Coleção pessoal de YagoConforte

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Quando não se tem nada, não há nada a perder.

Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira,mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.

coma seus ovos
e
cale a boca

inútil, inútil
a forte chuva
mergulha no mar

pássaros cantando
no escuro
chuvoso amanhecer

A recordação da felicidade já não é felicidade;
A recordação da dor ainda é dor.

O ódio é o prazer mais duradouro.
Os homens amam com pressa, mas odeiam com calma.

Na vida do homem, o amor é uma parte, na da mulher, é toda a vida.

O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre.

Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei

Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”

Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.

Yago Conforte nasceu no Triângulo Mineiro e escreve desde à adolescência, com muitas referências da literatura inglesa, rock progressivo dos anos 70, tem como base fundamental para sua escrita, a Inglaterra. ⁠

Talvez seja você
Talvez você venha aqui...
Para escapar desta chama, é preciso sobrevoar, é preciso encontrar nosso caminho...

⁠solidão, vasta e grande solidão
tu és enfim o meu ar, dentro do porão
ambientas tudo que há em mim
mesmo se dentro houver um muro de Berlim.

⁠Canções que dizem porque...
Canções, cifrões, por quê?
A vida é nossa janela, pintando, descobrindo a aquarela.

⁠Não desperdice o seu tempo com o ópio da mídia
Só se pensa direito sem medo da vida
Pra ficar a poeira no canto da sala
É melhor se calar do medo não sai nada.

⁠Eu sou um grão de poeira na areia da vida
Enquanto eu não me encontrar eu serei a ferida
E o grito me salta o ar nas pontes caídas
Não me obrigue a saltar pra vencer essa ilha
De riscos, enganos e danos da juventude
Os planos agora são outros; de atitude
O passado já era passado há muito tempo
Num blue jeans recortado/rasgado ao meio.

⁠o ato reflexo é só um agente
um símbolo possesso manipula a mente
o apartheid sem um fim a todo dia, uma mentira na verdade repetida.

⁠Mais melancólico que seu olhar, só a chuva que cai ao som de What a Wonderful World.

As lembranças de um Agosto em Paris, teu rosto me diz que não vai mais voltar.
A saudade de um eterno aprendiz, pelos muros do país; visão do teu luar.⁠

⁠Eu vivo então dentro de uma janela
Nas portas da aquarela
Brasão, bandeira, o povo aqui.