Coleção pessoal de UmSimplesAutor

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Da janela da imperfeição
Observo o frenesi da multidão.
os braços são, o método
De Locomoção.

O deboche é o estralo,
Que açoita sem se ver.
A bengala deixa nítido o quadro
Que foi pintado e emoldurado.

Sinais são bem mais úteis
Que cordas vocais.
Beethoven também sabia
Que era capaz!

Ondas sonoras fazem do nada tudo;
E o tudo supera barreiras.
As fronteiras são quebradas,
Quando as libras são ensinadas e incentivadas.

Lunáticos são aqueles, que creem na verdade absoluta
Quando ela é na realidade, uma fraude mal sucedida.
O preconceito têm uma só face; mesmo que em várias formas.
Os sãs fingem não ver, a realidade exposta.

REFÉM

Vi no teu sorriso, o que me faltava. E falta
que antes me sufocava, hoje é nada.
Enquanto você é meu tudo, meu mundo.

Encontrei no teu beijo, todo o desejo que
outrora não existia. Encontrei em teus
lábios, razões para um novo dia.

Nos teus braços me perdi; para de fato
enfim, me encontrar. Encontrei em teus
olhos, motivos para sonhar.

A inspiração que me faltava nas
madrugadas, hoje tenho de sobra. O tempo
que me sobrava, hoje está preenchido com o teu sorriso.

Antes era a falta que me fazia companhia.
Hoje é o teu semblante que está sempre
presente em minha mente.

Sou refém deste amor que sinto por ti;
E não há nada mais belo do que te ver sorrir.

MEU VÍCIO

Dedilhar-te a noite inteira, afogando-me em teu ser.
Amar-te completamente em uma noite de prazer.
Estarei eu sem presumir ou resumir nada;
Serei eu apenas um amante incondicional.
Que em vez de palavras ousadas, usa gestos insanos e,
Quem sabe até profanos.
Adentrando em teu mais íntimo, fazendo de mim parte de ti;
Seremos nós dois enfim, um só.
Despindo-nos de tida e qualquer virtude errônea,
Seremos apenas você e eu em nossa cama redonda.
Você é meu maior vício. Você é ar que eu preciso continuamente
Sem cessar de modo algum;
É o teu sabor de mistério, cercado de certo delírio
Que fascina meus sentidos e aguça meu paladar;
Para que desta forma eu possa enfim, te degustar.
Lábios exteriores que se entrelaçam com o interior de outros lábios;
Carnudos como a boca macia que outrora acaricia esta diplomacia
Alegórica de sussurros eufóricos, compassados entre o frenesi e a suavidade;
Entre um desejo maciço cheio de maliciosidade entre a mente e carne.

Aves de rapina devoraram meu coração;
Que encontrava-se destroçado pela desilusão.

O vento é como navalha afiada.
As lágrimas são como a água do mar e,
Fluem sem parar.

O sangue jorra incessantemente.
Do norte ao sul, de leste a oeste.
Segue a prece sem pressa enquanto o tempo se dissipa e,
Bem longe no horizonte se estingue a vida.

As rosas choram com frequência.
Culpa da incapacidade humana de amá-las.
Culpa da truculência das botas que às pisam.

Os versos, por maiores que sejam, nunca serão suficientes para expressar minha dor, alegria; nem tampouco o meu real pensar.

Os dias até quando nublados,
São magníficos e fascinantes!
É quando DEUS olha para você e diz: Levanta-te e ande!

A leitura nos proporciona conhecimento antes de tudo.
Tornar-se culto, é a consequência do conhecimento em abundância.

A revolução é um passo muito largo que deve ser dado a logo prazo.
Antes de tudo, devemos mudar por dentro para que o interno cure e melhore, o externo.

A revolução é a consequência do processo da real mudanças dos atos, gestos e pensamentos.
É o resultado da equação que envolve o aprendizado sem fim.

As senzalas foram criadas e os grilhões da ignorância,
Juntamente a elas para que fôssemos escravos eternos;
Não somente do senhor do engenho como também de nós mesmos.

Rosas despedaçadas,
Vasos cheios de mágoas.
Rosas despedaçadas,
Manchadas de vinho tinto.

Vidros estilhaçados,
Órfãos de pai e mãe.
Vidros estilhaçados,
Responsabilidade infame.

Pássaros engaiolados,
Canto amordaçado.
Pássaro engaiolado,
Vida em pleno plágio.

No baú das cicatrizes,
Guardei os meus lamentos.
Na estrada da vida,
Dividi os meus tormentos.

As bocas de língua grande,
Falam demasiado.
Os lanços contraditórios, muitas das vezes geram falsos aliados.

Raras são as vezes
Que a onça bebe água.
E quantas são as vezes
Que um navio naufraga?

Os rios deixaram de correr,
A morte veio me visitar ontem à noite.
Os sonhos se despedaçaram;
Como paredes de vidro.
A morte me visitou hoje pela manhã.
Acordei com um imenso gosto de sangue na boca;
Os lábios ressecaram e a saudade penetrou-me o coração,
Como se fosse uma lança.
A morte me visitará hoje à noite..

BARQUINHOS DE PAPEL

Crianças fazem barquinhos de papel
Adultos criam arranha-céus.
Crianças preferem carrosséis
Adultos preferem motéis.
Crianças fazem barquinhos de papel
Adultos jogam suas vidas ao léu.
Crianças preferem doces e salgados
Adultos sofrem antecipado.
Crianças fazem barquinhos de papel
E com eles são felizes.
Adultos se entregam as mazelas e,
Nunca cortam suas raízes.
Barquinhos de papel que vão e que vêm
Como as ondas do mar.
Num barquinho de depositei minha esperança
Pois Já fui, sou e ainda serei, criança.

Depois que os cravos fincaram-se no peito,
Depois que os lamentos foram todos em vão;
Depois que a saudade corroeu o coração,
Depois que a solidão penetrou-lhe os músculo como lança
Pontiaguda;
Nada mais adiantou. nada mais lhe serviu.
O tempo não mais sorriu; as flores não maios desabrocharam;.
A saudade, a solidão, o lamento, o desespero,
Todos estes falaram mais alto que sua sanidade!
E que sanidade?
Não sei ao certo; a sanidade do homem talvez seja em vão e sem nexo...

Até mesmo as flores murcham depois que são pisadas.
Assim também é com o amor minha cara
Por maior que seja, um dia ele acaba, se esvai como a areia por entre os dedos.
O amor deve ser como águas calmas de um mar sem fim; mas nunca um pesadelo indescritível.
Os sorrisos causados pelo amor devem ser incompreensíveis; mas nunca tristes.

Entre a BELEZA e o CONHECIMENTO

A beleza se esvai com o passar do tempo.
O conhecimento é agregado com o passar do mesmo.
A flexibilidade é perdida, mas o conhecimento é agregado e,
Prolongado.
A beleza se esvai em um acidente horrendo.
O conhecimento nunca é extinguido,
Mesmo sem as pernas o menino ainda é rico;
A mulher mesmo sem seus seios, ainda é rica;
O homem mesmo sem seus testículos e músculos, ainda é rico
Quando ele mesmo busca o conhecimento ao invés da beleza corporal;
Seja ela em forma de bíceps grandes ou abdômen sarado.
A beleza se esvai com o passar do tempo.
É como uma chuva passageira, que molha a cidade inteira, porém
Não atinge seus reais objetivos;
É como uma rocha forte e grande, que mesmo com estas características
Nunca será capaz de brecar, a ação do tempo e sua corrosão impetuosa.
A beleza é tão frágil quanto uma criança sem amparo;
O conhecimento é tão forte quanto a rocha, com uma diferença gritante:
Nem mesmo o tempo será capaz de atrofiá-lo;
Já para a beleza, o ontem e o hoje se entrelaçam constantemente.

A ambição demasiada, fez de um anjo, demônio;
Fez de um homem sã, insano;
Fez dos répteis, reptilianos;
Fez da luz sombra, e das sombra luz.
A ambição demasiada, fez de uma pátria mãe
Capitão do mato com açoite em punho;
Fez de seus filhos escravos,
E de uma raça, uma cor, inferior.
A ambição demasiada fez de línguas, espadas afiadas;
Fez da carne navalha, e das balas poder;
Fez senzala de morada, fez da paz uma utopia;
Fez dos belos dias, madrugada fria.
A ambição demasiada, fez de 'santos', hereges;
Fez das preces, tormento e não salvação;
Fez das mãos dos homens, armas;
Das armas se fez convicção!

A perfeição está na naturalidade das pessoas.
Quanto mais naturais, mais perfeitas.

O silêncio é a chave que abre todas as portas.
Alivia a tensão no momento da ira, da revolta;
Na sequência abre as portas da reconciliação
Com o teu amor, ou quem sabe até mesmo, teu irmão.
O silêncio é a chave que abre a porta da sabedoria.
Pouco valem as palavras em dias de agonia.
Pois em suma, elas resultam em uma morte precipitada;
É como uma faca cravada no peito de quem amava.
O silêncio é a chave que abre todas as portas.