Conflito Comigo Mesma
Meus medos não me paralisam mais, aprendi a carregá-los comigo, são sombras que me acompanham, mas não me definem, sou muito maior que eles.
A solidão que carrego às vezes veste meus melhores trajes. Sai comigo para jantar, sorri, cumprimenta desconhecidos. No trecho de volta, tira a máscara e chora soprando o travesseiro, como quem revela ao mundo a própria face cansada de fingir.
Hoje eu gritei
Hoje eu gritei comigo,
a raiva fervendo em cada palavra,
ódio espalhado como veneno,
amor não correspondido, uma ferida aberta.
Hoje eu gritei com ele,
em desespero e frustração,
implorando por um pouco de atenção,
mas só recebi silêncio, um eco vazio.
Hoje eu gritei com a gente,
lembranças rasgadas, promessas quebradas,
nossos sonhos desfeitos,
restos de um "nós" que nunca foi.
Hoje não encontrei os meus sapatos,
não consegui regar minhas flores,
não vejo meu reflexo no espelho,
porque a dor me cegou, me engoliu inteiro.
Porque me deixaram gritar?
Minhas vozes se perderam na tempestade,
cada grito uma lâmina cortando a alma,
até que deixei de existir, consumido pela dor.
Hoje eu gritei,
e no fim, o grito me silenciou,
morreu uma parte de mim,
que nunca mais vai entender,
a dor que ficou.
Não vou mais lutar comigo mesmo. Essa guerra íntima sempre foi injusta: eu de um lado, tentando caber; o mundo do outro, oferecendo moldes apertados demais. Passei tempo suficiente tentando negociar minha existência, arredondar arestas, suavizar excessos, traduzir quem sou para ver se assim eu era aceito. Não funcionou. Nunca funcionou.
Nunca coube nas expectativas porque elas nascem pequenas demais para o que pulsa em mim. Nunca me ajustei para pertencer porque pertença, quando exige mutilação, vira cárcere elegante. Aprendi isso do jeito mais cansativo: insistindo. E só agora entendo que insistir contra si é uma forma sofisticada de abandono.
Sou o que sou. Não por rebeldia, nem como defesa. Sou o que sou como quem finalmente pousa as armas no chão e senta. Há uma paz estranha nisso. Não a paz da acomodação, mas a paz de quem para de se ferir tentando ser outra coisa. Sustentar-se dá trabalho, mas lutar contra si cobra um preço alto demais.
Escolho, então, essa trégua radical comigo. Não para me tornar imutável, mas para mudar sem me violentar. Não para agradar, mas para existir com decência. Sou o que sou — e isso, hoje, não é sentença. É abrigo.
Fui buscar a resposta em mim
Mas quando falo comigo
Eu sou silêncio
Me calo ...
Não me acho e não me busco
Sou negação de mim mesmo
Buscando no fundo da taça
Alguma palavra
Talvez ...
Oração
Creio num Deus mas humano
Do que os humanos ...
Um Deus puro e vivo
Mas, também, mudo
Agindo como eu
em silêncio
Sem frases longas ou perguntas
Somente agindo
Muitas vezes meu Deus
Senta comigo na areia da praia
Ou vai do meu lado até o trabalho
Observa minha refeição
E bebe comigo
Sempre em silêncio
Ela não liga para nada
E me ensinou a ser assim
Amo muito meu Deus
Como ele me ama
E nele confio
Continuamos em silêncio
Mas vivendo juntos
Gosto de ouvir suas palavras
Você fala e fala
Com tanta sabedoria ...
Que, ainda assim, me mantém em silêncio
Eu te amo mais
Te observo ...
Em desejo sempre mas mudo
Troco todas as palavras
Para te ter na minha vida
"A maturidade substitui o 'por que isso aconteceu comigo?' pelo 'o que eu faço com o que restou disso?'."
Trago comigo uma certeza : nada e pra sempre. Já desisti de sonhos grande por me achar pequeno demais , já chorei por um amor que achava ser meu. Depois descobri que não tenho nada não sou dono de nada ,tudo nos e emprestado. Tenho muitos arrependimentos, e tenho muitos momentos que eu queria que tivessem sido diferentes. Queria ter escutado e seguido os conselhos que muitas vezes me foi oferecido . Conheci pessoas, que queria nunca ter visto na minha frente. Conheci outras que se foram mais ainda vive dentro de mim. Mas eu não posso voltar no tempo o que eu posso, é seguir em frente. Amanha talvez, quem sabe vou traçar um novo caminho. Na ausência da felicidade a tristeza chega e preenche totalmente o coração. Boa noite
Sem vê-lo pressinto
que se casou por dentro
comigo sem saber,
Dezembro é tempo
de Faveiro florescido
e de viver convicto
o seu amor junto comigo,
por tudo aquilo que
ainda não fomos, somos
e seremos até o infinito.
O código da vida é bem
Claro toda a vez que
Ele fala comigo:
"- Ao vencedor
se deve a glória,
e ao vencido a honra."
E por isso persisto,
Que não se deve
Chamar de justiça
Aquilo que mantém
Preso quem sempre
Trabalhou pela paz,
E nunca foi inimigo.
A fé indestrutível
De quem é de paz
Faz história,
E mesmo que neguem
O quê lhe é devido,
O destino não abandonará
Aquele que é amigo.
Não tive nada a ver com o 11 de setembro… apenas carrego comigo a doce certeza de que até em dias sombrios Deus acende luzes.
A psicóloga está acabando comigo:
mandou-me separar um caderno só para anotar as incidências de estresse…
Só estou fazendo para comprar caderno!
Parece brincadeira — e é também!
Mas, olhando mais de perto, percebe-se algo muito maior escondido nesse riso: quantas vezes tratamos o cuidado emocional como se fosse só mais um caderno novo na gaveta?
É a recusa disfarçada, o medo sutil de se conhecer,
de se colocar diante do espelho,
de admitir que dentro de nós também existem gavetas bagunçadas
que carecem de arrumação.
Escrever, no fundo, é isso:
um ato simples que revela abismos
e, ao mesmo tempo, constrói pontes sobre eles.
Pela palavra, evitamos novas feridas
e aliviamos as que insistem em se abrir.
Há textos que caminham sozinhos.
Nascem prontos, enxutos, inteiros.
Mas há outros que precisam calçar as sandálias da empatia
para não machucar ou confundir quem ainda anda descalço dentro da própria alma.
E, é nesse vai-e-vem entre provocar e acolher
que percebemos algo curioso:
quando aprendemos a brincar com as palavras e com as imagens,
elas se juntam para brincar conosco.
A escrita deixa de ser esforço
e passa a ser companhia.
A arte deixa de ser fuga
e vira travessia.
É aí que o caderno muda de função.
De simples objeto, ele se transforma em lugar:
um lugar onde a dor descansa,
onde a graça do cotidiano floresce,
onde a alma encontra espaço para respirar.
E se eu tenho um desejo para quem se senta para folhear conosco esse “nosso caderno”,
é que saia daqui um pouco melhor do que entrou.
Porque a palavra bem cuidada faz isso —
acolhe, reorganiza, ilumina.
E quando compartilhada com sinceridade,
cura quem escreve e quem lê.
No fim, terapia ou não,
a escrita é um jeito silencioso de cuidar do mundo.
E, quem sabe, de nós mesmos também.
Vem, deita-te comigo esta noite
Cobre o meu corpo nu
com a a luz do teu olhar
Acaricia-me com a suavidade das tuas mãos
Envolve-me no teu abraço profundo
Embala-me até o amanhecer
Não vás ainda, dá-me mais um beijo.
"Nasci de Parto e de Bicodela! A cegonha me pegou no bico e disse: ‘Parto!’ E partiu comigo, no Bicodela. Disseram-me que foi assim que nasci. Eu estava lá, mas não lembro!”
Frase Minha 0008, Criada no Ano 2006
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
"Perguntar é muitíssimo mais eficiente do que tentar adivinhar! Comigo funciona assim... Só assim!"
Frase Minha 0048, Criada no Ano 2006
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
