Coleção pessoal de Valter_Martins
“Eu te quebro devagar, mas reconstruo do jeito que eu quiser.”
“Tiro a tua paz sem levantar a voz. É assim que começa a sedução.”
“Eu não minto… só conto a verdade no momento exato para te desarmar.”
“Se eu quiser, te prendo sem te tocar. Sedução não é toque, é controle.”
“Sou o tipo de homem que não conquista… implanta dúvida. E a dúvida faz mais estrago que qualquer charme.”
“Minha frieza não afasta ninguém… só seleciona quem vale a pena.”
“Não prometo nada. Só deixo você imaginar o que pode acontecer — imaginação sempre seduz mais que toque.”
“Não te seduzo com carinho… te seduzo com
ausência. É nela que você percebe o quanto
precisa de mim.”
Pensar é Pecado !!!
Se pensar é pecado,
então recebe em teus braços
o meu maior pecado:
pensar, tocar o invisível,
reviver o que o tempo jurou ter levado.
Deixa então que eu peque mais um pouco,
que eu pense, que eu sinta, que eu sonhe —
porque é assim que eu existo:
amando o que não cabe,
procurando o que não se vê,
tateando memórias que ainda respiram
nos corredores da alma.
E foi assim, nesse extravio silencioso,
que o passado voltou a me chamar pelo nome.
Um reencontro,
um eco antigo,
uma lembrança que caminhou até mim
como quem pergunta:
“você ainda sente?”
E eu, pecador de pensamento,
não soube mentir.
Confessei:
o que viveu em nós não morreu,
apenas dormiu —
esperando o instante certo
para abrir os olhos de novo.
Se pensar é pecado,
que eu continue pecando,
porque no toque invisível do passado
eu descobri que ainda há vida
onde o mundo só vê silêncio.
— Valter Martins / Santo da Favela Poesia Marginal o Poeta das Ruas
O Passado Bateu na Minha Porta — Capítulo I
✍️ Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Diário da Madrugada – Confissões de Rua
O Passado Bateu na Minha Porta Vinte anos. Duas décadas inteiras guardadas num canto silencioso da memória — onde a vida empurra aquilo que a gente pensa que superou. Mas o tempo não apaga tudo. Algumas histórias só hibernam. Ela era jovem — igual a mim —, mas tinha aquele jeito leve, quase de menina, que escondia uma mulher inteira por trás do sorriso. Naquela época, vivemos um romance que parecia improviso: rápido, intenso, urgente demais para ser entendido. A vida nos separou, como costuma fazer com tudo que queima cedo demais. Até hoje. Hoje o passado bateu na minha porta. E quando abri, ela estava ali. Não como lembrança — como realidade. Mais madura, mais linda, com cicatrizes que combinaram perfeitamente com as minhas. Conversamos como quem reencontra um livro interrompido na metade. Sem pressa, sem cobrança, sem aquela inocência de antes. Mas com a mesma chama — só que agora mais consciente, mais perigosa, mais verdadeira. E quando nos tocamos, o tempo desmoronou. Foi como voltar para aquela versão de nós dois que acreditava em eternidade. A pele dela ainda tinha o mesmo sabor que minhas lembranças guardaram. E na ponta da língua, senti novamente o gosto que vinte anos não conseguiram apagar. Ela me puxou como quem sabe exatamente onde guardar meu corpo. E sugou cada gota do meu desejo com uma sede antiga, familiar, que parecia ter ficado congelada no tempo à espera desse reencontro. Não era nostalgia — era destino atrasado. Não era saudade — era continuidade. Não éramos nós de antes — éramos nós de agora, finalmente preparados para aquilo que antes não sabíamos segurar.
O Passado Bateu na Minha Porta — Capítulo II
✍️ Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Diário da Madrugada – Confissões de Rua
Ela sorriu quando entrou, aquele sorriso que já tinha tirado meu chão duas décadas atrás.
E enquanto falávamos do passado, ela trouxe à tona um detalhe que eu, talvez por culpa ou covardia, tinha escondido de mim mesmo:
— “Você lembra da primeira vez? Lembra que me beijou na testa? Aquele beijo foi a última coisa sua que eu levei comigo.”
A memória voltou inteira.
Cravada.
Viva.
Cruel.
Lembrei da menina que ela era — corpo jovem, mas desejo de mulher feita, dessas que aprendem cedo demais o que é sentir.
Naquela noite, ela me levou à loucura.
Foi mágico, foi urgente, foi proibido, foi fogo aceso sem pensar no estrago.
Eu lembro da pele dela pedindo a minha, do olhar dela exigindo o que nem sabia nomear.
Eu lembro das mãos trêmulas, da respiração curta, da forma como ela me puxou para dentro daquele instante como se fosse o último argumento do destino.
E antes de irmos longe demais, beijei sua testa.
Um gesto simples.
Quase ingênuo.
Mas para nós dois, aquilo valeu mais que todo o resto:
foi a primeira vez que toquei a alma de alguém sem perceber.
E ela continuou:
— “Você prometeu que ia deixar sua namorada. Prometeu que ficaria comigo… e nunca mais voltou.”
Senti o chão abrir.
Porque era verdade.
E eu era o tipo de homem que, naquela época, não sabia segurar nada — nem a mim mesmo.
Disse que ia abandonar um amor morno por uma paixão que queimava.
Disse.
Mas não fiz.
E deixei uma menina com coração de mulher esperando numa esquina que eu nunca tive coragem de retornar.
Agora, vinte anos depois, estávamos ali — dois estranhos cheios de história um do outro, carregando as cicatrizes daquilo que não vivemos.
E talvez tenha sido por isso que, quando a noite caiu, o reencontro não foi só reencontro: foi acerto de contas com o tempo.
Ela me tocou como quem cobra uma dívida antiga.
Me beijou como quem quer apagar duas décadas de silêncio de uma vez só.
E quando me puxou para perto, senti a mesma fome de antes — só que agora lapidada, adulta, consciente de tudo que podia destruir.
A roupa dela caiu como se tivesse esperado vinte anos para cair de novo.
E cada gesto, cada respiração, cada mordida tinha a mesma intensidade de quando era menina — mas agora com a precisão fatal de uma mulher que sabe exatamente onde guardar um homem e como desmontá-lo sem pressa.
E eu me entreguei.
Não como antes, movido por imprudência.
O Passado Bateu na Minha Porta — Capítulo III
✍️ Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Diário da Madrugada – Confissões de Rua
Mas como agora: movido por falta, por memória, por desejo que sobreviveu escondido em alguma gaveta da alma.
Na metade do nosso corpo entrelaçado, ela sussurrou no meu ouvido:
— “Vinte anos… e você ainda tem o mesmo gosto.”
E pela primeira vez desde jovem, senti minha própria vida passar inteira pelos olhos enquanto o corpo dela encaixava no meu como se nunca tivesse deixado de ser meu lugar.
Não houve nostalgia.
Não houve fantasia.
Não houve mentira.
Houve nós dois.
De verdade.
Finalmente no mesmo tempo.
Finalmente na mesma pele.
E percebi:
alguns amores não envelhecem.
Eles apenas esperam o relógio certo para voltar e cobrar o que deixamos pela metade.
Quando teus olhos encostaram nos meus,
o mundo perdeu o equilíbrio —
e eu perdi a noção do que era certo ou seguro.
Teu corpo tinha o cheiro de madrugada molhada,
pele quente pedindo abrigo,
e eu…
eu era só um homem cansado demais pra negar o destino
e faminto demais pra recusar tua boca.
Me deitei nas tuas curvas como quem encontra casa,
mas beijei tua pele como quem sabe
que toda casa um dia desaba.
Teus dedos riscavam meu peito,
e cada toque teu parecia um poema escrito com fogo,
um aviso de que não existe amor sem queimadura.
E, mesmo sabendo,
eu me atirei.
Porque quando você sussurrou meu nome,
não era só desejo —
era recomeço, era cura, era pecado,
era tudo aquilo que eu nunca tive
e que sempre pedi calado.
E se amanhã a gente se perder,
que seja.
Hoje, aqui, agora,
eu quero teus olhos, tua pele, teu caos inteiro,
até o último fio de luz
que escorre da tua alma
quando você desmorona nos meus braços.
Hoje, amor…
eu só quero te sentir
até a poesia gemer.
✍️ Valter Martins / Santo da Favela, o Poeta da Rua
Diário da Madrugada – Confissões de Rua
[Verse]
Eu vejo a dor em seu olhar
Você foi tudo pra mim
Eu não quis te desapontar
Mas o nosso fim chegou assim
[Verse 2]
Prefiro manter-me distante
Pra te poupar da mágoa
Meu coração segue errante
Nessa noite que deságua
[Chorus]
Eu escolhi sofrer sozinho
Pra não ver você chorar
Prefiro magoar a mim
Do que ver teu sofrer no ar
[Bridge]
As memórias vão ficar
E o tempo vai curar
Mas essa dor no peito
Nunca vai se apagar
[Verse 3]
Entre sombras e lembranças
Encontrei a minha paz
Mesmo com esperanças
De um dia te ver mais
[Chorus]
Eu escolhi sofrer sozinho
Pra não ver você chorar
Prefiro magoar a mim
Do que ver teu sofrer no ar
Composição Valter Martins
[Verso]
Eu vivo a dor que vejo em seu olhar
Você significou tanto pra mim
Eu nunca quis te desapontar
E hoje prefiro me afastar assim
[Verso 2]
Te ver chorar me parte ao meio
Escolhi minhas palavras feito um réu
Prefiro a tempestade no meu peito
Do que te fazer sentir-se um céu cruel
[Refrão]
Magoar-me ao invés de te ferir
Foi minha escolha doída demais
De longe eu prefiro assistir
A dor da ausência
Longe do teu cais
[Ponte]
No silêncio eu grito um adeus
Sem eco
Sem fim
Fico só
Perdi seus olhos
Perdi os meus
Fiz do vazio meu maior nó
[Verso 3]
Cada passo agora é um lamento
Cobrindo o rastro de amor que deixei
Sentimentos perdidos ao vento
Na distância o nosso "nós" findei
[Refrão]
Magoar-me ao invés de te ferir
Foi minha escolha doída demais
De longe eu prefiro assistir
A dor da ausência
Longe do teu cais
Composição Valter Martins
[Verse]
Pessoas vêm pessoas se vão
No vento a vida é a canção
Amores são pra sempre paixão
Chama que arde em cada estação
[Chorus]
Vem e vai como o sol e a lua
Uma lágrima que cai na rua
Corações que se machucam
Voam
Mas o amor verdadeiro perdura
[Verse 2]
Paixões são faíscas no escuro
Brilham fortes mas não tem futuro
Num segundo te faz viajar
Mas o fim é sempre amargar
[Chorus]
Vem e vai como o sol e a lua
Uma lágrima que cai na rua
Corações que se machucam
Voam
Mas o amor verdadeiro perdura
[Bridge]
Cicatrizes contam histórias
De amores deixados na memória
Cura ou machuca todo coração
O tempo faz sua reparação
[Chorus]
Vem e vai como o sol e a lua
Uma lágrima que cai na rua
Corações que se machucam
Voam
Mas o amor verdadeiro perdura
Composição Valter Marins
[Verse]
Ainda te desejo nas noites solitárias
Lembro do cantinho debaixo das estrelas
Primeira vez foi mágica sem calendário
Seus olhos brilhando mil centelhas
[Verse 2]
Trazendo na memória o dia especial
Sobre a mesa nosso amor fez história
Doce lembrança de um toque essencial
Vivendo no passado guardiã da glória
[Chorus]
Ainda sinto seu cheiro no ar noturno
Nosso segredo guardado em véu de prata
O tempo não apaga o desejo taciturno
Reescrevo mentalmente a nossa data
[Verse 3]
Deitado nas noites nossa chama acesa
Sombras dançam no teto memórias
A paixão ainda queima sem tristeza
Fechando os olhos revejo as vitórias
[Bridge]
E quando te encontrar novamente ao sol
Iluminados pelos raios matutinos
Seremos fogo outra vez no arrebol
E os corações baterão em desatinos
[Chorus]
Ainda sinto seu cheiro no ar noturno
Nosso segredo guardado em véu de prata
O tempo não apaga o desejo taciturno
Reescrevo mentalmente a nossa data
Composição Valter Martins
[Verse]
Vidas vagam pela noite no fio da navalha
Como se fossem estrelas caindo de um céu escuro
Vivendo um abandono onde se escondem
Para jamais se encontrarem
[Verse 2]
Tranquei meu coração guardei nele
Mágoa e solidão profundas
Procurando luz nas sombras dos meus dias
Desfazendo esperanças em ruínas
[Chorus]
Corações perdidos sem direção
Navegando nos mares da ilusão
Olhos fechados pra não ver o fim
Da jornada que escrevemos assim
[Verse 3]
Pintando paredes com lágrimas veladas
Esfriando memórias com o frio do olhar
Cantando tristezas em melodias quebradas
Sonhando com um mundo que nunca vai voltar
[Chorus]
Corações perdidos sem direção
Navegando nos mares da ilusão
Olhos fechados pra não ver o fim
Da jornada que escrevemos assim
[Bridge]
No labirinto dos meus pensamentos
Ecos de dor ressoam sem cessar
Procurando por um pouco de alento
Pra curar as feridas que o tempo não quis sarar
Composição Valter Martins
[Verso]
A brisa fria tocava meu rosto
Noite de solidão marcado no desgosto
Abandono de um amor tão platônico
Coração agitado num choro irônico
[Verso 2]
Lágrimas de sangue no rosto caindo
Olho pro céu e vou resistindo
Noite escura sem nenhuma estrela
Solidão que vem e me congela
[Refrão]
Solidão gelada entra no meu ser
Coração em pedaços sem saber viver
Amor distante uma ilusão sem fim
Choro sozinho ninguém perto de mim
[Verso 3]
Sinto um vento que me faz tremer
Lembranças me atingem não posso esquecer
Saudades batendo num ritmo de dor
Noite de solidão sem nenhum calor
[Verso 4]
Caminho pela estrada gelada e vazia
Buscando um alento nessa noite sombria
O peito apertado e sem direção
Solidão que bate forte no coração
[Ponte]
O sol não nasce minha alma se perde
Esperanças caiem como folhas de outono
Um amor platônico que nunca aconteceu
Coração partido no frio do abandono
Composição Valter Martins
[Verso] Eu vi um sonho louco meio ontem Você me traiu mas foi sem intenção Acordei suado coração a mil Percebi que eram só faíscas na ilusão
[Verso 2] Você me olha como se fosse fim Mas eu vejo algo brilhando em nós Mistura quente de prazer e dor Isso é amor ou só um jogo feroz
[Refrão] Seu toque acende faíscas na escuridão Beijos que queimam a imaginação Vem me desvenda mostra quem é Nessa noite só existe nós
[Ponte] Pensamentos voam tão longe daqui Desejos se encontrar em cada piscada Entre a traição e amor sem fim A linha é fina quase quebrada
[Verso 3] Nossos corpos se entendem sem falar Um abraço diz mais que mil palavras Caminhamos entre fogo e tentação Esse amor é mais do que promessas quebradas
[Refrão] Seu toque acende faíscas na escuridão Beijos que queimam a imaginação Vem me desvenda mostra quem é Nessa noite só existe nós
Composição Valter Martins 28-01-2025
[Verse]
Ao te ver eu seguro meu fôlego
Fecho os olhos e imagino o impossível
Entre nós penso coisas sem coragem
De declarar o tanto que você é incrível
[Verse 2]
Sinto você em cada batida
Garota não deixe o tempo nos afastar
Minha mente voa tão alta e me intriga
Como poderia conseguir te amar
[Chorus]
Você me faz perder a razão
É um mar de emoções que vem e vai
Não consigo evitar essa atração
Me pergunto se sente o mesmo
Ai
[Verse 3]
Olhando suas fotos eu suspirei
Imaginando o momento se aproximar
A cada segundo mais preso fiquei
No desejo de ver nosso amor brilhar
[Verse 4]
Com palavras que não sei dizer
Vou tentando encontrar um jeito
Para te mostrar e te convencer
Que o nosso amor é perfeito
[Chorus]
Você me faz perder a razão
É um mar de emoções que vem e vai
Não consigo evitar essa atração
Me pergunto se sente o mesmo
Ai
Composição Valter Martins 25-01-2024
