Coleção pessoal de ValeriaPintofrases
Talvez um fundo musical
Rabisco o meu nome em uma folha em branco
E nesse instante surge no pensamento teu retrato 
Então retrato a sua imagem no azul
Sem saber a conclusão a tomar
Enrolo todo sentido 
Dou um nó e assim me enlaço 
Não faço mal, eu entendo e gosto 
Tenho no fundo a personalidade 
Sou perspicaz e voo junto a sua existência 
Te procuro no horizonte 
Lá você desapareceu
Bruxinha
Não veio montada em sua vassoura 
Mas me deixou tonta
Fez uma zorra
Minha vida ficou solta
Porque mentir 
Você é a bruxinha 
Que me leve contigo 
Por que teu feitiço me balançou 
Começo a pensar em nós 
Pordoe se me apaixonei
Eu vinha você ia
Ficamos...
Sei que nada pode existir
Mas fica a vontade 
De ter sempre uma noite 
Uma noite e nada mais...
Naquela Tarde Vazia
Quando olhei teus olhos
O brilho pareceu me consumir 
Teu sorriso engolir
Quis gritar para você ouvir 
Todo o meu amor
Mas o orgulho sufocou 
No coração a dor 
A mágoa do adeus
Do fim que você deu
No nosso caso mais sincero 
Meu sentimento que parecia eterno 
E a solidão fez morada 
Junto com a madrugada
Meus olhos choraram 
Resolvi não pedir explicação
Revirei a cama 
Mesmo não te encontrando 
Não fiz nenhum drama 
Liguei o rádio em alguma melodia
Num instante de solidão
Que agonizou o coração
Até o amanhecer do dia.
Tem momentos em que as palavras se evaporam e o desejo de se expressar aumenta, mas o coração sufoca a emoção. Todo prazer, toda beleza é mostrada em um aperto de mão, um sorriso amigo e num simples, mas belo olhar.
Os espaços deixados em branco um dia serão completados com as cores certas, basta esperar, porque a resposta da vida precisa no fundo de um bom complemento e não apenas palavras soltas ao vento.
Não pretendo lutar contra meus inimigos, quero apenas que eles próprios encontrem a verdadeira justiça.
Viajando
Vou andando sem saber o que vivi
Não quero no presente
Nem no futuro 
Chorar pelo que perdi
Quero apenas sentir meu corpo
Vivo na esperança e sonhar
Sem mistério a desvendar
Sou brasileira e mulher 
Vou pela estrada a fora
Não me chame de senhora 
Não se preocupe com meu nome 
Me chame Maria, Severina,
Marina, Clementina
Ou outro qualquer
Sou todas Marias,
Sou todos José...
SONHOS
Em todos os momentos
Todos os segundos
São feitas imagens
Construímos sonhos
Na dura realidade
Tentando ser
O que não se é
Poesia
A gente corre
Procura sempre
Algo além do real
É quase que normal
O corpo em chamas
Uma estrela no céu
A inflamar como guia 
Sou talvez
Uma parte incompleta
Por razão 
Que não sei responder
Nada do que se pensa 
Pode ser revelado em si
Amando
Não basta um querer
É preciso sentir
Que alguém também sente 
É preciso saber
Que alguém também quer
Não basta um olhar perdido
Assim simplesmente
Transpor pensamentos
Reparar o andar
É preciso sonhar
SOLIDÃO
Solidão de noite
É barra pesada
É coração desarmado
É dor que escorre pelo chão
Ah! Coração partido
É sorte ter ido
Um amor, uma dor
Que o vento levou
Choro baixinho em meu silêncio
O dia maltratado
Mal acabado
Me deixa triste, encabulada
Queria um jeito para matar essa dor
Mas dor de amor
É dor de não ser amado
É doce passado
SENTIMENTOS
Sentimentos se completam
O sol é sempre bem vindo
Eu faço minha parte
Antes que chegue a morte
"As estações do ano, mostram muito bem o que penso.
No inverno me recolho para refletir e saber aproveitar o meu lindo jardim que começa a se transformar para a primavera."
Vento
O frio que hoje percorre as ruas
Chega a congelar meu coração
Penso em nós como ontem
Mas ontem já era 
E o futuro não existe
Tenho agora o presente
E nele não está você
Quem dera a sorte
De um verão vindo do Norte
Junto traga seu perfume no ar
Persisto, insisto...
Mas a verdade é que devo desistir
Desistir desse amor
Que hoje se tornou dor
Por sua ausência
Em um coração 
Que seu único erro foi amar.
Fiquei no portão 
Com as mãos trêmulas 
E o coração congelado
No final da rua
Suas curvas sumiam
Esperei que voltasse
Mas só voltou a saudade
Agora juntas caminhamos lado a lado
Conclusão da vida
Passamos tanto tempo juntando lembranças e decepções, carregando na mala da nossa história, pesos desnecessários.
Vamos fazendo amigos e também inimigos, tudo por que ainda não somos grandes no amor.
O amor, um sentimento puro e verdadeiro, mas o banalizamos com tantos "Eu te amo", falsos e desnecessários.
Em muitos caminhos nos perdemos, em outros estamos diante de enormes alegrias e concluímos que agora sim, tudo vai dar certo. 
Temos que saber que tudo é um alto e baixo constante, unicamente para nosso aprendizado. 
Para chegar a essa exatidão, entender que nem sempre o sol vai aparecer, que dias de chuva virão, levam anos, mas será primordial para obtermos as respostas que sempre procuramos, muitas das vezes em lugares inoportunos. Hoje com a minha mala desfeita de problemas, de amores errados, sonhos sem sentido, decepções tolas... sim, caminho mais leve e feliz.
Não trago o peso dos anos, mas a leveza da paz.
Que venha agosto, setembro, outubro... muitos invernos e muitas primaveras...
Que haja sempre felicidade, por que a porta estará sempre aberta a novas e belas lições.
 
 
