Cuidando do meu Jardim

Cerca de 127963 frases e pensamentos: Cuidando do meu Jardim

AMOR PERFEITO

Vai majestade,
Amor. Busca o sentimento
O tempo é velocidade
E o querer argumento.

Como quiseres
o prazer,
Mas que seja pra teres
pra valer.
E,
Se cansares
Não venhas com lembranças subverter.

Se acaso não se acertar
Volte!
Vário é o lugar
Da saudade se solte
Pois tu amor, foi feito pra amar...

E a dor, chore!
Tudo passa, passará...
Não é preciso que implore
O que está escrito, estará
Amado perfeito... Folclore.
Viva e verá!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, abril, 25
Cerrado goiano

Quem não tem um propósito de vida, não tem uma visão clara de onde quer chegar.

DENTRO DA TARDE

A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado

O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento

Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

DE POESIA EU PRECISO

De poesia é o que eu preciso
Da tua quimera e mais nada
Galgar a rota de sua escada
Sem vestir-se do ser narciso

A poesia é muito mais amada
Prazer d'alma, pouco ao juízo
Volteios de ilusão no paraíso
Da ficção, com lira misturada

Só preciso de poesia, teu guizo
Inspiração, silêncio, a tua pitada
Cheios de acordes e improviso

Poesia é tal qual uma estrada
Do fado vendado e impreciso
Que nasce da faúlha inspirada
(de poesia eu preciso!...)

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

SONETO VELOZ

Da varanda vi a meninada jogando bola
No vizinho a moda de viola ia distante
Tornando o meu pensamento pensante
Que a vida é levada numa veloz padiola

Ao sentir que o tempo na hora é dante
E um ilusionista estradeiro e sem sola
E que não nos espera em sua charola
Me vi diante duma saudade palpitante

Lembrei o primeiro amor, a juventude
As fotos amareladas, agora no ataúde
Dum passado, tão forasteiro de heróis

Fiquei com a recordação ali amiúde
Com os argumentos tão sem atitude
E que tanta coisa ficou para depois...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Mineiro do cerrado

AMADOR SEM COISA AMADA

Ando no cerrado sem coisa amada
No coração um eco de um amador
Que atroa pela emoção tão atada
A solidão, que se dissolve em dor

Se me quiser, não me traga cilada
Ou então me deixe imoto por favor
De tédio a alma já se acha calada
E o olhar, no chão, cheio de travor

Quando a ventura fica embaciada
A sorte se enche de um tal pavor
E a sensação fica toda prostrada

E no amador sem a coisa amada
Sou um apaixonado aonde eu for
Aprendiz, buscando está jornada

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano

O SOL

Para que curvaste
no beiral da ventana
e pelo chão se arraste?
É por seres luz soberana
querendo luzir meu verso?

O meu poetar está sem gana
A alegria na alegria submerso
E estou quieto, de carraspana

Deixe-me a sós, no breu inconfesso
Fica-te por aí na ilusão mundana...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

⁠Quando o sol queimar o seu rosto
E o mundo inteiro o machucar,
Eu posso te oferecer um abraço,
Para fazer você se sentir melhor

FAREWELL

Vai morrendo assim! Morrendo a cada dia
Assim! de um vazio assim!
A força, tácita e fria
Fria! silenciando tu e eu, olhos calados
Esvaindo dos meus os teus beijos gelados

E numa hora assim! Um assim! E assim não quisera
Tudo acaba, tal o bucólico fim da primavera
Sonhos, inspiração, rasgando o fundamento
Flores pelo chão, solidão, o som do vento
A alma apertada em um canto despencada...

E, aqui no peito... medos, quimera em retirada
Nós dois... e, entre nós dois, o austero adeus
Decompondo os desejos meus e os teus...

Eu, com o coração retalhado, - tão ocupado
De ti, e no desespero, de não mais ter-ti do lado
amarguradamente,
Me vejo com sentimento tão ardente
Estes que um dia foi nosso!

E eu afastando! E afastando... posso! não posso!
A noite, o dia, a doce poesia, num troço
E tão solitário, em um palpitar de despedida
Despeço de ti, e me ponho de partida!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, junho
São Paulo
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Sou…
A flor da pele transpirando emoção
A mão que fuça a doce ilusão
Uma duradoura paixão...
Sou...
A noite que se faz dia
A madrugada de pura revelia
A chegada, a partida, fantasia
Sou o olhar estendido
Sou o coração partido
Sou alma de uno sentido
Sem hora nem lugar...
Sou um eterno amar!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
07’39”, 04/06/2013
cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A realidade é que não importa quão apertada seja a agenda, mesmo que haja limitações, quando alguém quer estar presente, está. E isso não inclui apenas a presença física, também o acompanhamento moral, o apoio à distância, a atenção diária, que não requer uma logística particular para se manifestar.

Somos todos livres para agir de acordo com nossas escolhas, incluindo as pessoas que gostaríamos de estar por perto, no entanto, é inteligente simplesmente aceitar quando alguém tem intenções de fazer parte de nossa vida e quando não.
Sempre haverá aqueles que querem nos ter como prioridade, mesmo que não localizemos mentalmente essa pessoa. Obviamente, isso não significa que, para nós, alguém que não desperta interesse se torne nossa prioridade por reciprocidade. O que queremos enfatizar é que é sobre isso que as interações da vida são, às vezes procuramos a pessoa que pensamos estar errada e outras vezes os que não damos mais importância, nos procuram.
Devemos aceitar a dinâmica da vida, sem drama, apenas conscientes de que em algum momento coincidiremos em nossas preferências e os elos se unirão. Mas o que não é possível é esperar que uma determinada pessoa, que estabeleceu suas prioridades de acordo com seus interesses, aja de maneira particular conosco, tenha gestos que sabemos que não terão ou não terão presença onde não querem tê-la.
Pelo contrário, quando alguém aposta por nós, faz-se sentir, faz-se notar e qualquer que seja o campo em que se relacione conosco, nos colocará de tal maneira que se manifeste o desejo de participar ativamente de nossas vidas.

Não desperdice a sua energia com aqueles que não a valorizam, isto não torna a outra pessoa melhor ou pior, ela apenas coloca você em uma realidade, no final você é quem finalmente decide quem entra e quem deixa o círculo de suas afeições.

Não espere nada de ninguém e evite frustrações, preconceitos e decepções, deixe a vida surpreendê-lo com pessoas maravilhosas sem forçá-las, sem pressioná-las e sem desculpas quero fazer espontaneamente parte de sua vida.

Inserida por lubaffa

Ser mais é agir com demasia. Seja o suficiente e já estará fazendo o que maioria das pessoas não faz.

Inserida por poetacuritibano

SONETO DO FAZ DE CONTA

Agora vou fazer de conta que sou poeta
Hoje a melancolia, não terá a rima certa
O céu alvoreceu poético e com harmonia
E em meu dia tudo será somente poesia

A minha existência não é mais só o eu
Cada verso trará o laço, o meu e o seu
O que outrora era somente ociosidade
Agora, o som da vida, é pura realidade

O silêncio deixei na solidão, no canto
Não sabia onde estava, para onde ia
Eu só queria um sentido, algum valor

E na busca de um pouco de acalanto
Parecia que o fado, gargalhava e ria
Até tu chegar, com o generoso amor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 de novembro de 2019 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

em pranto...

[…] é na viscosidade do suspiro
que a lágrima escorre pela face
redemolindo a alma num só giro
a ferro e fogo, a dor num enlace
agregando o sofrer em um retiro
de silêncio, de um usurário repace
que sonoriza o aperto em um coro
no peito e, amargor em trespasse
vazando o tormento num turvo choro...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 de novembro de 2019 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

NATAL, amor

- Para todos os que coabitam
os fartos, os que necessitam
- Pelas mãos que dão asilo
a aquele que está intranquilo
- Pela dor que é compartilhada
na dificuldade vivenciada
- Pela velhice respeitada
é sabedoria, tem de ser assimilada
- Pela mágoa que abriu ferida
indulgência deve ser oferecida
- Pelas guerras iniciadas
as armas devem ser arriadas
- Pelo tempo, em sua moderna corrida
abrace mais, sorria mais, mais vida
- Pela inconsciência desatinada
a natureza deve ser preservada
- Pelo amor, a diversidade em harmonia
vamos comemorar união, força, hegemonia
- Pois a nossa fé não pode ser fatal
oremos ao Menino Deus, é Seu Natal!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
cerrado goiano - Natal.

Inserida por LucianoSpagnol

NÃO DIZ NADA!

Não diz nada!
Nem a poesia vã
A ventura está selada
Suave está a manhã
Em nada se dizer
Se tem o amanhã
Há tanto prazer
No sossego
De sentir e ver
Nenhum apego
Deixa acontecer
Sinta o aconchego

Talvez em outra trova
Há tudo para puder
Sem reprova
Ou somente crer
No tudo vale a pena
Se forte é a fé no viver
Então, fique em cena
Só tenha a agradecer
O ato de ser aprendiz...
Estamos nesta estrada
Para ser... - sou feliz!
Não diz nada!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 de novembro de 2019 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Lágrima e um verso

Quando no cerrado o silêncio vozeou
De uma solidão, gemendo, todo faceiro
Dentro do coração a dor assim zombou
E ofegou o bafejo do suspiro primeiro

E a sofrença sentiu os olhos rasos d’água
A boca sequiosa, cheia de fel e ardume
Ali brotou a flor da aflição e da mágoa
E no peito, a tristura em alto volume

E no árido chão, por onde ele passava
A desventura espalhava feito sementes
E na terra, o padecer então empoeirava
E germinava com as lágrimas ardentes

Foi então que ali me vi na via dolorosa
Tão chorosa a poesia triste de saudade
Com espinhos e perfume, como a rosa
Num cortejo, fúnebre, sem a felicidade

Enfadando na alma os gritos e soluços
Ia a noite assombrada e não dormida
E os sonhos esfalfantes e de bruços
Avivado, e a tecer a insônia ali na lida

E assim se fez o oráculo sem encanto
E num canto o destino algoz e largado
Entre lamentos e um poetar em pranto
Lágrima e um verso, penoso e chorado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 de novembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

"A história do Judiciário Brasileiro está recheada de processos penais de grandes corrupções na máquina estatal, quase todos arquivados por firulas processuais."

Inserida por seuze

SONETO PARADOXAL

Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando

Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando

Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando

Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO MALFERIDO

Foste a quimera maior da minha vida
ou talvez a irreal... Evidente e ausente
contigo o amor foi no ter vorazmente
contigo, também, a alma foi repartida

Partiste, e a trova não mais te ouvida:
arde-me a inspiração, lota o presente
no cerrado agoniado fica o sol poete
num amargor da memória malferida

Amor extremo, minha perda e ganho
penitência e regozijo, dor sussurrante
um anacoreta de sentimento estranho

Sinto-me vazio, e na noite te escuto
delirante anseio, sentir sem tamanho
na vastidão do suspiro de um minuto...

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 08 de dezembro, 2019

Inserida por LucianoSpagnol

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