Colhendo os Frutos Poema
Sinto falta das conexões que tínhamos
Mas não é sobre você
Até por nem mais existimos
Sinto falta de te ter.
O carinho que me aquece
A chama que me acende...
Agora me esquece...
Não estou mais tão carente.
Só sinto falta de ter
Mas não de ter a ti
Sinto falta de você
Mas nunca vou admitir.
Sinto você perto
Mesmo estando longe
Mas meu coração tá esperto
Não quero que seja como antes.
Este é o meu mundo
Este é o meu pouco
O que tenho, sou
O que sou, não temo dar
Mesmo que pouco
Mesmo que inteiro
Este é o meu eu
Este é quem sou
O que deveria ser, é
O que é, muito
Mesmo que tudo
Totalmente… eu
Este meu tudo é teu
Este que tão pouco é
O que é meu eu te dou
O meu tudo, o meu mundo
Mesmo que leve a nada
Mesmo que seja a muito custo
Que meu tudo não seja, pra ti, nada
Se lembrequecustoutudo
É, outrossim da solidão
A solitude companheira
Sempre cheia de reflexão
E distante da barulheira
Solitude se torna solidão
quando não tem conclusão
Reflexões transvertem em ociosidade
Perdura-se o eco sem reversibilidade.
POESIA CODA
Sou muitas mãos
E muitas vozes
Também sou muitos ouvidos
E tantas outras expressões
Sou telejornal e novela das 8
Encarte de mercado
Promoção de biscoito
Sou a pausa – do sinal afoito
Astronauta em dois mundos
Indo e vindo neles... amiúde
Alguém que se reinventa
Sou um poema (nas mãos) de Nelson Pimenta
Sendo assim, deixa-me suspenso
Entre configurações de mãos
e grunhidos de meus pais
Sinto deles o cheiro
(até hoje)
Quando falo em sinais
(Para Bruno Alves, falecido de forma trágica em 2017)
“Bruno!” – Espero que ainda dê tempo de minhas palavras lhe alcançarem nesse grande mar.
Nessa turba de ondas de além, deixo-as ir em paz contigo, não há distâncias no Infinito; toda palavra é infinita e tu olhas assustado o grande mar revolto enquanto atravessa-o forçosamente. Uma pequena cabeça que insiste em não submergir, um grande coração na imensidão escura – a noite é só um pano de fundo; melancólico.
Atentos estão os seus conservos – no grande mar; nos fortes ventos
No horizonte que se aproxima enfim de ti.
No pequeno barco de papel, vem te receber o profeta – E de Gentileza te acolhe – o nosso barqueiro é mais gentil; sem moedas, sem espólio, sem alforge.
Até que tu te avistas – com a grande mãe dalém do grande mar; – “Salve Anastácia, rainha” – a mãe eterna dos pretos e pobres livres. Acolha este guerreiro forro em Aruanda; e me acolha junto – parte de mim ficou também no mar.
Felicidade, profeta!
Sempre esteve em mim
Mas sempre fui poeta
Atrás d’outro Enfim!
Que coisa mais tardia
Chegar querendo cálculo
Da minha alegria
Se vivo ali no palco.
Choro, rio, jogo-me e sou
Nem plena e nem desatenta
Nem mesmo o que restou
Nem oito ou oitenta.
Entre as análises das dores
E das lições também dos risos…
Nunca deserto, nem flores.
Entre batimentos e juízos.
Nem tristeza e nem euforia,
Ainda que muito as seja,
Sou mesmo é a carniçaria
Aberta na bandeja.
E quando eu alcançar tudo
O que me dói nos rins,
Diga a eles que inda acudo
Meus saberes, nãos e sins.
Quando tudo fizer sentido,
Quando toda resposta houver,
Diga a eles que meu eu perdido
Inda lerá o que nem se é.
Fico mesmo é nesse papel
Branco, decalcado,
Nessa arte tão cruel
De tentar
Significado.
Fico mesmo é na importância
De fugir da infelicidade
Porque mais do que ser feliz
Ser poeta
É ser verdade.
ESCOBAR: E SUAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS
O mar do Flamengo me afogou.
Capitu desaguou em lágrimas.
Betinho que nunca soube o peso de uma, pensou que havia alí algo mais.
E eu, oceano...
Só queria ser uma gota d'água nos olhos de Betinho, também.
Amei tanto a Bentinho,
Que nunca despertou ciúmes em Capitu.
(Só fui seu grande amigo)
Bentinho me amou como se fosse o último.
É tanto que via no rosto do seu filho, minha face.
Capitu com àqueles olhos de ressaca,
viu tudo, e fingia não enxergar nada.
No mais, caro leitor, Escobar afogou-se no próprio mar de desilusões.
Se meu sorriso aparece
quando a flor é posta
inda assim padece
pelos sem resposta.
Se vibro intensa pela
pequena possibilidade
inda assim, internamente,
me dói a
incapacidade.
Se vivo em confetes
pelo triz atingido
inda assim, me acomete
todo vivo matado
e morrido.
Se meu sangue chora
e, por vezes, sara
inda é cor de guerra,
inda me pinta a cara.
Se minha manga
fica presa na maçaneta
inda tenho pitangas
para os sem camiseta.
Se não encerro a festa,
se não paro a dança,
inda leio
floresta,
inda me mata o que lhes cansa.
Se a cor é bela
e a vida é forte,
inda vejo nela
a falta de suporte.
Se acordo querendo
dar tudo de mim pelo pingo
inda entendo a giganteza
de quem trabalha outro domingo.
Se agora preciso de um colo
ou outro sim,
não desconheço o subsolo
de quem nem sabe de onde eu vim.
Se preciso de uma pincelada
da sua empatia
nada me impede, ralada,
de ser também sua pia.
Se tudo o que peço
é um quase de paz
em meio ao meu mínimo turbilhão,
inda entendo cada jaz
e não comparo seu sermão.
Se deito com rosto molhado
e abro o sol com dente aberto,
ó, eu lembro do seu lado,
e meu sonhar segue desperto.
Se comemoro o vento da greta,
a montanha suada
e a facilidade;
inda lembro da sua marreta.
Sua alegria é lembrada
da minha dignidade?
Porque, ah, se tiro a meia
e sinto o mesmo alívio que seus pés
após tanta maratona…
não diminuo sua areia,
mas esquece, atés,
que chegaríamos mais rápido
seguindo a mesma fé cafona.
@vanessabrunt
Esse é o lema que vai ser guia. O principal oposto de felicidade não é tristeza, é agonia.
O caminho é a alforria. Melhor rosto molhado do que carne que ardia. E no alto da sua libertação, vão apontar em suas costas e urrar: pega-ladrão! Mas aprenda a ficção, porque o conto real é ser vilã para quem é vilão. Pele aberta roçando em fantasia. Melhor a busca do ponto do que a busca da cura. Veja a rua cheia que é vazia. O principal oposto da verdade é falta de postura.
(Vanessa Brunt)
"Dor"
A dor de amar aquilo que você não pode ter
E como tentar vencer algo que você não pode ver
Mas para tudo tem um porque, talvez nao não seja a hora.
Porém do que adianta viver se eu não posso ter você
Do que adianta andar sem ter você para caminhar
De nada adianta eu tocar e não senti-la.
Mas eu sou jovem tenho muito a viver, porém eu não quero viver sem antes ter você.
De linhas em linhas meu coração disparou, e essa e a unica certeza que eu tenho de que isso que eu sinto e amor.
Pois com você eu me sinto como uma criança
Perto da imensidão que habita dentro de você, e eu deixaria de tudo apenas para te ter.
Um Milésimo
"Eu sou. Eu tenho.
De onde eu venho?
Eu, eu, eu... Com a perspectiva
de uma câmera focada no umbigo."
HONRA
Nesses versos eu vou falar
De honra, honor, honradez
Um principio de valor
Cuja conduta é proba
Para gente corajosa
E bastante virtuosa.
A honra é um sentimento
Que trás a dignidade
Para quem de verdade
Tem boa reputação
Integridade, honestidade
E uma vida de retidão.
Esse tema secular
A bíblia não deixou de tratar
Em carta aos Romanos
Paulo ensinou a importância
Do que é devido pagar.
Não misture as ideias
E nem se deixe enganar
“Pagai a todos o que lhe é devido:
A quem tributo, tributo;
A quem imposto, imposto;
A quem respeito, respeito;
A quem honra, com honra”.
Para finalizar essa rima
Com bastante honradez
Vou pedir de uma vez
Nunca deixe de fazer
Aquilo que Jesus Fez.
Chuva e Saudade
A chuva cai como versos perdidos,
escorrendo memórias pelo chão.
Cada gota sussurra teu nome,
ecoando o desejo em meu coração.
Teu perfume dança no vento,
mistura de passado e ilusão,
um toque ausente, um fogo aceso,
queima em mim como um furacão.
Os trovões gritam tua falta,
enquanto a tempestade me abraça.
Sinto teu beijo na água fria,
mas é só saudade que me enlaça.
Se a chuva soubesse o que sinto,
talvez parasse pra me escutar,
mas ela insiste em cair sem piedade,
como o amor que não quis me deixar.
E assim, molhado de lembranças,
me perco na noite sem fim,
pois cada gota que toca a terra
é um pedaço de ti dentro de mim.
Labirinto de Nós
Teu cheiro ainda dança na minha pele,
feito brisa que me embriaga a alma,
me perco em lembranças, febris e eternas,
onde tua boca roubava minha calma.
Tua ausência queima em meu peito,
um desejo que grita e enlouquece,
é saudade que arde em segredo,
é vontade que nunca adormece.
Teu beijo... incêndio sem medo,
mãos que me tomam sem hesitar,
pés entrelaçados no leito,
corpos que o tempo não sabe apagar.
E entre risos e sussurros quentes,
nosso enredo se faz sem pudor,
somos labirinto de nós,
perdidos no vício do amor.
Epitalâmio do Nosso Namoro
Nos silêncios que partilhamos, onde o tempo se desfaz,
E nas palavras não pronunciadas, onde o amor se desvela,
Em teu olhar, encontro a serenidade que tanto busquei,
E em teus braços, a fortaleza que jamais me abandona.
Somos, na essência, o destino materializado,
Onde cada gesto, cada toque, desvela a profundidade do ser,
Entrelaçados na simplicidade de nossos dias,
Descobrimos que o amor se tece não apenas nos grandes gestos,
Mas nas minúcias que habitam o silêncio de nossos corações.
Amo-te nas sombras que se transmutam em luz,
Nos erros que se fazem lições e sabedoria,
E na vulnerabilidade que me ensina a ser mais,
A ser mais do que eu imaginava ser,
Por ti, e contigo, sou completo.
Este amor não é mera promessa, é a coragem da honestidade,
De abandonarmos as máscaras para nos tornarmos o que somos em essência,
E no mistério que cada dia nos revela,
Encontro em ti um novo universo,
E simultaneamente, a paz de estar em casa.
Cada segundo contigo é a revelação de um recomeço incessante,
De um caminho que não se mede em distâncias temporais,
Mas nos corações que se encontram, se reconhecem,
E, ao se unirem, criam um tempo imune ao fim.
Este amor é profundo, pois não busca compreensão,
Mas se sente, se vive, se metamorfoseia a cada pulsar do coração.
Em ti, encontrei mais do que um companheiro:
Encontrei a razão de minha existência,
E, juntos, edificado está um amor que transcende.
Poesia Sobre os Paradoxos do Amor
O amor, clamor sutil que ressoa no âmago,
Essência amarga que embriaga os sentidos no abismo.
Luz etérea que se incendeia na penumbra da existência,
Sombra luminosa que persiste onde o visível se dissolve.
Frio abrasador que destila na carne o véu da transcendência,
Calma turbulenta que agita os recessos da psique.
Silêncio retumbante que abala as fundações do ser,
Vazio pleno de infinitudes, onde o finito se perde e se refaz.
O Amor como Essência e Questionamento da Existência
O amor é o eco da alma no abismo,
A busca incessante pelo que não se vê,
É a verdade oculta, o eterno paradoxo,
Onde ser e não ser se entrelaçam ao viver.
É a essência que transcende o corpo,
Mas que ainda assim, o abraça em fogo,
É o abismo e o céu, a queda e o voo,
O desejo de ser e de se perder no outro.
Não é a posse que o define, mas o vazio,
O espaço que se preenche de presença e falta,
É o questionamento do ser e do não-ser,
A dúvida que nos molda e nos exalta.
Amar é entender que nada se sabe,
E, ainda assim, buscar, persistir e crer,
É a eternidade fugindo do tempo,
E o momento, carregado de infinito, a se fazer.
O amor é a pergunta que se torna resposta,
É o mistério que nos habita e nos chama,
O que existe e não existe, o que é e não é,
A filosofia do ser que se desvela na trama.
O Paradoxo do Amor
O amor é um labirinto sem fim,
Onde buscamos o sentido do ser,
Em cada olhar, uma pergunta sem resposta,
Em cada toque, o mistério de viver.
É como o vento que não se vê,
Mas que toca e molda a nossa alma,
Não se define, mas se sente,
Em silêncio, sua essência nos acalma.
Ele é o fogo que arde sem queimar,
A luz que nos guia no escuro,
É o eterno paradoxo, a verdade velada,
Que encontra no efêmero seu mais puro.
O amor não é posse, mas entrega,
Não é finito, mas infinito,
É a consciência do outro dentro de nós,
É o encontro do finito com o infinito.
Talvez seja a pergunta sem resposta,
O eterno questionamento da existência,
Mas quem sabe, seja a própria resposta,
A chave para a nossa transcendência.
Toque e Fogo
Em meio ao riso, ao nosso enredo,
minha mão desliza, sem medo.
Na curva macia, morena e quente,
um aperto leve, um toque ardente.
Teu olhar responde, faísca e chama,
brilho escondido, desejo que inflama.
Na dança sutil de pele e arrepio,
teu corpo se curva, entrega ao frio.
Não é só toque, é jura, é laço,
é ter-te perto num breve espaço.
Entre risos, entre segredos,
aperto tua coxa e perco os medos.
Teus músculos tensos, um leve tremor,
denunciam o fogo do nosso calor.
É um gesto simples, mas tão profundo,
como se eu segurasse em minhas mãos teu mundo.
E quando afrouxo, num jogo envolvente,
tua pele implora, pede mais quente.
Entre apertos, suspiros, ora pois,
somos apenas nós… só nós dois.
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