Coleção pessoal de TiagoScheimann
Já amei quem nunca me viu, já dei demais a quem não merecia, mas aprendi, o amor certo reconhece, e permanece.
A vida não é justa, mas é sincera, ela devolve exatamente o que oferecemos, por isso planto bondade, porque ela sempre volta.
Minha alma cansou de avisos ignorados, hoje falo menos e observo mais, a verdade aparece sozinha, para quem sabe ver, eu sei.
Já perdi o chão várias vezes, mas nunca perdi o céu, e é olhando para cima que encontro direção, a fé me orienta.
A fé me ensinou a esperar, mesmo quando tudo parece tardio, o tempo de Deus não falha, e quando chega, chega perfeito.
O amor me ensinou que reciprocidade é mais rara que paixão, e por isso vale tanto, eu só fico onde sou correspondido, onde meu coração tem lugar.
Meus medos não me paralisam mais, aprendi a carregá-los comigo, são sombras que me acompanham, mas não me definem, sou muito maior que eles.
Já caminhei em vales escuros, mas minha fé sempre foi farol, mesmo fraca, mesmo trêmula, ela nunca apagou, e é por isso que estou aqui.
Não espero mais que a vida seja leve, eu apenas escolho ser forte, leveza é consequência, força é decisão, e eu decidi.
O amor é casa, e casa precisa de estrutura, eu só entro onde há pilares fortes, teto firme, e portas sinceras.
A solidão me afinou como instrumento, hoje toco minha vida com mais harmonia, já não desafino tanto, já não me perco nas notas, sou melodia própria.
Minha sensibilidade é minha armadura, ela me permite sentir o invisível, perceber o incômodo, compreender o silêncio, isso é poder.
A tempestade não dura para sempre, mas o que ela constrói em nós dura, dura como lição, dura como força, e dura como fé.
Não temo mais minhas falhas, elas moldaram minha identidade, sei onde piso porque já caí lá, sei quem sou porque me quebrei, e sei o que quero porque sobrevivi.
O amor que ofereço agora é mais prudente, mais profundo, mais consciente, aprendi a não desperdiçar meu coração.
A vida me fez guerreiro sem armadura, lutador sem escudo, sobrevivente sem alarde, minha força não é exibida, ela é vivida.
Carrego memórias que pesam, mas não deixo que elas me afundem, uso-as como âncoras de sabedoria, não me prendem, me firmam.
Minha alma já quebrou tantas vezes que virou vitral, fragmentos coloridos, montados com fé, iluminam quem chega perto.
Não tenho medo da escuridão, pois aprendi a acender luzes dentro de mim, sou lanterna própria, sou fogo interno, sou chama que não se apaga.
