Coleção pessoal de alephkwagner

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O homem não resiste a mais formosa, e a mulher não resiste ao mais rico.

Se deprimir é cansar da máscara. É destruir o falso ser que se apossa do verdadeiro ser que é o corpo. Deprimir-se é atacar instintivamente as personas criadas no corpo através das repressões e opressões. A depressão é o contra ataque final. Se as personas vencerem o indivíduo morre. Quando ele se mata são as personas que o mataram. Quando ele resiste então sua depressão se torna o si mesmo, anárquico, rebelde e hostil a tudo que se mova contra seu corpo e tudo que há nele.

O que a natureza me mostra? Ao invés daquilo que eu imagino sobre ela? A ciência estuda a primeira pergunta, a religião se baseia na segunda. Assim, é da ciência que tiramos nossa religião. Criamos contos, símbolos e ilustrações com base em uma ciência naturalista e não em histórias e mitos que apenas expressam idéias.

Citar a mim mesmo me faz autor da arte de reunir as partes soltas da realidade.
Não fui ter com a autoridade de outros para desenvolver minha própria autoridade.

Se fugimos do que mais tememos, escondemos isso dentro de nós mesmos.Por segurança, alguns discursam contra o que temem,outros ficam em silêncio, e outros escolhem o oposto do seu temor, para que se sintam protegidos de si.

Os antagonismos políticos são fragmentações da percepção de mundo. Faz-se de tudo para não permitir a unidade. A natureza nos obriga a isso e o resultado de tanta resistência se faz notar por disputas entre opostos que possuem partes da mesma coisa. Essa é a realidade histórica e antropológica sobre isso. Eles dão nomes diferentes para as mesmas coisas, provocando uma mera luta linguística. Uma confusão de línguas, pois são projeções da mente, do mundo imaginário utópico. É a luta de tudo quanto é modo de governo, com suas imposições, mitos, hierarquias, moralismos, coletivismos, coreografias de servidão e vício de poder. O natural não precisa ser imaginado e decretado.

Os mentirosos fazem terrorismo com a bandeira do oponente, que ameaça seus planos de poder. A falsa identidade em nome da destruição da identidade do outro.

Tem o que adula o governo pra ficar mais pobre porque é mártir do bolso alheio e tem o que não se importa com o que o governo faz porque quer fazer o mesmo.

É incompreensível que a direita neoliberal reprove incondicionalmente o liberalismo cultural da esquerda. É apenas o tal livre mercado que é direcionado a outros públicos e que beneficiam justamente o mesmo mercado que anarco capitalistas e liberal-conservadores apreciam! Não há dois mercados. No fim todo mundo lucra, mesmo que a militância constituída de conservadores e progressistas fiquem discutindo acaloradamente sobre questões que não interessam em nada aos financistas destas ideias a não ser que sejam lucrativas. Moral para o povo, imoralidade para o anti-povo e amoralidade para os senhores do capital.

O frenesi em torno da expropriação do homem em divórcios tem uma explicação. Não é preocupação com a mulher, é que o dinheiro na mão dela gera mais consumo. Homem bruto não gasta em shopping, não compra produtos de beleza, não gasta em salões, não vive em shopping comendo, comprando roupa e viajando. O mesmo está para o público gay, cliente certo. Não precisa dar licença maternidade para ele, que tem tempo de sobra para o trabalho. O humanismo pobre e desigual do status quo do capital não se trata de comoção com causas, mas com compulsividade em lucro. Burguês não está nem aí para os embates de moral, isso ele deixa para os que estão na fila de compra. Há os que gastam com orgia e os que ostentam bençãos materiais de Deus.

Se a mulher não se escraviza pelo homem para ele ela não presta e se ele não atende aos seus caprichos então ele é opressor.
Estas bandeiras sintetizam apenas o sentimento de vazio que ambos sentem em não subjugar o outro.

Banqueiros são os pastores do governo. Sempre com a promessa de que se os fiéis cidadãos pagarem as dívidas e os juros (semelhante aos pecados e dízimos) tudo irá melhorar.

A defesa do pobre por parte do establishment midiático é a defesa do novo consumidor. O cliente sempre tem razão. A essa bajulação chamam de igualdade e respeito. Uma bandeira suspeita da parte de quem recebe audiência e dinheiro da parte de quem não vive sem a ilusória fama e valor que lhe são dados.

Coloque um liberal ou um anarcocapitalista em uma ilha deserta e ele morre de depressão por não ter a quem vender a ilha. É a vida resumida a compra e venda, nada de natureza, nada de humanidade e nada de ser o que se é.

É o medo e a dor que nomeiam o mal.

O único sentido da vida é para ela mesma. Nós não temos querer, somos produtos e não razão da existência.

Conservadores começaram negando a natureza pela culpa, gnósticos pela odio de ser natural, e progressistas pela negação da realidade.
A Sophia Natureza pela qual aprendemos a verdadeira "gnose" ou ciência, que nos livra da ilusão da ignorância é a única substância negada, combatida e plagiada. Os homens inventaram os mitos para ensinar a Natureza e agora eles mesmos se tornam mitos de si mesmos.

O gnóstico confunde linguagem e percepção com "materialismo". Conferem a elas figuras e passam a considerar a figura acima daquilo da qual elas vieram. Ou seja. Você usa sua percepção e depois a nega. Gnose é ciência. Nada além disso. Os antigos deram personificações aos elementos da natureza e criaram dela mitos para ensinar os novos alunos das academias iniciáticas.

Exercitamos o poder com nossos filhos, eles só servem como espantalhos nossos.

Quem dita a moral controla. Quem comove os que acreditam nela reina.