Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.

A nossa imaginação gera fantasmas que nos espantam durante toda a nossa vida.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

A vida é demasiado curta para que desperdicemos uma parte preciosa a fingirmos.

A vida tem uma só entrada: a saída é por cem portas.

Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.

A pobreza não tem bagagem, por isso marcha livre e escuteira na viagem da vida humana.

A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.

Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?

O que se aprende na juventude dura a vida inteira.

A vida reluz nos olhos, a razão nas palavras e ações dos homens.

A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.

Os males da vida são os nossos melhores preceptores, os bens, os nossos maiores aduladores.

Quem não espera na vida futura, desespera na presente.

Há homens que parecem grandes no horizonte da vida privada e pequenos no meridiano da vida pública.

Já julgou muitas pessoas durante a vida. Julgou os atos e até mesmo as motivações dos outros, como se soubesse quais eram. Julgou a cor da pele ,a linguagem corporal e o odor pessoal.(...) Até julgou o valor da vida de uma pessoa segundo seu conceito de beleza.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.