Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

Ninguém se agasta tanto do desprezo como aqueles que mais o merecem.

Há opiniões que nascem e morrem como as folhas das árvores, outras, porém, que têm a duração dos mármores e do mundo.

O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.

O silêncio, ainda que mudo, é frequentes vezes tão venal como a palavra.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.

Deve-se usar da liberdade, como do vinho, com moderação e sobriedade.

A razão também tiraniza algumas vezes, como as paixões.

Preocupa-nos mais que falem de nós, do que a maneira como falam.

Como se há-de governar um país que tem 246 variedades de queijo?

Um marido, como um governo, nunca deve confessar os seus erros.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.