mesmo se ainda afeto tiver

E assim, nesta emoção, então, eu vou
Deixe a ilusão de lado, não sou qualquer
No meu sentimento não meta a colher
Vai em frente, siga, pois em outra estou

Se livra de mim, nada em mim vai acender
Não pense em mim, a estação já chegou
Desça, pegue o desvio, não vou render

Estou machucado, você na dor acertou
É o fim, entenda, não vamos mais sofrer
Agora só recordação, de quem te amou!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

IMPERFEITO (soneto)

Pai, o que dizer de meus defeitos
Tantos, que nem sei como falar
Fere o peito, só ti pode perdoar
Os meus atos não são perfeitos

Pai, eu não venho só me justificar
Do altar quero ser parte dos eleitos
Da tua palavra ter bons preceitos
E os muitos erros, na graça vexar

Deite o olhar nos dons suspeitos
Do coração tira o que vem maldar
Afrouxe os elos do bem estreitos

Se não tenho as virtudes de rezar
Ouça meu coração e seus aspeitos
Murmuram no talho que sabe amar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Estar enamorado faz poetar aos amores
Em cada trova ramos de flores
Besuntando a poesia com odores
E sustento ao coração e beija flores

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Determinação é a conexão entre a alma e o universo.

Inserida por paulo_henrique_2

SOMOS TODOS IGUAIS

Iguais somos todos
Na alegria, no choro
Medos e nos denodos
Pela vida, com ou sem decoro
Nos inícios e nos finais
Na mudez e no coro
Somos todos iguais...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
07 de outubro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Grito (do cerrado)

Corações cerrados
devaneados
no chão vivido
torto, ressequido
árido
e empoeirado.
Que crasta
arrasta
queima
sem dilema...
Pari alarido
sofrido
num socorro
caldorro
de miseração,
num grito a destruição...
Chora o cerrado
devastado.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O amor é sempre paciente e generoso
nunca é invejoso.
o amor nunca é prepotente e nem orgulhoso
mas sim maravilhoso
o amor não envelhece
e nem rejuvenesci
o amor permanece
não é rude e nem egoísta
o amor é realista
não se ofende
nem se rescende do mal
mas sim sobrevive nas altas e baixas
hipocrisia universal
o amor não se alegra com os erro dos outros
mas se regogisa
com a verdade.
Ele tudo perdoa
tudo crê
tudo espera
e tudo tolera.

Por isso amém-se sempre como Jesus nos
amou e ainda nos ama.

Inserida por RosarioVicenteAlberto

São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Inserida por pensador

SONETO DE IMPROVISO

Vem desse ar seco do cerrado
Um soneto tangido pelo vento
Que retumba do ipê frondado
Brisando odor no pensamento

Uma canção mágica de alento
Tal qual um afago resbuscado
Desfolhado em encantamento
Inebriando o estro engasgado

Um sopro de tão suavemente
Sentido, tão leve se presente
Que a alma sente sem perceber

É visão poética e contundente
Que traz fascinação para gente
Bela, que no encanto a de haver

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

JUNHO

Mês do arraial
Frio e quentão
Mês tradicional
Festa e emoção
Casal em ritual
O amor aportou
Se avexe, não:

- Junho já chegou!

... não sei o que vem pela frente,
com fé, Deus, cuida da gente!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO REFLEXIVO

Pare. Ouça o seu compasso
Seja você no seu único ser
Apressada é a vida no viver
Lentamente dê cada passo

Volte. Resgate cada perder
Fracione a soma em pedaço
Desate os nós, dê mais laço
Não te apavores num só ter

Espere. Descanse o cansaço
Escute. Pra que então correr?
Nesta vida só vale se for valer

Siga. Se breve, bom é sobreviver
Só quem se atreve ganha espaço
Pois, simetria abranda o sofrer...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PELOS SONHOS ANÔNIMOS

Clamo hoje pelos sonhos esquecidos
Os mais desejados e sempre dilema
Os que no ter não foram pertencidos
Nem citados ao menos num poema

Pouco lembrados e incompreendidos
Solitários que até nos causam pena
Nos fazendo chorar nos fados vividos
Falidos entre o prazer e a dor suprema

Assim perdidos nos traços da história
Desistidos e tão poucos na memória
Criando ilusões do tempo já passados

Clamo que revividos possam ter vitória
Que assim possam ter e ser divisória
Hoje, no fazer, para serem realizados

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A HORA

Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!
Morrer, como quem vai em sua glória
Despedir-se do mundo em ato mero
De repente! Na bagagem só memória

Morrer sem saber, estou sendo sincero
Rogo, por assim ser, a minha tal hora
Morrer simples, sem qualquer exagero
Onde o olhar de Deus a minha vitória

Morrer, sem precisar ser feito severo
Das estórias que fique boa história
Fulminando sem lágrimas e lero lero

Assim espero, digno desta rogatória
Morrer fruto do merecimento vero
De ser ligeiro, cerrando a trajetória

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Augusto Frederico Schmidt

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO AO ACASO

Estou atrasado para nova direção
Dar ao destino uma nova fantasia
E ao espírito possa ter novo guia
Além dos afligir que fere o coração

Agora é tarde, entardeceu o dia
A alma está enrugada de emoção
Sonho entrajou-se de recordação
E o querer já não mais me alumia

Tenho ido empós do bom ideal
Nem sei qual será este tal final
Deste declínio que me barbaria

Afinal, pouca sorte foi meu ritual
Já o amor, o preservei bem jovial
Pra na lápide tê-lo como honraria...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ACALANTO

Ide amor.
Traga de onde quiseres
O ser amado. De onde for!
E,
se não o teres
No prazer do teu calor
Volte! Não é adeveres
Tê-lo como louvor
Se acaso cansares
Outro conforto há no Criador
Se desejares
Serás vencedor
Pois amor é satisfação
E,
não um gestor
Acalme o seu coração!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 12, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SÚPLICA

Se tudo acaba e tudo passa
A dor chegada tem a partida
A vida sua vitalidade vencida
Se tudo ao vento é fumaça

Se a firmeza tem sua recaída
O fado dia de caçador e caça
Fato alegre, outro sem graça
Se há subida, também descida

Se a alma não leva a carcaça
E a bondade nos é prometida
Na lei de Deus, sem ameaça

Se nem tudo é dor desmedida
Se tudo cai, Senhor, que negaça
Está má sorte na realidade parida?

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Auta de Souza

Inserida por LucianoSpagnol

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