Crer
Seria só...
Hoje descubri meu caro amor que não adiantas crêr naquilo que não se ver
Pois meus olhos fecham para verdade, do que adianta fingir
Não poderias se tornar ausênmte! Se essa imatura criança te faz chorar aos prantos por nada!
Não poderias crêr nos teus propríos instintos...
Não poderias viver sem me trair ...
O que me resta agora se não colar teus pedaços já machucados!
Fé: Esta palavra vem do latim “fides”, que significa fidelidade, ou seja, crer em algo sem ter prova alguma disso exceto a certeza de que quem te disse não está mentindo. A fé é conceituada por alguns autores como o conjunto de crenças religiosas que uma certa pessoa possui, é aquilo no que ela crê. Segundo a Bíblia, a fé não se baseia naquilo que a pessoa vê, mas trata-se de uma convicção interior de coisas invisíveis e de coisas que acredita que ocorreu no passado ou que irá ocorrer no futuro.“Fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos”segundo Hebreus 11:1.
Como eu queria ter a inocência de antes, queria crer em coisas inacreditáveis, queria passar a noite de 24 de dezembro acordada esperando o velinho barbudo entregar meu presente, queria ver o mundo como um paraíso, queria ver as pessoas como anjos, queria ver uma estrela cadente e fazer um pedido, acreditando que ele se realizaria, queria olhar para as pessoas e não enxergar maldade, pois não existiriam maldades, queria poder acreditar que meu príncipe encantado chegaria de cavalo branco, queria que as pessoas se importassem umas com as outras não pelo que tenham, e sim por quem são, queria acreditar que todas venceriam, queria acreditar que tudo vale a pena, queria acreditar que todos os sonhos se realizam independente de tudo, queria poder olhar as estrelas ao lado de quem amo, queria poder fazer planos para o futuro e saber que eles se realizariam, queria confiança independente de atos errados, queria poder acreditar em todos, sem medo de me magoar, queria um olhar sincero, queria um abraço sincero, queria palavras bonitas e não falsas, queria tomar banho na chuva sem ser olhada como estranha depois. Eu simplesmente “queria”, pois sei que tudo isso eu não vou ter.
" Por causa da nossa dor,
muitas vezes achamos que a dor do outro não existe,
mas pode crer,
ela está lá,
tanta, ou até maior que a nossa...
+Q crer
Olhando para a eternidade, não acreditei no sofrimento eterno, mas na morte do corpo sim. Vi que em tempo não determinado a alma também poderá ser extinguida, pelo esquecimento. Já o espírito, esse sempre foi e sempre será do Eterno. Acredito eu que estes três elementos nos formam como somos e para a eternidade o bom mesmo é cuidar do corpo disponível, agradecer pelo espírito em empréstimo e valorizar as lembranças na alma, sim, para os outros, mas principalmente para que essa não seja esquecida Naquele que realmente é Eterno.
Crer é creditar que as escolhas das ferramentas são as mais indicadas.
Foco é se manter no caminho traçado sem que nada o faça desviar.
Força e não esmorecer diante as fraquezas, respirar fundo e continuar.
Fé é ter a certeza de estar no caminho do bem e poder contar com a conspiração do universo.
Há que se ter esperança,
há que se crer no amor,
há que se lançar a semente,
há que se plantar uma flor.
Há que se tecer o amanhã,
Há que se crer na utopia,
Há que se promover a paz,
Há que se abraçar o novo dia.
Não é uma grande fé que me faz crer muito, e sim Um grande Deus, que seria uma subestimação acreditar pouco!
Como você pode não crer em Deus? Você é uma criatura e tem um criador que está acima de você. Isto é fato.
Pode crer que o mundo vai ter menos dor, muito mais amor, esperança e segurança, quando todo povo aprender fazer a política da boa vizinhança.
O Vazio de Ivan em Mim
Não é que eu não queira crer.
Queria. Com a mesma força com que respiro, com a mesma urgência com que busco sentido quando o mundo me fere.
Mas há em mim — como havia em Ivan — um vazio que não se preenche com promessas, nem com orações que ignoram o grito dos que padecem.
Não nego Deus.
Mas me recuso a aceitar um paraíso onde o preço seja o choro inconsolável de uma criança torturada.
Se a matemática da salvação exige esse débito, então que me excluam da equação.
Devolvo o ingresso. Não me serve um céu comprado com sangue inocente.
Minha dor não é a do ateu. É a do exilado.
Não me falta fé — me falta reconciliação.
Entre o que vejo e o que dizem que há.
Entre a razão que me habita e o absurdo que me cerca.
Entre o amor que imagino ser divino e o horror que assola o mundo sem trégua.
Carrego a lucidez como lâmina.
Ela me corta todas as noites. Me acorda. Me sangra.
Mas prefiro essa dor do que o conforto mentiroso da inconsciência.
E, no entanto, por vezes, invejo os que crêem sem feridas.
Os que chamam de “mistério” o que eu ouso chamar de “injustiça”.
Os que abraçam um Deus com olhos fechados, enquanto eu — pobre de mim — insisto em fitá-lo de olhos abertos, sem saber se Ele me vê.
Talvez um dia eu compreenda.
Ou talvez minha travessia seja essa mesma: caminhar com o coração em ruínas e a mente em labaredas,
entre o silêncio de Deus e o clamor dos homens.
Mas sigo.
Não por esperança.
Nem por fé.
Sigo porque parar seria entregar-me à loucura.
E entre a insanidade e a ausência de sentido, escolho — por ora — a lucidez dolorosa de quem carrega o vazio como cruz e como bússola.
Entre crer, saber e sentir, o mais importante é sentir. O que é sentido tem mais valor, portanto é mais real.
