Contando os Dias

⁠Nutrir mágoas é alimentar o ódio, fomentar o ódio é desejar a vingança, vingar-se é tentar fazer justiça por meios não-éticos. A vingança é a última palavra daqueles que não puderam terminar o que tinham para dizer.

⁠Quanto mais conhecemos uma pessoa, mais chance temos de deixarmos de gostar dela.

⁠Nos desencontros da vida, muitas vezes os amigos não ficam conosco para celebrar nossa vitória, nem os inimigos para presenciá-la.

⁠Tenho sempre presente comigo a certeza do fim...O futuro que me espera não sei, o que será de mim?
Existir...ser...estar...Num dia sentir-se vivo, noutro, nos braços da morte despertar!

⁠Lembrar de algo ruim sem sentir raiva ou tristeza: eis a prova de que conseguimos superar o que passou.

⁠Os maus sempre se gabam das maldades que não fizeram mas que poderiam ter feito. É o jeito deles de se sentirem "bons".

⁠Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem tornou-se a imagem e semelhança do diabo.

⁠Só quem conhece o inferno pode contar o que viu lá.

⁠Que se manifeste o homem que nunca teve, por descuido, o infortúnio de mijar na própria perna, braço ou mão.

⁠Como é sombria a alma humana!
Enche-se de sonhos, treme de receios, frusta-se, se engana!

Às vezes me sinto vazia!

⁠Nossa mente é um cemitério de lembranças...e há nele mortos que não queremos visitar.

⁠Todo mundo é valente com uma arma na mão.
Todo mundo vira cristão na hora da morte.
Todo mundo finge de doido depois que vai preso.
Todo mundo é igual, por mais que se ache diferente.

⁠"Eu gosto de explorar os extremos porque realmente não tenho medo de mergulhar de cabeça no que quer que seja,fazer das cenas provocações artísticas, eu só quero ir o mais longe possível dentro das minhas produções e possibilidades"

Exilado, não exílio

⁠Minha terra não tem palmeiras
Muito menos sabiá,
Aves não cantam por aqui
E nem por lá.

Não céu não tem estrelas,
No quintal só tem queimadas,
Os bosques hoje são prédios,
E a vida um desastre.

Durante o dia,
Que se faz quarenta graus,
Não há prazer há desfrutar,
Já que sombra de palmeiras não há.

Minha terra não tem nem mato,
Foi tudo desmatado,
O ar não é fresco,
O local é árido.

Não me vou em terra bonita,
Pois na minha terra não tem palmeiras,
Muito menos sabiá.

Preferia conhecer o Brasil,
Com fauna e flora viva,
Que um dia foi colonial.

⁠Flores de papel

Enxergar através de alguém.
Por que nem todos gostam de ler?
Seria melhor arrancar suas folhas,
Construir folhas com seus rasgos?

Flores são mata, não se deve arrancá-las.
Nem todos entendem isso?
Mas arrancar folhas de livros para fazer flores,
Não seria desmatar conhecimento?

⁠Liberdade

Conseguiu sair
deixar para trás
esse lugar.

Contudo,
tende-se a esperar
algo que o fará.

É compreensível
querer voar e explorar
o mundo à fora.

É uma nova fase
que todo filho é ensinado,
hora de sair de casa.

⁠A vida é feita de sonhos e sonhos forma feitos para serem realizados

⁠Janelas

Sou feita de vidro
Vidro, composto de areia
Como verá o lado de fora,
Sem uma janela?

Abro-me, fecho-me
Todos passam por mim
Fecho e abro
Vêm a paisagem

Eu abro e fecho
O ar precisa circular
Sou necessária
Pra proteger da chuva

Existo em todo prédio
Alguns para decoração
Eu faço o ar circular
Transparente pra ver a paisagem.

⁠Câmera Fotográfica

Ela usa da luz para funcionar
um registro que será registrado para sempre.
Fui projetada para capturar imagens,
Sim, entre o que vêm e o que sou,
Visão é sua tradução.