Cronicas de Marta Medeiros Felicidade

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PAIXÃO

Quando pouso meu olhar
Sobre ti
Contemplo a mais linda imagem
Que já vi
Quando ouço a voz
Que vem de ti
Penso que um anjo ouviu
Quando meus braços
Abraçam a ti
Sinto as melhores sensações
Que já senti
Quando meus lábios
Encontram-se com os de ti
Já não consigo descrever
O que vi, ouvi ou senti,...

Descobrir como você é, do que gosta é a chave para obter felicidade.
Conhecer-se é fundamental. Saiba avaliar o que lhe dá prazer. Respeite seus sentimentos. Não tenha medo de ser o que é. Se fizer isso, sentirá um calor agradável no peito, uma alegria gostosa, que tornará sua vida mais bonita e colocará mais sedução em seu sorriso.

Seja feliz nos seus sonhos...
e tenha a felicidade de buscá-los.
seja feliz nos seus projetos...
e tenha a felicidade de realizá-los.
seja feliz nos seus desejos...
e tenha a felicidade de concretizá-los.
seja feliz nos seus sucessos...
e tenha a felicidade de obte-los.
seja feliz sempre...
pois sua felicidade depende somente de você!!

*No princípio eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!* *

É inevitável olhar a felicidade de um casal e não sentir inveja.
Olhar como ambos amadurecem e aprendem juntos e não sentir vontade de roubar aquilo para você.
É inevitável não ver fotos, declarações, noivados e não achar que você ainda não achou a metade da laranja.
Ver como cada um se completa e perceber que até agora você apenas se despedaçou.
E tudo vai ficando pior, te levando para uma emboscada. Quanto menos você quer, mais se vê rodeada de pessoas assim, felizes.
Os dias de chuva que eu tanto gostava, o friozinho pra ficarmos abraçados embaixo das cobertas, a rede na varanda dona de alguns cochilos, os olhos que me fitavam a cada vez que eu me deixava cair num sono rápido, estavam ali, me decorando do mesmo jeito, bem abertos e preocupados com cada movimento.
É inevitável ver que tudo mudou e é inevitável saber que não tem como voltar, é inevitável saber que o amor se perdeu, e é frustrante ainda tentar buscá-lo.
Ver os casais que passam na rua, eles se abraçam, sorriem e andam de mãos dadas como se existissem apenas eles e nada de preocupações, e dar uma leve olhada pra quem está do meu lado, indiferente e com todas as preocupações possíveis na cabeça.
Seu olhar nunca consegue se desviar um segundo se quer para me admirar mais. O seu bom humor com todos se vai quando está comigo. A gente não segue mais as ordens do coração.
Hoje eu prefiro o sol, ao teu lado ou não, ele deixa o dia mais bonito para que eu possa enxergar melhor coisas ao lado de outras pessoas.
E ai o dia ensolarado fica escuro e tudo parece ficar triste. Minhas decepções aumentam. Oi, eu estou aqui, tem como você reparar. Não posso dizer que te amo e que ninguém vai te amar como eu. Não seria verdade. eu te amo, sim, mas não como já amei a um bom tempo atrás, este sentimento ainda me machuca, então só pode ser amor. Mas eu posso dizer que ninguém vai sofrer por você como eu sofri. Amor é bonito, é lindo, porém perigoso caso não saiba ser guiado. A princípio você cuidou muito bem do meu amor, de tudo, só pensávamos em cuidar de nós. Hoje cuidamos de nós individualmente. Você começou, eu aprendi e fiz igual.
Eu já perdi as contas, de quantas vezes, você incansavelmente se foi, se foi com várias desculpa e por caminhos diferentes, ligava vez ou outra para me fazer mal, me trazer lembranças, e quando eu achava que estava me recuperando de mais um desamor, me vinha você, pelo mesmo caminho de volta, com as mesma desculpas e promessas, sempre as mesmas palavras, homens, ai homens. Não, não creio que sejam todos assim, grande parte tem esse dom de promessas e palavras em vão. Caminhos que nunca se cruzam. O mais engraçado é que você sempre acha que estou aqui, com o mesmo sentimento, a mesma bobinha, pronta para você amar, enganar e largar a hora que bem entende. Não meu bem.
Hoje eu vejo os casais na rua de outra forma, eu me imagino feliz, caminhando com outro alguém, sim, eu sei que existe alguém para me fazer feliz, e este alguém, que me completará, certeiramente, não é você. Então abra teu olho menino, e digo isto incansavelmente, abra teus olhos, estou não estou mais aqui, ou me mostre que realmente você está aqui, ficará tudo assim, até que eu encontre outrem a quem caminhar e rir pelas ruas.

SEM ESFORÇO NÃO SE TEM FELICIDADE...

O animal humano, como os outros animais, está adaptado para uma certa luta pela vida e quando, graças à sua riqueza, o homo sapiens pode satisfazer todos os desejos sem esforço, a simples ausência do esforço na sua vida afasta dele um elemento essencial de felicidade. O homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente apenas um desejo moderado, conclui que a realização do desejo não dá felicidade. Se tem disposição para a filosofia, conclui que a vida humana é essencialmente desprezível, pois o homem que tem tudo o que precisa ainda assim é infeliz. Esquece-se de que privar-se de algumas coisas que precisa é parte indispensável da felicidade.

Bertrand Russell
in A Conquista da Felicidade

DICA 1: Agradeça sempre a Deus por tudo o que você é e tem.
DICA 2: Pratique regularmente uma atividade física.
DICA 3: Tome sempre um bom café da manhã.
DICA 4: Seja assertivo.
DICA 5: Gaste seu dinheiro em viagens, cursos e aprendizado.
DICA 6: Enfrente seus desafios, não fuja deles.
DICA 7: Coloque em todos os lugares boas memórias, frases e fotos de seus entes queridos.
DICA 8: Sempre cumprimente e seja bom com as outras pessoas.
DICA 9: Use sempre sapatos confortáveis.
DICA 10: Cuide da sua postura.
DICA 11: Ouça boa música e leia bons livros.
DICA 12: O que você come tem um impacto direto na sua saúde e no seu humor.
DICA 13: Cuide-se e sinta-se atraente.
DICA 14: Finalmente, acredite em Deus, pois, com suas bênçãos, nada é impossível.
A felicidade é como um controle remoto, perdemos sempre, ficamos loucos procurando por ele e muitas vezes, sem saber, estamos sentados em cima dele.

A beleza da felicidade é como a água do oceano, bela, imensa e profunda. A água é humilde, flui sem temer as quedas... A beleza da vida partilha, com a água do oceano, a ondulação, que nos eleva ao mais alto ponto da nossa alegria, em poder ter a felicidade... Tal qual o oceano, a beleza da felicidade tem suas ondulações e calmarias, também... Para que tenhamos a beleza da felicidade, em nossas vidas, temos que agir tal qual as águas do oceano, que têm suas ondulações, mas têm calmarias, também... Pois as suas belezas é que nos atraem e nos fixam a ele... Jamais alguém conseguiria admirar a beleza do oceano, sem nunca entrar nele... O mesmo se passa com a beleza da felicidade. Jamais conseguiríamos viver a alegria da felicidade, sem nunca a vivenciar, em nossas vidas... Assim, como decidimos, muitas vezes, entrar no oceano e não nadar sozinho, temos que levar, em nossa companhia, a decisão de levar, junto a nós, a alegria de viver... Que é a própria beleza da felicidade!

O livro A BELEZA DA FELICIDADE, poderá ser adquirido nas livrarias Curitiba, livraria Cultura, livraria Martins Fontes e na www.asabeça.com.br
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Inserida por MarilinaBaccarat

Na ânsia pelo impossível, querendo resgatar o que não mais nos pertence, que é o tempo que passou...
O tempo não mais será. Com certeza, a pior idade é quando abrimos a porta para o tempo, que se passou, esquecendo o futuro, que, apesar de termos pouco tempo, muito ainda pode ser feito...
Temos que ter consciência do caminho, em que bebemos o vinho lentamente, entre o langor e a sabedoria, tal qual a flor, que bebe o orvalho, com o melhor dela mesma...
É chegada a hora de bebermos, lentamente, o vinho, com o melhor de nós mesmos e deixar fluir, do aprendizado de cada instante, as coisas que nos cercaram e nos cercam ainda, com toda a sabedoria, que a vida nos ensinou e, ainda, ensina...
Caminhar, junto com o tempo, aceitando tudo, que ele nos oferece, é ter muita sabedoria, é saber viver, intensamente, sorvendo, em pequenos goles, o vinho da vida...
Mesmo trôpegas, por termos bebido o vinho da delicadeza do inverno da vida, teremos a lucidez para aceitarmos a nova estação da vida, que já bate à nossa porta.
Marilina Baccarat no livro "A BELEZA DA FELICIDADE "

Inserida por MarilinaBaccarat

Impossível abarcar a noite, sem que uma brisa venha nos acalentar, sem que um sonho nos cause angústia, sem nos afligirmos com alguns pesadelos...
Impossível açambarcar a noite, sem que haja flores a perfumar os nossos sonhos. Não pensando no passado e muito menos no futuro, aproveitando somente o hoje...
Marilina Baccarat De Almeida Leão

Inserida por MarilinaBaccarat

Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras... O que não pode é se subtrair. O processo tem que ser de acréscimo, sempre. Nada é tão definitivo assim e a gente nunca É, a gente ESTÁ...
Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto, posto sobre a mesa. A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo de outras. A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive. A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa. Tal como as consequências. A gente resolve se entregar quando é tarde pra descobrir que pra respeitar o nosso próprio tempo, é preciso lembrar e ter o mesmo respeito pelo tempo do outro. E que muitas vezes, pra ser honesto, é preciso se correr um risco o qual não queremos. Mas a gente corre. Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores - há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. Nada é tão definitivo.

Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas.
Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.

-Tu as eu tort. Tu auras de la peine. J'aurai l'air d'être mort et ce ne sera pas vrai...
Moi je me taisais.
-Tu comprends. C'est trop loin. Je ne peux pas emporter ce corps-là. C'est trop lourd.
Moi je me taisais.
-Mais ce sera comme une vieille écorce abandonnée. Ce n'est pas triste les vieilles
écorces...

IV
Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo
A microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões Dráticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...
Que teorias há para quem sente
O cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?
Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou ...

Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso dos outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
Da sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.

Quando as cinzas da quarta
Se tornarem brancas
Quando as notas das falas
Se tornarem brandas
Eu deixarei que minha voz descanse
Sobre o acorde do silêncio
Mas enquanto as armas estiverem prontas
E os olhares altivos revelarem afrontas
Eu colocarei a minha voz
Sobre o acorde da coragem
E cantarei o sonho de extinguir a guerra
Romper as cercas, libertar a terra
Despejar no mundo cores de aquarela
Preparando a vida pra outra primavera
E cantarei o sonho de colher milagres
E ver romper da terra inúmeros altares
Pra derramar no mundo cores de eucaristia
Que semeia a noite para florescer o dia
Quando a fome dos pobres for só de beleza
Quando a chama da paz já estiver acesa
Eu deixarei que minha voz descanse
Sobre o acorde do silêncio
Mas enquanto as retas estiverem tortas
E a morte insistir em manchar as portas
Eu colocarei a minha voz
Sobre o acorde da coragem

Palavras ao Vento

Eu sempre acreditei na vida, desde muito pequeno, que existem pessoas na nossa história que elas são tão fundamentais, mas tão fundamentais que a gente não pode mais dizer um nome sem que a gente lembre do nome dela. A gente identifica os verdadeiros amigos, as pessoas essenciais na nossa vida no momento da muita alegria ou no momento de muita tristeza: são esses dois extremos que são capazes de revelar quem a gente ama de verdade. Quando você está alegre demais, aquelas pessoas que você gostaria de tê-las ao seu lado vendo as coisas que você está vendo. Quando você está triste quais são as pessoas que você gostaria que estivessem ali segurando a sua mão? Aí você verifica os seus verdadeiros amigos. Agora, por quê que eles ficaram? É um mistério! A gente nunca sabe dizer porque aquela pessoa ficou amiga da gente. Talvez porque ela tenha tido uma sensibilidade maior que os outros não tiveram, talvez porque elas olharam pra gente de um jeito mais aperfeiçoado, porque tiveram mais paciência com a gente, tiveram mais calma. Não é assim? Os amigos que vão ficar pro resto da vida, a gente pode ter sido enjoado, mas eu sei que na hora que precisar deles eles vão está do meu lado. Só por isso a gente suporta os defeitos dos outros...porque a gente sabe que mesmo que eu esteja na miséria ela vai está ali do meu lado; mesmo que eu perca tudo que eu tenho (...)

Eu achava engraçado porque as novelas mexicanas tem umas frases dramáticas (...) Tem uma frase de novela mexicana que eu sempre recordo, é uma que falava assim: “Meu filho, aconteça o que acontecer nós nunca vamos deixar de te amar”. E eu achava engraçado aquilo, mais cheio de significado. Dramático, né? Aconteça... Gente o que poderia acontecer de tão sério? Sei lá. De repente, você já não é o ser humano que você gostaria de ser. Que tenha dado tudo errado. E eu acho bonito isso, né? Não há condição para o amor nessa casa, aconteça o que acontecer. É aquela velha história: eu briguei com você,eu fiz tudo errado, eu te tratei mal, te destratei...eu fui injusto com você, eu te abandonei, mas de repente no meio da noite meu filho morre e você é a primeira pessoa pra quem eu tenho vontade de ligar. Isso é amor, não há outra chance! Eu não tenho medo que o outro não vá me receber, eu não tenho medo de que o outro vá me tratar mal, do mesmo jeito que o tratei. Eu não tenho medo de que o outro lado tenha resistência a mim. Não! O amor que eu sei que ele tem por mim é que me dá coragem de ligar no meio da noite e dizer: “Eu preciso de você agora, mesmo que você não tenha tido a oportunidade de me ter ao seu lado no momento em que você precisava!” (...) Isso é ser amigo de verdade, é quando não depende do tempo, de quantas vezes eu liguei pra você, quantas vezes eu fui atrás. Não, não, o laço que permanece, que independe do tempo. Que às vezes na correria da nossa vida, às vezes você não tem aquele tempo de cultivar, mas você sabe que ele está lá (...) Eu tô aqui!

Cada vez que eu me recordo a necessidade de ter alguém ao meu lado eu me lembro dessa frase:” Eu tô aqui!” Eu não faço estardalhaço, eu não crio muito barulho, eu não tô dando notícia, mas eu estou aqui!!! O tempo vai passar, as coisas vão ficar diferentes, pode ser que eu não tenha oportunidade de está aí, pode ser que eu não tenha oportunidade de chegar a tempo, mas fique sabendo que eu estou aqui! Que bom que essa frase tem o poder de repercutir em quem ama e talvez quem ame nem sabe o quanto isso repercute, porque experimentar da misericórdia pelo lado dos fortes não sei se tem muita vantagem... Eu quero ver a gente saber experimentar a misericórdia pelo lado dos fracos, quando você precisa ser amado, quando você precisa ser elogiado, quando você precisa ser aquele que sai do lugar para pedir ajuda. Aí nessa hora, neste momento você possa ver que as coisas poderão ser resolvidas com aquela presença que você sabe que não muda, que está ali, alguém que lhe assegura está ali (...) Não sei qual a possibilidade que eu tenho de está na sua vida, não sei de que forma eu possa está na sua vida...pode ser que de uma forma concreta, pode ser que você me conheça (...) eu gostaria de dizer pra você (...) que eu gostaria de continuar estando aqui e dizer: ”Eu estou aqui (...)!”

Todo mundo fica para baixo de vez em quando. Desanimar é próprio do ser humano, porque ninguém é de ferro nem pode ser forte toda vida. A fragilidade faz parte do crescimento, ajuda a gente a se fortalecer.
Mas desanimar não é desistir. Como uma onda que passa, o desânimo pode deixar uma devastação, mas sempre é tempo de se reconstruir. É a lei do progresso. Quando você se sente para baixo, pensando em desistir, algo na sua vida acontece que lhe dá uma mexida. É Deus falando com você, lembrando que tudo tem solução. Pode parecer que não, mas nada é definitivo, nem a morte, que é só um estágio de transição. Tudo pode ser refeito, desfeito e perfeito, porque a perfeição depende das suas expectativas.
Permita-se aceitar que você pode desistir. Isso dá um conforto danado na gente, porque retira de nossos ombros aquela cobrança que a sociedade impõe de que temos que ser persistentes. Você pode desistir, se quiser. Só não desista da vida, porque, sem essa, não dá para se fazer mais nada. A vida é nosso repositório de experiências. Sem elas, não avançamos.
Jogue tudo para o alto, mas lembre-se de que tudo o que sobe há também de descer. Quando isso acontecer, deixe cair o que não lhe serve mais e agarre o que lhe pertence. Você vai ver que isso não é desistir, mas usar a inteligência para se libertar do que pesa na alma para depois prosseguir com confiança, serenidade e, aí sim, persistência.

Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.

Devagar...
Sim, devagar...
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar...

Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...

Talvez isso tudo...
Mas o que me preocupa é esta palavra devagar...
O que é que tem que ser devagar?
Se calhar é o universo...
A verdade manda Deus que se diga.
Mas ouviu alguém isso a Deus?

Elegia

Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaçam, num suspiro.

E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava,
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio.

Perdi minha alma à flor do dia ou já perdera
bem antes sua vaga pedraria ?
Mas quando me perdi, se estou perdido
antes de haver nascido
e me nasci votado à perda
de frutos que não tenho nem colhia ?

Gastei meu dia. Nele me perdi.
De tantas perdas uma clara via
por certo se abriria
de mim a mim, estrela fria.
As arvores lá fora se meditam.
O inverno é quente em mim, que o estou berçando
e em mim vai derretendo
este torrão de sal que está chorando.

Ah, chega de lamento e versos ditos
ao ouvido de alguém sem rosto e sem justiça,
ao ouvido do muro,
ao liso ouvido gotejante
de uma piscina que não sabe o tempo, e fia
seu tapete de água, distraída.

E vou me recolher
ao cofre de fantasmas, que a notícia
de perdidos lá não chegue nem açule
os olhos policiais do amor-vigia.
Não me procurem que me perdi eu mesmo
como os homens se matam, e as enguias
à loca se recolhem, na água fria.

Dia,
espelho de projeto não vivido,
e contudo viver era tão flamas
na promessa dos deuses; e é tão ríspido
em meio aos oratórios já vazios
em que a alma barroca tenta confortar-se
mas só vislumbra o frio noutro frio.

Meu Deus, essência estranha
ao vaso que me sinto, ou forma vã,
pois que, eu essência, não habito
vossa arquitetura imerecida;
meu Deus e meu conflito,
nem vos dou conta de mim nem desafio
as garras inefáveis: eis que assisto
a meu desmonte palmo a palmo e não me aflijo
de me tornar planície em que já pisam
servos e bois e militares em serviço
da sombra, e uma criança
que o tempo novo me anuncia e nega.

Terra a que me inclino sob o frio
de minha testa que se alonga,
e sinto mais presente quando aspiro
em ti o fumo antigo dos parentes,
minha terra, me tens; e teu cativo
passeias brandamente
como ao que vai morrer se estende a vista
de espaços luminosos, intocáveis:
em mim o que resiste são teus poros.
E sou meu próprio frio que me fecho
Corto o frio da folha. Sou teu frio.

E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria ?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.

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