Crônicas sobre Mulher
Cada parte de ti é interessante,
és uma mulher simples e atraente
à semelhança de um bom filme
de ação e aventura
com um pouco de suspense,
nada pode passar despercebido
pra que faça sentido o desfecho,
além do mais, há deleite
em cada momento contigo,
pois a tua personalidade prende
o meu foco, conforta o meu espírito
agrada os meus olhos,
transporta-me para outro mundo,
talvez seja o paraíso
ou um lugar só nosso
sem espaço para conflitos.
Em cada pormenor do teu ser,
percebo nitidamente o teu esplendor
que faz de ti, uma mulher de belos atrativos que transmitem uma sensação bastante agradável
que causa um avivamento
semelhante ao de dias de verão
num lugar paradisíaco,
assim, fico numa imersão
de deslumbramento
com tua natureza notável
adentrando os meus pensamentos.
Tens a doçura de menina
e o fulgor ardente de uma mulher,
tua maneira de agir envolve e cativa,
tua presença adoça e aquece,
sendo assim, mereces ser tratada com bastante estima
para ter-te sempre por perto,
fazer parte da tua vida
e ser digno dos teus afetos.
Portanto, de fato, é uma grande conquista
poder transitar pelo teu lindo universo.
Cada fragmento do teu ser
é admirável,
és de fato uma mulher exuberante,
são lindos os teus cabelos,
tua boca é delicada,
possuis um olhar flamejante,
possível reflexo do fervor da tua alma,
uma galáxia emocionante
de cores intensas
com uma linda constelação
para ser explorada.
Portanto, é evidente que,
na tua presença,
sou tomado por inspiração
como se a tua natureza
para mim fosse revelada,
desta forma, faço estes versos,
frutos da minha imaginação aguçada.
certa vez, quando eu era criança, uma sabia mulher me falou:
“Minha querida, a vida é uma grande decepção. Porém, de tempos em tempos, momentos muito bons irão surgir. Eles farão com que a sua esperança seja renovada e você continue querendo viver e sonhar. Quando os caminhos não estiverem promissores, foque no que já viveu de bom. Dessa forma, fica mais muito mais fácil suportar as dores e as rejeições da vida. Se você não tiver sonhos, irá se sentir perdida e destroçada. A vida vale a pena por causa das possibilidades e das oportunidades que surgem de vez em quando.”
Dia do Professor
Hoje é o Dia do Professor. E começou com luta.
Uma mulher lutou para estar lá. Não era apenas mulher — era negra.
Estávamos há apenas 30 anos da abolição da escravidão em nosso país quando Antonieta de Barros se formava na Escola Normal Catarinense. Imaginem a luta…
Antonieta, além de professora, tornou-se política e foi a responsável por instituir nacionalmente o Dia do Professor, para que nunca deixássemos de ser lembrados.
Obrigado, Professora Antonieta de Barros, por nos reconhecer e abrir caminhos.
Nossa trajetória é de luta. Hoje, infelizmente, vemos políticos fazendo de tudo para sucatear a educação — basta observar a má vontade em realizar concursos públicos, substituídos por contratações precárias, como os PSS e RC.
Os salários baixos desmotivam, e muitos acabam desistindo de estudar mais, de buscar novos conhecimentos para repassar aos alunos.
Mas, como dizia Paulo Freire, “a educação é libertadora”.
E nós, professores, somos a pedra no sapato dos maus políticos deste Brasil varonil.
Menina-Mulher
No rosto, um riso que encanta,
nos olhos, o azul que revela —
uma alma que luta e canta,
mesmo quando a dor se revela.
Carrega vitórias e quedas,
com coragem de quem já cresceu,
mas no fundo ainda anseia
por um abraço que aqueça o seu eu.
Como um pintinho no ninho,
ao fim do dia só quer ternura —
um colo, um carinho, um abrigo,
uma pessoa que diga: “Vai passar, criatura.”
E no silêncio que vem depois,
ela recolhe o que ainda resta —
um sonho, um sopro, uma voz
que insiste: “Você ainda é festa.”
A vida está quase perfeita
com todas as coisas
em seu devido lugar.
A carreira, a mulher amada
a música, a cozinha, o vinho
a poesia, os filhos criados.
Tudo está consumado,
a plenitude da paz.
Algumas virtudes alcançadas
estou definido como um homem feliz.
Estou consciente do que virá,
impreterivelmente aguardo,
o imprevisto nas mãos de Deus
e a fatalidade e a tragédia
na intromissão do caos
MULHER
Mulher, você sabe dizer a coisa certa
Com uma palavra me desperta
Para um novo amanhã.
Mulher, você sabe fazer a coisa certa
Determinada e discreta toma sua posição.
Mulher, você que organiza minha vida
Me dá paz, me dá guarida
Neste imenso coração.
Mulher, você que sempre esquece as desavenças
Não discute as minhas crenças
Sempre dá o seu perdão.
Mulher, você que sempre está junto ao meu lado
A caminhar de braços dados, numa mesma direção.
Eu sem você sou rancho velho abandonado
Terra infértil, chão cansado
Não produzo mais o pão.
Terra-Mulher
A Terra sangra em silêncio, como a mulher que cala o grito. Desmatam-lhe os seios verdes, como quem arranca o abrigo.
Árvores irmãs separadas, como filhas em cárcere doméstico. O machado é verbo cruel, que fere sem dialético.
O ar, antes canto de vida, agora é voz maldita, soprando tortura invisível na mente que se agita.
A seca é prisão da essência, privatizam o ser, o sentir. A água, que era ventre livre, já não sabe mais parir.
Ordenham sem consentimento, deixam-na na mão errada. O leite vira lucro sujo, a alma, moeda trocada.
Rios contaminados choram, como corpos invadidos à força. O falo doentio penetra, sem amor, sem remorso, sem corsa.
E a carne — ah, a carne vendida — tem preço, tem código, tem dor. Como o corpo da mulher na vitrine, sem nome, sem alma, sem cor.
Mas há fogo sob a pele da Terra, há raiz que resiste ao corte. Há mulher que se levanta inteira, mesmo depois da morte.
Epifania no Rosto de Uma Mulher
Não sorri.
Respira.
Como se o tempo nela descansasse
e a luz, vencida, ajoelhasse.
Há alvorada em sua pele,
brancura que arde sem queimar,
sombra de flor que não murcha,
sede de quem sabe amar.
Olhos — dois portos antigos
onde o mundo ancorou seus espantos,
e as marés recuam em silêncio
para que ela permaneça intocada.
Sua boca é um poema contido,
um verso que ainda não se escreveu,
mas já vive nos lábios dos anjos
e no suspiro de quem a leu.
Ela não posa: revela.
Ela não chama: acende.
É beleza que não se explica,
é paz que surpreende.
E o poeta, órfão de palavras,
deixa cair sua pena no chão,
porque diante desse rosto
a única resposta é a contemplação.
MUSA NOTURNA
Mulher, estrela nua
Silhueta crua de um pintor veraz
Brilha na noite purpura
De alma tenaz.
Vem ao meu encontro
Com passos firmes
Com um olhar vítreo
Focado em mim.
Fugir não posso
Nunca antes ela veio assim
Tão resolvida a me absorver
A me sugar para o seu mundo.
Acabo cedendo, caindo das nuvens
Onde habitei por anos frios
Ela me segura com suas mãos quentes
Estanca de repente os meus calafrios
EVAN DO CARMO
Oh, divina mulher de olhos negros!
Imponente como a noite escura,
Tua beleza é um mistério que encerra
A força de um amor que é tão puro.
Teus olhos, sedutores e profundos,
São como o céu noturno sem igual,
Só quem te contempla se inebria,
E não consegue evitar o mergulho total.
Talvez nem mesmo a poesia que exalta,
Consegue traduzir com fidelidade,
A beleza e o encanto que em ti habita,
Tu és a musa da nossa inspiração,
Uma verdadeira divindade,
Que enche nossa alma e nosso coração
Mulher de olhos verdes, és obra divina
De curvas suaves e pele macia
A tua beleza é qual doce melina
Que embriaga o coração dia após dia
Teus lábios carnudos, vermelhos como o sol
Despertam em mim um desejo voraz
E em teus abraços eu me sinto no rol
De um sonho eterno, que nunca se desfaz
Teus olhos brilham, como estrelas no céu
E chamam-me a eles, como um farol
Que me guia de noite, quando tudo é breu
Mulher de olhos verdes, tu és a doçura
Que alegra minha vida e me inspira a ternu
Mulher Sem Coração
Mulher sem coração, quanta ilusão,
Me enganaste, que pena, teu sorriso era de esfinge,
Tua boca sinuosa de alguém que mente,
Ser o que não é, ah, mulher sem coração.
Roubaste meu sossego, agora vivo só,
Em profundo sofrer, queria a verdade,
Queria a utopia, que tolo não sabia
Que era você, a própria enganação.
ÓPERA DA VIDA
Vi uma mulher chorando
Nos cantos do mundo
Nos becos da vida.
Tão desvalida, desprotegida.
Desesperada, ela chorava
E perguntava se eu podia entender.
Qual a razão do sofrimento, e eu não podia responder
Se sou um homem que lhe consome
O seu direito de viver.
Se sou o homem que interrompe seu direito de crescer?
Vi uma mulher chorando
Nos cantos do mundo
Nos becos da vida.
Estava grávida, soturna e pálida a ponto de desfalecer
Tão desvalida e corrompida pelo homem
que lhe consome, e que lhe suga com prazer
A seiva viva, e interrompe o direito de nascer.
Vi uma mulher chorando
Nos cantos do mundo
Nos becos da vida.
Tão desvalida, desprotegida
Trazia ao colo uma criança quase morta
E me dizia, o que importa?
É só mais um que vai morrer.
O escolhido
Aquele foi um olhar de amor, eu pensei
Uma mulher sempre percebe, eu concluí
Como se pontos tivessem sido entregues
Como se esquecesse o que me trouxe ali
Um homem de verdade não diz "te amo"
De forma gratuita e indiscriminadamente
Entretanto, o denuncia de outros modos
Também retumbantes e desesperadamente
O amor feminino costuma despertar temor
É bem mais fácil envolver-se com outras
Do que com a garota que escolheu você
E você nunca a acha em quaisquer bocas
Aí existe a fuga desenfreada e cansativa
Negando a si mesmo a maior obviedade
Gostar por gostar você gostou de tantas
Ela você ama e já comenta toda a cidade
O sentimento latente bate na sua porta
Ele se chama Amor e pede para entrar
Você pensa muito porque não percebeu
A sua disposição imensa em se entregar.
Resguardo da pátria
Faz 15 anos que ele foi à guerra
E, desde então, não mais voltou
Sua mulher continua no casebre
Recordando tudo o que passou
Tantos planos estão esfacelados
Em nome do resguardo da pátria
Contudo, a bandeira bem tremula
Representada por militar ou pária
O governante motiva o confronto
Pois não terá de pegar em armas
Vê o desenlace pelos bastidores
Enquanto famílias são ceifadas
Não há real vencedor na batalha
Muitos entregam seu maior bem
Tratando com artilharia pesada
Fatalmente se dizima alguém
Histórias ricas resultando em pó
De corajosos que agora jazem
Um pranto que retumba no ar
É o dos que ficam à margem
A mulher ainda está esperando
Já que ele prometeu o retorno
Em uma promessa incumprível
Do soldado morto em Livorno.
Semideuses
Me apresentem aos desafortunados
Alguém que tem metade dos dentes
Uma mulher que foi traída há pouco
Eu quero conhecer os descontentes
Nada contra a gente bem-resolvida
Mas vida monótona chega a minha
Faz tempo que tudo está em ordem
Preciso colher alguma erva daninha
Todo mundo é um enorme sucesso
Só convivo com homens confiantes
Todas as meninas parecem misses
Onde foram parar os seres errantes?
Amanhã o esgoto terá um bom odor
Não haverá mais sangue a derramar
Só restaurante com comida saudável
Mundo muito correto para se habitar
Não passo por nenhum ser humano
Partilho a calçada com semideuses
E somos incrivelmente semelhantes
Ainda germinam gêmeos siameses
Me olho no espelho e nada enxergo
Minha voz parece ecoar para dentro
Talvez eu esteja em outra dimensão
Porque tentei demais ficar no centro.
Não me julgue
Por amar você e o teu ser
Será que não sabes que és mulher
Que com o teu olhar em pé
Sobre o nada cheio de prazer
Neste teu dizer, consegues me deter
Apenas com doce beijo de beber
Desta boca que me fez elouquecer.
Não me julga por ter sem querer
Porque eu também não sei o que fazer, ou que aconteceu em mim
Sob este céu azul do seu olhar.
Não me julga apenas me ama.
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