Críticas

A boa crítica sugere transformações e valoriza
ainda as qualidades sempre ocultas.

A crítica só é boa quando passa pelo funil da bondade.

A crítica determina o poder da destruição
ou da construção de uma vida bem-sucedida.

A crítica perde o efeito negativo quando primeiro
uso a língua em benefício da edificação do próximo.

A maldita crítica sai da toca das profundezas do inferno;
se não tapar o buraco arrasta a casa toda para dentro dele.

A crítica, vista pela fé das possibilidades, constrói
castelos firmados na rocha.

A crítica, crítica rica, deveria ser um vaso que ornamenta qualquer casa, se não viesse da língua,
e sim, do coração.

A crítica em si, na escala da harmonia e da paz, falta a nota sol.

A crítica sugestiva levanta um corpo morto na vida
e o põe de novo na luminosidade da alma e do espírito.

A crítica é um deslizamento de terra
E arrasa como águas torrenciais:
Quanto mais pesada mais ela emperra
Os bons costumes com seus temporais.

Crítica dita com olhares do amor é um colírio
para o outro ver as possibilidades do bem.

A crítica hostil é como um vírus na alma humana:
degenera as qualidades da vida e ainda envenena.

A crítica que vem das trevas não ilumina nem um túnel:
Torna a saída da vida mais escura e pesada como tonel.

A pior crítica é aquela que funciona como fermento
da língua: leveda qualquer massa humana.

A crítica é a lâmpada quebrada no escuro,
quando se precisa de luz.

A crítica manifesta em grupo contra uma só pessoa
é um atentado de covardia, desonra e traição.

A crítica imperfeita é a gota que sai
de um cano enferrujado.

Quando a língua crítica, a alma sofre, o espírito
se arrefece e o corpo reage.

A crítica é como um ácido derramado sobre uma chapa de ferro: se não evitar, corrói.

A crítica na língua do sábio funciona como remédio para a alma.