Com o Tema Filho de Peixe Peixinho e
"Não se vê, sente-se. Não se mede, não se pesa, não se toca, não se cheira. Sente-se! Aquilo que é realmente importante acontece num plano não palpável. Não visível. É de dentro. É o que transborda sem se ver. É o que nos move. Ou deveria mover."
Mas não é agindo apenas sobre o corpo dos indivíduos, degradando-lhes o tamanho, mirrando-lhes as carnes, roendo-lhes as vísceras e abrindo-lhes chagas e buracos na pele, que a fome aniquila o homem. É também atuando sobre seu espírito, sobre sua estrutura mental, sobre sua conduta social.
No estudo da influência da fome sobre o comportamento humano devemos considerar, em separado, a eventualidade da fome aguda das épocas de calamidades e a da fome crônica, latente ou específica.
Nenhuma calamidade é capaz de desagregar, tão profundamente e num sentido tão nocivo, a personalidade humana como a fome, quando atinge os limites da verdadeira inanição. Fustigado pela necessidade imperiosa de comer, o homem esfomeado pode exibir a mais desconcertante conduta mental. Seu comportamento transforma-se como o de qualquer outro animal submetido aos efeitos torturantes da fome(...).
Definição
O corpo é onde
é carne:
o corpo é onde
há carne
e o sangue
é alarme.
O corpo é onde
é chama:
o corpo é onde
há chama
e a brasa
inflama.
O corpo é onde
é luta:
o corpo é onde
há luta
e o sangue
exulta.
O corpo é onde
é cal:
o corpo é onde
há cal
e a dor
é sal.
O corpo
é onde
e a vida
é quando.
Publicado no livro Canto e palavra (1965).
Senhor Deus, mais um mês se inicia e em mim reacende a certeza de que o seu cuidado me alcança e a sua bondade continuará sobre mim... Que neste mês eu seja capaz de enxergar todas as bençãos que me concede; que eu tenha paciência e saiba esperar o seu tempo porque é o único perfeito; que eu saiba valorizar os que me dão a mão e perdoar os que me ofendem; que eu continue espalhando o que tenho de bom e descartando as cargas que me fazem retroceder; acima de tudo, que todos os dias eu me levante com a minha fé fortalecida, pois é ela que me faz acreditar que o Senhor preparou para mim neste mês é muito melhor do que eu consigo imaginar. Te peço saúde, força e sabedoria para que eu possa enfrentar cada dia, pois, com o Senhor ao meu lado, tenho a convicção de que tudo dará certo, como sempre deu.
Ricardo só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita "inveja", o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as
opiniões de pessoas estranhas e canalhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro, abraços meu irmão estamos aqui com você para o que der e vier.
Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só
diferença: a vítima.
Algum dia, em qualquer parte, indubitavelmente, terás que te encontrar contigo mesmo. E só depende de ti que seja a mais amarga de tuas horas, ou teu melhor momento
"A humildade é para as virtudes o que o fio é para os rosários; tire-se o fio e todas as contas se perdem; tire-se a humildade e todas as virtudes desaparecem."
Tento Esquecer-te; Faze-la Apenas Uma Imagem Amigável é Complexo. Acordo Pensando, Durmo Sonhando.
Talves Ilusão;
Talves Paixão.
É Preciso Um Lampião Para Clarear Essa Escuridão.
Os grandes pensadores sempre foram tratados como loucos, quando deveriam ser recebidos com gênios(...)
A Casa Branca Nau Preta
Estou reclinado na poltrona, é tarde, o Verão apagou-se...
Nem sonho, nem cismo, um torpor alastra em meu cérebro...
Não existe manhã para o meu torpor nesta hora...
Ontem foi um mau sonho que alguém teve por mim...
Há uma interrupção lateral na minha consciência...
Continuam encostadas as portas da janela desta tarde
Apesar de as janelas estarem abertas de par em par...
Sigo sem atenção as minhas sensações sem nexo,
E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma...
Quem dera que houvesse
Um terceiro estado pra alma, se ela tiver só dois...
Um quarto estado pra alma, se são três os que ela tem...
A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar
Dói-me por detrás das costas da minha consciência de sentir...
As naus seguiram,
Seguiram viagem não sei em que dia escondido,
E a rota que devem seguir estava escrita nos ritmos,
Os ritmos perdidos das canções mortas do marinheiro de sonho...
Árvores paradas da quinta, vistas através da janela,
Árvores estranhas a mim a um ponto inconcebível à consciência de as estar vendo,
Árvores iguais todas a não serem mais que eu vê-las,
Não poder eu fazer qualquer coisa gênero haver árvores que deixasse de doer,
Não poder eu coexistir para o lado de lá com estar-vos vendo do lado de cá.
E poder levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...
Que sonhos? ... Eu não sei se sonhei ... Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteira
Naus partem — naus não, barcos, mas as naus estão em mim,
E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta,
Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,
E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...
Quem pôs as formas das árvores dentro da existência das árvores?
Quem deu frondoso a arvoredos, e me deixou por verdecer?
Onde tenho o meu pensamento que me dói estar sem ele,
Sentir sem auxílio de poder para quando quiser, e o mar alto
E a última viagem, sempre para lá, das naus a subir...
Não há, substância de pensamento na matéria de alma com que penso ...
Há só janelas abertas de par em par encostadas por causa do calor que já não faz,
E o quintal cheio de luz sem luz agora ainda-agora, e eu.
Na vidraça aberta, fronteira ao ângulo com que o meu olhar a colhe
A casa branca distante onde mora... Fecho o olhar...
E os meus olhos fitos na casa branca sem a ver
São outros olhos vendo sem estar fitos nela a nau que se afasta.
E eu, parado, mole, adormecido,
Tenho o mar embalando-me e sofro...
Aos próprios palácios distantes a nau que penso não leva.
As escadas dando sobre o mar inatingível ela não alberga.
Aos jardins maravilhosos nas ilhas inexplícitas não deixa.
Tudo perde o sentido com que o abrigo em meu pórtico
E o mar entra por os meus olhos o pórtico cessando.
Caia a noite, não caia a noite, que importa a candeia
Por acender nas casas que não vejo na encosta e eu lá?
Úmida sombra nos sons do tanque noturna sem lua, as rãs rangem,
Coaxar tarde no vale, porque tudo é vale onde o som dói.
Milagre do aparecimento da Senhora das Angústias aos loucos,
Maravilha do enegrecimento do punhal tirado para os atos,
Os olhos fechados, a cabeça pendida contra a coluna certa,
E o mundo para além dos vitrais paisagem sem ruínas...
A casa branca nau preta...
Felicidade na Austrália...
Tem pessoas que, aos sábados, vão dançar. Eu não danço. Acho bobagem ficar rodando pra aqui, pra ali. Eu já rodo tanto para arranjar dinheiro para comer.
Ponto final só terá em uma frase, um texto, uma bela peça de teatro, mais teatro algum haverá fim como a peça que interpreta por algo chamado vida e uma historia chamada minha !
Ter liberdade de espírito, para ter a paz, leveza na alma, é o que eu e boa parte quer. E primeiramente cheguei a conclusão que a cada dia preciso compreender o mundo a minha volta, respeitar as diferenças e amar para isso permanecer na minha vida. Não é tão difícil ser feliz, isso pode acontecer em qualquer lugar e momento, basta eu permitir e ser otimista. Muitas vezes acontece, estou cansada, abatida, os pensamentos ruins recordando momentos ruins que vem na mente, nos levam muitas vezes a desacreditar e perguntar a nos mesmo se o Bem existe. Alimentar a si mesmo desses sentimentos é o mesmo que seguir por um caminho perdido que traz cada vez mais dúvidas e incredulidade e infelicidade ao coração. Mas assim como existe o mal que provoca toda essa dor, a tristeza, os problemas... Existe uma força maior e benevolente para acompanhar a nossa jornada.
Pense: Os momentos difíceis são necessário para eu ser fortes, saber lutar, orientar o que é bom e melhor para quem eu amo e a mim.
Só o amor pode mudar a si mesmo e o mundo.
A UM SUICIDA
À memória de Tomás Cabreira Júnior
Tu crias em ti mesmo e eras corajoso,
Tu tinhas ideais e tinhas confiança,
Oh! quantas vezes desesp'rançoso,
Não invejei a tua esp'rança!
Dizia para mim: — Aquele há-de vencer
Aquele há-de colar a boca sequiosa
Nuns lábios cor-de-rosa
Que eu nunca beijarei, que me farão morrer
A nossa amante era a Glória
Que para ti — era a vitória,
E para mim — asas partidas.
Tinhas esp'ranças, ambições...
As minhas pobres ilusões,
Essas estavam já perdidas...
Imersa no azul dos campos siderais
Sorria para ti a grande encantadora,
A grande caprichosa, a grande amante loura
Em que tínhamos posto os nossos ideais.
Robusto caminheiro e forte lutador
Havias de chegar ao fim da longa estrada
De corpo avigorado e de alma avigorada
Pelo triunfo e pelo amor
Amor! Quem tem vinte anos
Há-de por força amar.
Na idade dos enganos
Quem se não há-de enganar?
Enquanto tu vencerias
Na luta heroica da vida
E, sereno, esperarias
Aquela segunda vida
Dos bem-fadados da Glória
Dos eternos vencedores
Que revivem na memória —
Sem triunfos, sem amores,
Eu teria adormecido
Espojado no caminho,
Preguiçoso, entorpecido,
Cheio de raiva, daninho...
Recordo com saudade as horas que passava
Quando ia a tua casa e tu, muito animado,
Me lias um trabalho há pouco terminado,
Na salazinha verde em que tão bem se estava.
Dizíamos ali sinceramente
As nossas ambições, os nossos ideais:
Um livro impresso, um drama em cena, o nome nos jornais...
Dizíamos tudo isso, amigo, seriamente...
Ao pé de ti, voltava-me a coragem:
Queria a Glória... Ia partir!
Ia lançar-me na voragem!
Ia vencer ou sucumbir!...
Ai! mas um dia, tu, o grande corajoso,
Também desfaleceste.
Não te espojaste, não. Tu eras mais brioso:
Tu, morreste.
Foste vencido? Não sei.
Morrer não é ser vencido,
Nem é tão pouco vencer.
Eu por mim, continuei
Espojado, adormecido,
A existir sem viver
Foi triste, muito triste, amigo, a tua sorte —
Mais triste do que a minha e malaventurada.
... Mas tu inda alcançaste alguma coisa: a morte,
E há tantos como eu que não alcançam nada...
Lisboa, 1° de outubro de 1911
(aos 21 anos)
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