Coleção pessoal de ShandyCrispim

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⁠Não espere pelo dia
em que lamentará
por não ter aproveitado
mais a vida.

Nunca se sabe quando
será a última vez
que verá sua
coisa favorita.

⁠Se odiar,
não te fará
uma pessoa melhor
amanhã.

⁠Em alguma
outra realidade,
nós ainda existimos
intensamente.

⁠Já dizia René Descartes: "Penso, logo existo."

Mas só existir não basta,
a vida acontece,
mesmo que você
não testemunhe.

⁠Já fui ventania
que trazia coisa boa,
já fiz vítmas
de minhas boas intenções.

Hoje sou errante na filosofia
do aprendizado.

⁠Te observo,
trocamos alguns olhares,
nosso protagonismo
rasga sutilmente
os ruídos da sala,
nossos olhares disfançam,
mas ainda tropeçam.

Eu finjo que não vi,
e você finge que não quer,
o sol beija o horizonte outra vez,
fim do expediente,
ninguem soube da gente.

⁠E sem aviso,
chegará um fim de domingo,
que a saudade
não vai mais passar,
e você não vai querer
existir em um outro lar.

⁠Talvez eu precise me ouvir mais,
em voz alta, ou em silêncio.

Saber o que realmente se passa
em minhas angústias e em meu tédio.

Fazer uma lista do que eu amo,
fazer uma lista do que eu gosto,
uma lista do que eu quero,
ou talvez, até listar menos.

Talvez eu precise ouvir aquela música
mais algumas vezes.

Talvez eu só precise conversar com calma,
com a criança ressentida
em minha psique, e finalmente,
explicá-la que crescemos.

Talvez, eu só precise sorrir mais,
lembrar que, em uma realidade
em que eu não tenha nada,
eu trocaria tudo,
pelo que tenho.

Talvez, eu só precise
lembrar que hoje,
é tudo que eu preciso.

⁠Eu chegava,
transito intenso,
carros e pessoas cruzavam,
olhei para o relógio,
era quase quatro horas da tarde,
meu coração assaltava algumas batidas.

Eu a vi pela janela,
e foi como uma fotografia,
nunca mais esqueci
dos detalhes do dia
em que eu a conheci.

⁠É irônico pensar,
que ganhamos a vida, mas,
tememos as experiências
que nos faz viver.

⁠Quando eu deixar
de existir,
minhas poesias
sobre você
ainda serão suas.

⁠No final,
eu entendi que,
todos os desencontros,
provocaram os encontros
do que eu tenho hoje.

⁠O quarto era pouco revelado
pela penumbra,
minha mão que escrevia
poesias em sua cintura,
nem se importava
pela roupa jogada nessa altura.

Ela que estava de olhos serrados,
prestes a entrar no teu sétimo sono.

Ainda falava comigo,
de voz abafada pelo peso do sono,
mas carregada de carinho.

Me pedia cafuné,
no meio de todo
aquele cabelo de pé.

⁠Nem as notícias ruins
que mostram nos jornais,
me tira a vibe
que você me traz.

⁠Saudade, de ter saudade

Esqueci como é
ter aquela ansia
em ver outro alguém,
da empolgação,
da preocupação,
sentir a pulsação
do coração.

De lembrar de detalhes
que serão só meus,
de querer que o resto
dos meus dias,
também façam parte
dos planos teus.

Saudade,
de poder sentir saudade.

⁠Quando foi?

Quando foi que você olhou para seus pés
enquanto caminhava,
e viu exatamente por onde pisava?

Que enxergou uma planta
que sempre esteve na porta da sua casa
mas nunca teve sua atenção?

Quando foi a última vez que
tocou por algumas coisas
enquanto caminhava,
assim como fazia quando era criança?

Que olhou para o céu,
não para saber se estava nublado,
mas, só quis ver o que se passa acima de você?

Que puxou ar prolongado,
não porque estava ofegante,
não porque queria ter mais paciência,
não porque precisava controlar
o que diria em seguida,
mas porque queria sentir a sensação da vida
preencher seus pulmões?

Quando foi que parou
de ensaiar pensamentos no banho,
e apenas deixou a água banhar
suas dores e levar embora suas preocupações?

⁠Quando foi que
parou de ensaiar pensamentos no banho,
e apenas deixou a água banhar
suas dores e levar embora
suas preocupações?

⁠— palhaço —
e foi assim, entre seus risos,
que eu traduzi a maneira
dela dizer que me amava,
sem dizer que me amava.

⁠Ela é um espetáculo
que não precisa de palco,
apenas do teu espelho
e do teu quarto.

⁠Enquanto a Vida Passava

imagina,
a vida passando na tv da sala.
sem pausa,
sem voltar.

um ao vivo sutil —
onde você pode sentir,
dizer,
ou apenas estar.

mas se olhar pro celular,
perde.

perde um olhar,
um gesto,
um silêncio.

perde o agora.
o celular aqui é só um nome
pra tudo o que te afasta de ti,
uma metafora.

as comparações,
as vozes que não são suas,
as urgências inventadas.

basta um segundo,
e você já não está mais ali.

está em outra vida,
ou desejando estar.

e sua história,
que é só sua,
segue passando...
sem reprise.

sem legenda.
sem aplausos.

por quanto tempo mais
você vai deixar
que a distração
se sente no seu lugar?