Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

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As palavras de alguns homens são doces como uma manga madura, mas por trás delas se esconde um plantio de urtigas.

A maneira como um casal se trata quando está sem dinheiro no bolso dirá ao mundo se eles vão ficar juntos até que a morte os separe ou não.

“O amor verdadeiro começa como um desejo sincero. Isaque Ramon deseja um dia casar com Miley Cyrus.”

Nossa alma pode ilum⁠imar a terra, assim como as estrelas brilham no céu!

Assim como a terra árida se estende em silêncio, implorando pelo alívio de algumas gotas de água, também eu me prostro diante da memória das antigas promessas que um dia me foram feitas. Elas ainda cintilam dentro de mim, frágeis e leves como plumas, como dentes de leão que o vento leva para sempre, belas como enganos. E, no entanto, é delas que me alimento, como quem bebe a própria sede, como quem encontra no vazio a única forma de sustento.

Lá fora está frio e chuvoso e as ruas se encharcam de silêncio. As gotas escorrem nas janelas como se fossem lágrimas antigas que o céu já não consegue conter.

Caminho por campos nebulosos, com a escuridão sendo a companhia silenciosa, que me acompanha e como eu, caminha sem destino certo, usando como guia, o fraco e longínquo brilho das estrelas, que em outrora, brilhavam sintilantes.

Às vezes me vejo como Daniel na cova dos leões, porém, em vez de temer, transformo cada fera em testemunha da minha fé.

Ultimamente, sinto-me no automático, como se minha existência estivesse programada para repetir incessantemente as mesmas tarefas diárias. Cumpro cada gesto sem reclamar, contendo pensamentos inquietantes que ousam emergir, pois sei que, aos olhos da sociedade, questionar ou sentir demais é rotulado como rebeldia. Ironia cruel: a conformidade, esse silêncio interno imposto, revelou-se a verdadeira prisão, mais implacável do que qualquer algema visível.

Diariamente me deparo com a intolerância ao desfavorecido, como se a responsabilidade por uma sociedade enferma não fosse também nossa. A desigualdade não nasce do acaso, ela persiste porque, em algum momento, alguém escolheu rejeitar, excluir, negar humanidade ao outro. E, assim, sustentamos um ciclo em que a indiferença se transforma em norma, esquecendo que toda injustiça social é também um reflexo de nossas próprias escolhas."

Assim como o homem não é o mesmo ao entrar no rio pela segunda vez, o escritor também muda junto de seus pensamentos. Ao reler opiniões de anos passados, percebo a transformação em minha visão, a evolução da minha percepção. Como as águas do rio, meu crescimento é contínuo, nunca se detém.

Quero ser como o menino Davi: cuidar das ovelhas com paciência, cantar louvores com sua pequena harpa, e sonhar com o dia em que serei digno da coroa dos céus, podendo enfim estar na presença do Rei dos Exércitos, em um louvor eterno que transcende todo sofrimento.

O paradoxo do vazio que me habita é como um quarto com janelas abertas para o nada, ali encontro solidão e liberdade, medo e um estranho alívio que me sussurra para ficar.

Elegantemente, vou ignorando tudo e todos, um gesto contido que guarda meu silêncio como quem preserva um relicário.

Cada lágrima cai como aço incandescente, não é fraqueza, é raiz, é a dor que germina força no deserto da alma.

Assim como as lindas sonatas de Beethoven, que ao serem dedilhadas no piano choroso derramam lamentos que se tornam luz, cada acorde abre uma fresta onde cabe a saudade e é por essas frestas que deixo entrar a verdade dos meus pensamentos.

O silêncio da alma grita como trovão, é o rugido calado de quem sobreviveu ao impossível.

Caminhamos entre doações de afeto, suor e esperança, como quem deposita moedas num cofre alheio sem chave. Não cabe esperar reciprocidade, pois o coração humano é falho em devolver o que recebe. E quase sempre, como um reflexo cruel, a decepção retorna com o mesmo peso daquilo que oferecemos.

O silêncio cresce em minha mente como uma floresta de ossos. Cada palavra que escrevo é uma ave de vidro, tentando voar sem quebrar.

Não sou triste; sou um deserto onde a felicidade se perdeu como miragem. Caminho por suas areias quentes, carregando sede de algo que jamais tocarei. Cada passo levanta nuvens de lembranças secas, e o vento que passa parece sussurrar risos que não me pertencem. Aqui não há flores, apenas o eco vazio de promessas que evaporaram antes de nascer.