Coleção pessoal de vanessaeduarda

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(...) Será que eu era a única pessoa que perdia tempo pensando nesse futuro sem perspectivas?

Éramos covardes, porque queríamos viver.

Às vezes a gente pensa que está num asilo de loucos. E de certa forma está.

Estou sozinho afinal sem estar sozinho.

Sentamos e esperamos pelo sol e tudo o que viria pela frente. Eu não gostava do mundo, mas em tempos precavidos e tranquilos, dava até quase para compreendê-lo.

Não gostava de nada. Vai ver eu estava com medo. É isso: eu tinha medo. Eu queria ficar sozinho num quarto com a janela fechada. Fiquei curtindo essa ideia. Eu era um trambolho. Eu era um lunático.

Nós nascemos assim, nisso: Nos hospitais que são tão caros, que são baratos para morrer; num país onde as cadeias estão cheias e os hospícios estão fechados; num lugar onde as massas elevam idiotas em heróis ricos.

As pessoas engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas.

Raramente encontro uma pessoa rara ou interessante. É mais que perturbador, é um choque constante.

Acho que a gente devia encher a cara hoje, depois a gente fala mal dos inúteis que se acham super importantes.

Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até a sua morte.

Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio-termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Que jamais poderiam compreendê-la.

O que eu odeio é que algum dia tudo se reduzirá a nada, os amores, os poemas. Acabaremos recheados de terra como um taco barato. Que coisa mais triste, tudo é tão triste - a gente passa a vida inteira feito bobo pra depois morrer que nem besta.

Costumo levar coisas para ler, para que eu não tenha de olhar para as pessoas.

Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo...

Às vezes, me sinto como se estivéssemos todos presos num filme. Sabemos nossas falas, onde caminhar, como atuar, só que não há uma câmera. No entanto, não conseguimos sair do filme. E é um filme ruim.

Não é morrer que é ruim, é estar perdido que é ruim.

Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos.

Eu gostava do lugar, tinha grandes árvores que davam sombra, e desde que algumas pessoas haviam me dito que eu era feio, sempre preferia a sombra ao sol, a escuridão à luz.

Se você está perdendo sua alma e você sabe disso, então você ainda tem uma alma a perder.