Colhendo os Frutos Poema

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⁠" ANDANTE "

Disse, o destino: Siga! É mais à frente…
Julguei ser insensato ouvir-lhe a voz
e me mantive em meu sofrer atroz
qual fosse, eu, só um mendigo, um indigente!

Prossiga! Ele insistiu. Fez-se feroz
e me agitou por dentro, ardentemente,
de forma que tocou-me o consciente
e andar me pus… Um passo, um outro após.

Tão logo, a estrada fez-se por bonita
e me chegou consolo à alma aflita
mostrando-me horizonte promissor…

É mais à frente! Disse-me o destino
e, assim, me fiz de andante, um peregrino
que irá, bem logo mais, achar o amor!

⁠" EMBIRROU "

Ela embirrou igual mula teimosa
e se fechou negando-me conversa
em meio à tempestade lhe adversa,
fazendo-se difícil, má, manhosa…

A sua mudez se fez razão reversa
e não lhe deixa mais doar-me prosa!
Nem mesmo na poesia ela se entrosa
ficando, para assuntos meus, dispersa.

Pra quê tal pessimismo e mau humor
pra com quem lhe estendeu a mão do amor
e lhe acolheu nas raias da paixão?!

Que desembirre logo, mula brava,
pois, birra, a vida encurta, cessa, trava
e só traz mais sofrer ao coração!

⁠⁠Você é
Meu jardim
Você é minha flor
Você é
Para mim
Minha rosa
Do Amor.

Inserida por gabrielcorrea

⁠" IMORAL "

Porquê mudastes tanto, ó Mocidade,
e deste um novo rumo ao teu destino
buscando o diferente, em desatino,
em louca busca pela novidade?!...

Não mais és inocente e o libertino
tomou lugar da tua castidade…
O belo deu acento à obesidade
do romantismo, o luxo, o caro, o fino…

Abristes mão de sonhos, da alegria,
pra aqui viver só da tecnologia
ao se isolar nas redes, no virtual…

Mudastes tanto, ó Mocidade! É pena
que a tua escolha agora te condena
por semear nos campos do imoral!

⁠" LUXO "

Ah! Quanto luxo numa curta vida…
Qual se jamais chegasse-lhe de lado
a causa de quem é o necessitado,
o pobre, a mão carente lhe estendida…

Um mundo à parte dá, por entronado,
esse egoísmo teu, alma perdida!
Não vês, em tua soberba, qual saída
daria-te o amor que tem faltado.

Te amoldas a essa insana e vil conduta
que só condenação, não mais, te imputa
e lança-te a cruel e triste inferno…

Efêmero esse luxo sem razão
que, tristemente enfim, teu coração
insiste por querer fazê-lo eterno!

⁠" OUTONO "

Outono… Céu azul, tardes amenas,
bucólicas saudades vindo ao peito
e o dia envelhecendo do seu jeito
querendo descansar ao sol, apenas!

Já deita-se, esse ciclo, no seu leito
cansado dos embates nas arenas,
das lutas, dos combates a centenas;
também, do que na história, se fez feito.

Os meses vão crepusculando o enredo
guardando, só pra si, como segredo,
quaisquer paixão, por eles, concedida…

Bem-vindo, Outono, aos braços desta terra,
ao tempo de labuta que se encerra,
tal qual o outono desta minha vida!

⁠" EXPUNHA "

Não sei se falo ou calo, mas tô rindo
e o fato é que mais cedo saberão
o pensamento aqui, de prontidão,
que me passou na mente, me traindo!...

Se fez por clara a minha reação
que, assim, foi plenamente me despindo
perante o fato, a pouco tempo, findo
e gerador do riso sem noção.

Que me perdoem, mas pensei apenas
e quis guardar, pra mim somente, as cenas
dos fatos que me fiz por testemunha…

Se calo ou falo, não sei bem ao certo…
Quem dera não houvesse alguém por perto
enquanto, o riso meu, sem dó, me expunha!

⁠" DELÍRIO "

Tomei a flor do amor entre meus dedos
e lhe senti o perfume me doado!
Rendido, o coração me foi tomado
seguindo, da paixão, vozes e enredos!...

Que faz, um pobre ser, se apaixonado?
Se perde pela noite em seus segredos
e assim fui eu, por entre o val dos medos,
depois do amor, enfim, me ter tocado.

Bailei com as estrelas e o luar
sentindo todo o corpo flutuar
qual se não mais houvesse a gravidade…

Cheirei a flor do amor, pra meu delírio,
e a cruz tomei por sina e por martírio
sem mais pureza casta e ingenuidade!

⁠" NÃO "

Me chama, o teu olhar, teu pensamento,
até teus lábios querem, com vontade,
sem medo, sem pudor, sem castidade,
que eu te possua o corpo e o sentimento!

Pra mim não é segredo ou novidade!
Já não me ocultas que te sou tormento,
paixão inconsequente, teu lamento
por tal desejo, dada a intensidade.

Mas esse teu querer é passageiro
após me consumires, por inteiro…
Eu já vivi tal drama noutra história…

Perdoa-me, mas não! Sofri demais
e não me entrego agora a novos ais
pois trago, ainda, as dores na memória!

⁠A vida é um hospital
Onde quase tudo falta.
Por isso ninguém se cura
E morrer é que é ter alta.

Fernando Pessoa
Quadras ao gosto popular. Lisboa: Ática, 1965.
Inserida por viviane_1

⁠Ela parece triste.
Os olhos fundos,
Os ombros caídos,
não parece ter muita vida ali dentro,
parece desanimada,
parece comigo .

Inserida por viviane_1

⁠" NOVA "

Que quer, enfim, a nova mocidade
perdida como está nessa jornada?
Por vezes me parece querer nada
pra só viver, aqui, sua liberdade!

Talvez só busque e quer estar focada
em se fazer presente de verdade
pra ter aceitação dos de sua idade
que têm o pé na mesma caminhada.

Quiçá seu sonho? Amor vindo em paixão?
Deixar que o tempo corra em direção
de um amanhã que seja mais feliz…

A nova mocidade busca agora
o que talvez jamais partiu embora:
o mesmo que, a de outrora, sempre quis!

⁠" ATRAÇÃO "

Em tudo o que tu pões teu coração,
ali, o tesouro teu, terás guardado!
Escolhas, pois, aonde, com cuidado,
pra que não te destrua uma ilusão!

Nem tudo o que te for apresentado
por mais que com ternura, com paixão,
irá te conduzir para a ascenção,
de tu’alma, ao que for justo e equilibrado.

Há tentações, há covas e armadilhas
das quais, certas paixões cruéis, são filhas…
Atente onde colocas teu amor!...

Ali terás guardado o teu tesouro
bem mais valioso do que prata ou ouro…
Não prove, da atração, qualquer licor!

⁠Em algum lugar, há alguém...
Estár só. É uma questão de momento.
Existem muitas pessoas neste imenso universo,
e, em algum lugar, há alguém.
Este alguém pode estar se sentindo só
, e ele também sabe que, em algum lugar, há alguém
à sua espera ou procura.
Saudoso, porém alegre, cheio de esperança
de um dia poder ser totalmente feliz com alguém.
Talvez passe uma vida inteira à procura deste alguém,
que pode ser real ou simplesmente fantasia,
que pode te encher de amor ou te deixar vazia.
Que hoje ainda te faz sofrer por te fazer pensar
que procuras em vão, e que, possivelmente, amanhã,
numa aurora não distante, te faça chorar de prazer e alegria
por ter chegado o dia tão esperado,
por encontrar alguém que só procura o que sempre procuraria: amor.

Inserida por luna_angelita

⁠" DO NADA "

Eu deixo o olhar vagar, ali, no nada
perdido que se encontra o pensamento
e faço que, a alma, vá conforme o vento
bailar as rotas todas desta estrada!

Sou todo esse vazio do momento!
Um corpo na poltrona almofadada
inerte como noite enluarada
por onde vaga a lua em sentimento.

Nem mesmo o olhar caminha o rumo dado!
Se põe ali, no nada, estacionado
sem combustível mais pra ir adiante…

Perdido, o pensamento! Morta, a alma!
Transpiro sob essa aparência calma
por quanto mais, de mim, fico distante!

O FUTURISMO

Futurismo é o que vem, o que há de novo,
Mentes brilhando, pensamento fogo.
Cidades que surgem, são puro encanto,
Tecnologia e arte, tudo em um canto.

Máquinas que falam, em ritmo e som,
O futuro é agora, vem de onde é bom.
Do ontem ao amanhã, uma ponte se faz,
Transformando o mundo, em passos voraz.

Inovações voam, o tempo não espera,
No futuro, o impossível não há barreira.
E assim seguimos, com olhos a brilhar,
Futurismo, no ar, sempre a nos guiar!



Inserida por guilherme_rocha_5


Versos vazios, palavras soltas,
Sem alma, sem coração, sem causas.
Escritos por hábito, pela costume,
Sem paixão, sem fogo, sem destinatário.

Nenhuma gota de amor, nenhuma lágrima,
Apenas letras, apenas rimas.
Sem significado, sem propósito,
Apenas palavras, apenas verso.

Eles não tocam o coração,
Não acordam sentimentos, não despertam.
São apenas sons, apenas ruídos,
Sem vida, sem amor, sem sentido.

Mas ainda assim, são escritos,
Porque é um hábito, porque é um vício.
Sem amor, sem paixão, sem alma,
Apenas palavras, apenas poemas.

Inserida por Alexandro_O_Sousa

⁠Amargo é o gosto que se sente
Quando quando a gente
Não sabe amar.

Amarga é a pessoa
Que um dia veio a me amargurar.

Inserida por Alexandro_O_Sousa

⁠Garota dos Cabelos de Avelã

Gosto de te admirar. Passaria horas a fio contemplando cada detalhe do teu corpo, mesmo que estejas de costas para mim. Cada fio do teu cabelo longo e ondulado prende meu olhar, hipnotizando-me com sua dança silenciosa ao menor sopro de vento. Os tons se misturam em uma harmonia fascinante: do castanho claro reluzente ao castanho escuro profundo, cor de café, até alcançar as pontas, onde se transmutam em um dourado brilhante, como raios de sol ao entardecer.

Gosto de te ver sorrir—teu sorriso tem o poder de apaziguar até a mais feroz batalha. E teus olhos… ah, teus olhos castanhos! São doces como chocolate e intensos como o sol abrasador do verão. Há algo neles que me prende, que me envolve, que me faz perder a noção do tempo.

Gosto de te olhar assim, sem pressa, sem justificativas. Apenas porque é impossível desviar os olhos de ti.

Inserida por marcoantonio04

⁠" FICAR "

Será que estamos, nós, na estrada certa
dispostos a seguir a caminhada
que deu-nos, o destino, por jornada
ao nos deixar, do amor, a porta aberta?

Às vezes vejo que ela está tomada
por uma sina sem destino, incerta,
por outras, que ela fez-se por deserta
sem ter uma, sequer, alma penada.

Erramos nós alguma das saídas
pra termos, hoje, chagas e feridas
no que devia ser felicidade?

Será que a estrada é essa, de verdade?
Me diga, por favor… Por caridade…
Não tenho, em cá ficar, sequer vontade!

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