Conforto da Morte de um Filho
Fatos se tornam sonhos
e sonhos se tornam fatos.
Qual deles é o real?
O fato que já passou?
O sonho que ainda é sonho?
É difícil aceitar
a face escura de Deus.
Raríssimos são aqueles
que o conseguem.
E os que se tornam
a face escura de Deus?
Como as pessoas comuns
poderão compreendê-los?
Deus não é para ser achado.
Porque achamos que Deus
é isso ou não é aquilo,
ficamos na ilusão
de O ter achado.
A quem devo invocar se já não creio
em tudo o que foi dito e revelado?
A dúvida é forte como a fé
e se sustenta no seu próprio vácuo.
E nem creio sequer em minha dúvida,
porque tudo o que é crido é construído
dos nossos medos e fragilidades.
Deus não é a dor justificada,
o prêmio e o castigo além do túmulo,
mas tudo o que não pode ser descrito
nem humanamente compreendido.
Ser humano que sou, não sei que humano
possa exceder à sua condição
e revelar mistérios que não passam
de criações da carne atormentada.
Máscaras de Deus, só existimos,
enquanto Deus em nós se representa.
O Bem e o Mal são condições do palco
e cessam ao término do espetáculo.
O pecado é pensar que existimos
nos papéis que nos foram destinados.
No pior vilão, no excelso herói,
o mesmo Deus se exalta como ator.
Os teólogos são os
ficcionistas de Deus.
São exímios contadores
de histórias,
que acreditam
serem verdadeiras.
Desconfiança!
Um despertar sob a observância.
Um calafrio numa manhã singela.
O agridoce sentimento entre os mundos.
Agonia!
Um olhar custoso junto à janela.
Um sentimento fúnebre lhe atormenta.
A consciência que algo próximo lhe espreita.
Desespero!
Um espectro das trevas à sua espera.
Será este o florescer de um olhar?
Surge a pergunta após gélido momento.
O estrondo!
Eis o soco na janela entreaberta.
Um tiro de canhão contorcendo o vento.
É o ceifador induzindo-o à morte.
Arrebatamento!
Um corpo incrédulo de movimentos.
Um socorro calado sob o frear do tempo.
O pesadelo vívido que transcende solidão.
Crepúsculo!
O romper das correntes e o cair no chão.
A esperança mística cria motivação.
Mas o amanhecer ainda gera inquietação.
Um dia o Baden Powell escreveu: "Quando eu morrer me enterre na Lapinha, Calça, culote, palitó almofadinha...".
Quando morrer, digo eu: Deixa correr sem nada de velar, nem com coroas de flores gastar. Se puder que não me deixe por aqui, me enterre por lá...
É na madrugada que a magia acontece, o céu me convida a viver mais um pouco, um pouco da vida que me resta nesse mundo, o tempo passa tão rápido e o meu medo de envelhecer predomina até na minha alma, na minha essência. Desculpas é o que mais peço não pela minha ausência em uma vida comum e sim pela minha ausência em suas vidas, em nossas vidas, amigos, primos, primas, família seja ela de sangue ou de laços traçados pelo cosmos. Hoje falo quem quiser me acompanhar em uma jornada de aventura, de historias, de fogueiras, e danças tribais, revelem-se pois a vida é curta e não sei até onde minha jornada vai chegar ao fim, até onde vou aguentar tanta culpa, tantos julgamentos pelo meu modo de pensar, pelo meu modo de agir, viver, sobreviver e tentar não ser esquecido dos ventos ao vácuo do cosmos. Só quero que minha alma não vague sem rumo pelo universo.
Vou lhe falar de um só Deus
Que mudará a sua vida
Numa cruz morreu
Doou o Seu sangue
Só pra curar as suas feridas
A Páscoa não é apenas sobre um túmulo vazio, mas sobre um coração cheio de esperança — é a lembrança viva de que o amor venceu a morte e vive para sempre.
"Uma pessoa que morre sem ter lido a Bíblia toda, deixou de conquistar um dos maiores troféus da vida".
Anderson Silva
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