Coleção pessoal de SergioJunior79

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A pessoa amada em demasia
desconfia do afeto que a cerca.
Não é baixa autoestima, talvez,
mas o eco de um século que ri
do amor que salta abismos:
etnia, idade, credo, costume.


O que outrora era épico
virou piada de feed,
frágil como stories que somem
em vinte e quatro horas.


Melhor assim:
o genuíno se esconde
onde o riso não alcança,
e o descartável
morre de tédio.

.. Quem dera fosse assim, como uma fórmula de equação.
Separaria os termos para os lados, e fazia a divisão.
O duro é achar o valor de X que é sempre um e eu insisto em ver nós dois. Sou ruim de matemática do coração

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E eu estou ainda por aqui.
Não desembarquei do envelope.
Viajo lentamente, enquanto observo quem me ultrapassa a galope.
E, entre um minuto e outro, já nem sei se eu estou viajando — ou se a viagem sou eu.
Onde estaria o que de fato criei, para chamar de meu?
Porque, a cada frame que passa, menos certeza tenho dessa ideia de conquista.
Não que eu seja perfeito: de defeitos, tenho uma lista.
Também nunca me faltou bravura — nem no ringue, nem na pista.
Eu não sei chegar sozinho; minha vista é altruísta.
E, ainda que só, eu quisesse chegar… seria uma mentira. Eu posso explicar.
Na verdade, eu nem sei se realmente saí.
Pois, ao me ver em busca de coisas novas,
parece que fiquei. E gostei.
Ou talvez eu fui e voltei. Não sei.
E essa é a minha maior alegria: não me completar.
Sim.
Se eu já tivesse chegado, talvez, o restante da minha viagem fosse a dor mais angustiante que teria.
Ao passo que tenho muitas. Algumas de longos dias. Mas todas bem administradas.
E o tempo — que para muitos é um tormento — se assustou em me encontrar viajando para dentro.
Foi a principal estação onde parei, fiz faxina, entrei em guerra e venci.
O meu maior inimigo: eu.
Depois de me reconciliar comigo,
fui apreciando o belo que em mim foi feito, mas que eu desaprovava.
E, admirado de meu estado de maturação interpretativa, tive certeza.
Depois tive dúvida.
Ainda deu tempo de sentir na pele a volta da minha humanidade.
Esta esteve endurecida.
Mas, a dádiva do servir a emudeceu —
para não julgar, para não comentar,
apenas para dirigir.
E eu, que achava que poderia chegar,
me vi levando outros de carona.
A viagem para dentro de mim,
ao invés de me dar um mapa,
me deu pessoas, responsabilidade, serviço, deontologia.
E um sentimento de complétude sem completar.
Mas eu, sobre mim?
Parece que não vai dar.
Pois, até aqui ou ali, não cheguei.
Na verdade, eu, de mim mesmo nunca cheguei —e, se estou em algum lugar,
tenho plena certeza de que fui sempre conduzido.


Sérgio Júnior

Essa Maldição do Gene de Colono


Ó Pai, expurga-me dessa sina traiçoeira,
Esse gene de colono, corrente primeira,
Que faz de mim, brasileiro, um eterno dependente,
Buscando no estrangeiro um salvador inteligente.


Musk, Trump, ou qualquer vulto de além-mar,
Chamo-os para do jugo interno me livrar.
Os opressores de hoje não vêm mais de Lisboa,
São os burocratas nossos, que se fazem reis sem coroa.


No Planalto, nos palácios, tramam seus grilhões,
Elites que me vendem por suas ambições.
Eles notam que eu por mim mesmo não tenho zelo
O opressor não tem moral, nem piedade e nem cabelo.
E eu, cão que rosna ao vizinho com rancor,
Me prostro, covarde, diante do meu opressor.


Por que não tomo o leme, não me ponho a guiar?
Por que terceirizo o grito que deve soar?
Seria esse gene de oprimido, uma falsa imitação da cruz?
Que me faz esconder na fé a covardia, terceirizando tudo para Jesus ?


Ó Pai, arranca Freire preso em meu sangue,
Liberta-me do colonizado que se formou em mim.
Que eu enfrente os tiranos internos com clareza,
E rompa essas cadeias com coragem e grandeza.


Levanta, Brasil, desperta do torpor profundo!
Unamo-nos, irmãos, num eureka que sacode o mundo!
Derrubemos os senhores que nos roubam a nação,
Juntos, forjaremos a nossa libertação!


Sérgio Júnior

Ne laisse pas passer ta chance avec moi. Un ange noir, ça ne court pas les rues. Profite de moi pour apprendre à vivre avec liberté.

TRAZ O "CALE-SE" DE VOLTA, PAI!


PAI, lembra daquele “cale-se” que pedimos para o Senhor afastar?
Pois bem...
traz de volta.


Perdão, Senhor — mas éramos nós no ventre de 64.
Estávamos errados, e cometemos crimes:
confessamos no quarto.


E naquele tempo, Chico sussurrou “Apesar de Você”,
e Vandré caminhou com flores.
Mas aquele pedido — afasta de mim —
era fruto da nossa guerra, das nossas dores.


Então o Senhor enviou Elis,
que com “O Bêbado e a Equilibrista”,
cantou profeticamente sobre
a continuidade do “show de todo artista”.


E pronto:
a anistia de 79 abriu as portas
para o fim do exílio.
Assim, Pai,
o Senhor refez a nossa cultura
se reerguer com brilho.


E a nossa música,
nossas novelas,
nossos jornalistas
e até nossos presidentes —
a MPB que nasceu do grito preso,
hoje é reconhecida mundialmente.


Mas Pai, no verso belo,
há um sentimento torto: o rancor.
Porque nessa história em que a luta canta,
sempre fica uma marca: a dor.


Eu sei que estou errado,
mas Pai...
por que fizeste retornar essa história?
Ou queres me curar,
reavivar a minha memória?


Hoje, dizem que o ar pesa outra vez —
prisões sem razão,
bocas amordaçadas:
injustiça e palidez.


A questão é que não é mais com a nossa gente,
é com a galera inimiga.
Se eles têm seus direitos escondidos na sombra,
que façam uma nova cantiga.


Eles querem saber onde está
o remédio de 79 —
a grande anistia
que soltou nossas vozes.


Mas Pai,
eles não têm Caetano nem Gilberto Gil,
não vestem o mesmo manto vermelho.
Como ousam se comparar a nós,
como se o Brasil estivesse
se olhando no espelho?


Ó Pai,
eu sei que é confuso ensinar o povo,
cantar em coro,
pedindo para afastar a bota.
Mas como não é mais sobre nós...
o Senhor pode trazer de volta?


Confesso, Pai — é um erro.
Há veneno no meu canto.
Eu, que bebi da anistia,
hoje aponto o dedo
para meu irmão,
rindo do seu pranto.


Nós, que gritamos por liberdade,
que choramos sob o jugo do medo,
agora negamos aos outros
o que nos salvou:
o perdão, nosso enredo.


Traga o "cale-se", Pai,
mas não pra mim, que já sei da ferida.
Mande-o aos meus adversários,
dê-lhes uma lição de vida.


Que o peso da mordaça esteja sobre eles,
que não sejam perdoados.
E não nos cure, Pai,
da hipocrisia, do orgulho cego,
do ódio inflamado.


Mas o Senhor, em silêncio, apenas sopra:
“Filho, o "cale-se" que pediste para entregar ao seu irmão, é o mesmo que te prendeu e te humilhou com a bota. Só mudou a cor do vinho, a roupa e a rota.”


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E então,compreendi, Pai—
o eco da censura não tem lado;
ele veste qualquer farda,
qualquer verbo inflamado.


O perdão que negamos hoje,
volta em forma de espelho,
refletindo o mesmo medo,
o mesmo velho conselho:
quem cala o outro, cala a si mesmo no futuro.


Pai... agora entendo:
o "cale-se" não é escudo — é muro.


Por isso, então
não o traga de volta,
nem o deixe se perder.
Ensina-nos a falar da nossa história,
mas também a escutar e a compreender.


Que da dor então, nasça memória,
que da discórdia, venha união,
e que o canto que um dia nos libertou, liberte outra geração.


Amém, Pai.
E que a voz que um dia tremeu na noite
hoje cante —
sem pedir permissão.

POBRES MONTANHAS DE FRIBURGO

São 09:40 da manhã de uma sexta-feira de agosto, as enfermeiras vão fazer uma limpeza geral no corpo da minha mãe e pedem que eu me retire. Havia apenas 5 minutos que eu havia chegado.
Aviso que estou do lado de fora e saio lentamente enquanto ela me olha desejando a minha permanência. É o quarto mais visitado do 6° andar do Hospital de Friburgo, na Suíça, onde o câncer de pulmão disputa força com as medicações e as orações.

Sigo no corredor até o elevador e o olhar de minha mãe penetra o meu íntimo. Vou respirar um pouco no 9° andar onde há uma grande cobertura de onde se pode ver boa parte da cidade. O sol da manhã está agradável e o verde da Suíça vence o belo desafio de engolir as insistentes nuvens de neblina que querem avisar que o inverno se aproxima.

E lá, numa daquelas mesas altas, cujas cadeiras só permitem que o seu pé toque o solo se você se inclinar um pouco para frente, estava a cena que me paralisou.
Com os dois pés apoiados nas barras laterais daquele banco alto, o braço esquerdo totalmente apoiado sobre a mesa, onde o óculos havia sido colocado com as lentes viradas para baixo; um homem está de olhos fechados, correndo o risco de perder o apoio do seu braço e bater a cabeça no chão.

Aquilo substituiu o olhar da minha mãe e a bela paisagem campestre das montanhas de Friburgo. Poucas pessoas sabem, mas eu sei imitar perfeitamente o latido do cachorro, os sons do galo, da galinha e de outros animais; pensei em usar uma dessas peripécias para assustá-lo, mas desisti quando vi mais profundamente a cena.

Era um sono solitário, era cansaço, dor e frustração que vinham à tona naquele rosto sofrido. Parei em uma posição que desse tempo para eu me lançar rapidamente e apoiá-lo, caso ele perdesse o equilíbrio. O sol ainda aqueceu a sua pele por alguns minutos e, num desses balanços que a cabeça faz quando se cochila, ele acordou.
E ao me ver em frente a ele, sorriu e perguntou-me: "rapaz, você está parado aí faz quanto tempo?"
Eu devolvi o riso, pedi a sua bênção e o convidei para tomar um café.

Sou o seu primeiro filho, e ali, de olhos fechados, provavelmente pensando na situação da minha mãe, ele me deu mais uma aula de resiliência: sem usar palavras.
Eu só sei que a foto que eu queria tirar das montanhas, foi totalmente esquecida e a rede social não terá o privilégio de vê-la, mas o que eu vi, meus amigos, eu não consegui fotografar ou filmar, por isso, vim aqui tentar descrever.

Um homem, passa por coisas que você jamais consegue imaginar, porque em vez de chorar e falar, ele ri e tenta fortalecer.

⁠Por mais ingênuo que um esquerdista possa ser [e eu acredito que exista], ao defender as ideias desse espectro político, ele apoia indiretamente, criminosos que sabem muito bem o que estão fazendo. Assim, torna-se, de certa forma, cúmplice.

Às vezes, Deus vem nos visitar em envelopes de carne e osso, com cabelos brancos ou disfarçado de criança brincalhona. O problema é que quando ele aparece, nunca o reconhecemos, estando muito ocupados com o diabo, a violência, o mal e com as pessoas tão inúteis e efêmeras, mas que juramos que são relevantes.

⁠NINGUÉM ME VIU

Eu estive por aí, demonstrando que não é sobre ser preta, mestiça ou morena.
É sobre esse fogo aceso na alma, que qualquer tristeza queima.
Embora nascida num país que não enxerga suas riquezas ou as vendem em seus esquemas.
Eu rompi todas as barreiras, atravessei continentes, fiz valer a pena.

Esperei por horas o socorro, a ajuda, o resgate
Mesmo sabendo que há governos que querem que o povo se mate.
Acreditei que apareceria um bombeiro brasileiro, ou um cachorro que late. Talvez eu não tinha "os quilates".
Mas eu me fui, eu e minha cor de chocolate.

E agora é tarde, de nada serviu a minha faculdade.
Meu esforço, aos 26 anos, formada em publicidade.
Viajada, feliz, levando esperança para a minha sociedade.
Levei pessoas e amigos a conhecerem outras cidades.

E agora, a minha trilha é para vocês desconhecida.
Vocês já devem ter me encontrado, sem fôlego, sem vida.
Eu só queria que vocês imaginassem como foram meus últimos momentos.
As dores e as frustrações que tive antes de me ir, os piores sentimentos.

Não é sobre cair, sobre acidentes, ou sobre vulcões.
É sobre nascer em um país que aos seus cidadãos vende ilusões.
E eu estou consciente que amanhã, a minha história será amnésia.
Meu corpo vocês terão, mas minha vida ficou na Indonésia.

Enquanto os jornais ganham sustento através dos cliques sobre o acidente.
Agora, sobre mim, fala todo mundo, inclusive o presidente.
Mas, na verdade, eu sou apenas mais um número, mais uma pérola que a ostra brasileira pariu.
Estive brilhando fortemente entre vós, mas enquanto tive vida, ninguém me viu.

⁠OS LOUCOS: ELES ESTÃO POR PERTO

Você já sentiu um frio na espinha ao notar a presença de alguém?
Alguém que deixa uma sombra na sua alma, como se soubesse segredos que você nunca ousou contar?
Talvez tenha sido na escola, entre risos abafados num corredor mal iluminado.
Ou numa conversa que te fez parar — como se o tempo tivesse dobrado sobre si mesmo.

Talvez você ainda não os tenha encontrado — o que seria uma pena.
Uma falha do destino.
Um vazio que você nem percebe.

Mas cuidado: eles estão aí.
E há quem os evite com um muxoxo arrogante, como quem teme o que não consegue controlar.

Sabe aquelas figuras que, sem jamais te conhecer, mudam o jeito como você vê o mundo?
Talvez por tê-las observado de longe, talvez por ter ouvido um sussurro sobre elas.

Uma coisa é certa: você as conhece.
E isso te assusta.
Elas, através da loucura, acabam encontrando os milhares de personagens que você finge não existir em si mesmo.

Há aqueles cuja loucura atravessou eras.
Moldaram gerações.
Suas vozes ainda sussurram em cantos escuros, evocadas com um misto de orgulho e temor.
Como fantasmas que nunca partem.

Eu sei disso.
Fui tragado por vários deles.
Não sei quando começou. Mas sei que é um caminho sem volta.

No início, achei que poderia apenas espiar.
Manter distância.
Ficar imune àquela febre que consome.

Mas a loucura deles é um veneno que não avisa: ela te pega, te envolve, te faz querer mais.
Porque veja bem: alguém que mergulha sozinho nos labirintos da mente,
Que enfrenta os dilemas mais antigos da alma humana,
Que desce ao abismo e volta com algo que te faz rir até doer, chorar até secar,
Ou abrir mão de certezas que você jurava inabaláveis…

Esse alguém não é como nós.

E quando, partindo de um canto esquecido deste planeta,
Eles atravessam fronteiras que não vemos,
Tateando o desconhecido,
Trazendo de volta uma chama que ilumina, que queima, que transforma — Tudo isso apenas com o poder de uma mente inquieta,
Organizando o caos em algo que prende crianças em sonhos,
Adultos em verdades cruas,
Ou canções que despertam em nós nostalgia, amor, e a transformação de um ambiente…

Você há de convir:
isso não é normal.

É perigoso.
É magnético.
É loucura.

Agora, aproxime-se.
Vou te contar um segredo.
Mas guarde-o com cuidado:

Eu me tornei um deles.
Sou um louco. Sou escritor.
E se você leu até aqui…
Bem-vindo ao jogo.

Num mundo onde o caos sussurra e a pressa nos arrasta, os livros se erguem como faróis — de silêncio e sabedoria.
Eles não são apenas páginas: são portais que os loucos abriram.
São abraços que acolhem, vozes que ensinam, espelhos que revelam.

Para cada coração inquieto, há um livro que espera, pacientemente, para ser descoberto.
E entre todos eles, a Bíblia — é o mais poderoso. ✨

A leitura é mais que um hábito.
É um refúgio.

⁠Como te direi quem eu sou, se nem eu o sei?
Não por falta de atitude, eu já tentei.
Me disseram para buscar a plenitude, mas o que encontrei?
Descobri que o conceito de plenitude é vago, uma indecência.
Somos parte, metade, somos vapor, essência...
Como saberei quem sou de verdade?
Se alguém que sabe me ler, ainda não encontrei?

⁠Os encontros são assim, despretensiosos.
São marcantes, transformadores e preciosos.
E, geralmente, quem chega ou quem espera
não entende como tudo muda: uma nova era.
Era, era uma vez, alguém que pensava ser comum.
E a mágoa se vai, e o coração de novo faz tum-tum.
E descobre que pode viver uma nova história:
um amor-amigo, amiga, uma alma aleatória.
A surpresa se dá por não estar esperando tão linda aparição,
por estar ferido, desiludido, magoado o coração.
Mergulhou na frustração, e o céu virou inferno.
Mas quem disse que o sol morre no inverno?
E desde quando a lua minguante está morta?
É o brilho que atrai, e o encantado te bate à porta.
Quando o mar veio ao encontro do mergulhador?
São as suas águas que convidam ao banho de amor.
Existem encontros que são feitos para curar,
são frutos que chegam sem você plantar sementes.
Quem é, atrai, ainda que involuntariamente.
Se bater à sua porta, deixe entrar, acredite novamente.

⁠A pressão para produzir, elimina o prazer de criar.

⁠Em se tratando de ridicularizar o ser humano, despindo-lhe de seu último resíduo de inteligência, não há sentimento que cumpra tão cabalmente esse papel maior que o ódio. Ele envenena seu portador com vingança, emburrece gênios e destitui príncipes.

⁠A felicidade e a imaturidade batem na porta ao mesmo tempo. Mas, como a felicidade nos dá uma liberdade antes inpensada, desconfiamos dela e a deixamos do lado de fora.
Quando a maturidade enfim, chega, ambas já foram embora.
E finalmente, dois indivíduos que não convidamos, disputam lugar na mesa de jantar: a experiência e o remorso.

⁠O CORAL DA CURA

Para você que, de alguma maneira, tenta sobreviver nesse mundo louco, sangrando e chorando atrás da tela e das teclas: eu te vi e te entendi. Este texto não é sobre política, é sobre você.

[...] A cada post seu, eu sinto o pulsar do seu coração, sabia? Talvez seja a primeira vez que você está me vendo, mas isso não é culpa sua. Eu te vejo há algum tempo. Bem, eu preciso me apresentar: sou dono de uma voz muito elogiada, mas o meu melhor dom é enxergar o que ninguém imagina. Eu vejo por trás do que você tenta mostrar. Eu sou você, sim, um reflexo seu: o resultado de uma batalha árdua e antiga, mas nunca me rendi. Sou os arranhões e os hematomas, as várias quedas ocultas e, por debaixo dessa pele, muitas cicatrizes não suturadas.

Não sei, pode ser que chamem isso de depressão. E se for? Bem, nunca recebi nenhum diagnóstico. Em meu peito, há uma voz que não sabe falar, mas identifica frequências de aflições alheias. Eu ouço essa sua voz que tenta se comunicar, mas não encontra ninguém que a perceba, que a entenda ou que a ajude.

Em cada post que você faz, tentando mostrar um sorriso, mas, na verdade, chorando por dentro, eu sei que carregas uma frustração inevitável. É exatamente por isso que roubas a cena com os teus sorrisos, brincadeiras ou piadas. Esse é o teu jeito de não aceitar a dor. Por isso, transborda músculos e retoca a maquiagem.

Você anda por aí disfarçando o tempo todo. Ninguém ainda conseguiu perceber a máscara que carregas. Sabe? Você não está doente. Na verdade, você talvez esteja bem; o mundo é que está doente. Eu também cresci assim, e lá em casa ninguém me entendia: nem pai, nem mãe, nem irmãos. Eu me acostumei. Eu sobrevivi. Eu sou forte. Viu por que te entendo? É que eu vivi isso também.

Você está aqui, no meio desse povo das redes sociais, onde todo mundo finge que está tudo bem. Você é essa voz da alma aflita nesse mundo de paliativos e hedonismo. Você é uma alma em busca de paz e, talvez, essa beleza que todos veem nas fotos, esse corpo maravilhoso, seja o reflexo do sorriso do seu ser celebrando mais um dia dessa sua força inexplicável ou dessa sua coragem de compartilhar o que sente, no intuito de encontrar outras vozes caladas para, juntas, formarem um grande coral de cura. Já me encontrou.

Se você é uma voz não entendida ou ignorada, faça como eu fiz: venha para Deus e se deleite em Sua paz, encontre remédio, encontre cura e seja feliz. Eu tô aqui sentado no cantinho, aqui, ó, está me vendo? Vire para cá, o lado direito... achou😂😂😂.
Senta aqui do meu lado, deixa eu te dar um abraço. Achou que ninguém estava te vendo, não é? Prazer em te conhecer, me chamo Sérgio Júnior. Qual o seu nome?

E aí, vamos cantar?

⁠Aquele momento em que você vibrou sem vergonha, sorriu livre e brincou sem medo de julgamento, ou quando acreditou com toda fé e esperança; ou ainda no momento em que esbravejou, chorou e perdeu o controle: aquela era a sua versão humana mais sincera e refinada. Não, não é maturidade.
O que faz você esconder isso, é o medo, a hipocrisia ou uma doença

⁠Se o mal fosse realmente um vencedor, em cada cidade haveria milhares de cemitérios e apenas uma maternidade.

⁠PASSOS E ATITUDES DE HERÓI

A cada dia que passa, vendo a avidez da vingança biliar do sistema brasileiro, tentando acusar, condenar e destruir a honrada trajetória de @jairbolsonaro, fracassando fragorosamente, tenho, por deontologia, de professar meu apreço e meu apoio incondicional a ele. E estou consciente de que não estou sozinho nisso.

Os passos dele são de quem possui a perfeita consciência de seu propósito de vida e, sua aparição inesperada perante seus detratores é digna de moldura.
A imagem de sacrifício por um ideal, nunca esteve tão próxima da realidade da nossa era, como na figura de liderança que emana de Bolsonaro.

Um homem que, com sua envergadura, consegue permear o debate público e midiático, mesmo sem exercer cargo público, e ainda transcender ao território jurídico, fazendo tremer a estrutura de um sistema que se arrogava inabalável, merece ser aplaudido de pé, por vários minutos.
Que se erga uma estátua para ele! Aplaudam, senhoras e senhores, aplaudam!
Temos uma lenda viva entre nós.