Coleção pessoal de SergioJunior79

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⁠ÉS
É no belo incômodo e na incongruência que a razão não aceita.
No símbolo frágil, no olhar ágil, no sorriso, na voz perfeita.
No tom que amansa o viril, nos braços que embalam o ser senil.
Na confusão de interpretação de uma fala ou pela ferida que se abriu.
Pela força similar a uma árvore que frutifica.
E mesmo quando é cortada, a força ainda fica.
Fica na memória do marido, na rua que morou, no peito do filho.
Por mais que se tente explicar, sondar, é um mistério seu brilho.
Exiges tempo, paciência, empatia e muita inteligência.
Pois a escola não pode ensinar, por não seres formula nem ciência.
És sentir, és sentar, és abraço, és diálogo e risada, seriedade e piada.
És o medo, és ciúmes, és desabafo, és grito e fé.
És o equilíbrio e a dinâmica do mundo, és a briga da brisa com a tempestade, és MULHER.
#diainternacionaldamulher
Sergio Junior

⁠NÃO E NÃO

_Fez?
Não e não quero!
_Doou?
Não, precisava para mim.
_Sentiu?
Não, não queria me expor. _Experimentou?
Não, muitos quebraram a cara.
_Pediu?
Não, gosto de ser independente.
_Conversou?
Não, não adianta.
_Escutou?
Não, tinha muito para fazer.
_Leu?
Não, não tenho tempo.
_Mudou de opinião?
Não, ninguém me muda! Sou cabeça dura!
_Compartilhou?
Não, ninguém me entende.
_Celebrou?
Não, não há nada para celebrar.
_Escreveu?
Não, não tenho nada para escrever.
_Se apresentou?
Não, já disse que não vou me expor.
_Fez amigos?
Não, só conheci gente falsa.
_Casou?
Não, para que? Para ter problemas?
_Teve filhos?
Não, dá muito trabalho.
_Trabalhou?
Não, não faço parte desse sistema.
_Viveu?
....

Não há estação errada, cores específicas ou desencontros.
O que existe de fato, é uma resistência em abandonar essa prisão de métodos e fórmulas.
É esse litígio interno que provoca toda angústia e ansiedade.
É a vida real diluindo a falsa noção de liberdade que nos ensinaram.

⁠O fulcro do mal é destruir o poder de síntese e observação, fomentar a perda da fé e sufocar sonhos impondo negatividade. Pois se for percebido, o fato de um útero trazer até quatro ou cinco combatentes e um caixão levar apenas um; e que uma cidade tem mais maternidades que cemitérios, então o bem se ergue, se propaga e cria uma nova perspectiva de vida retomando a esperança.

⁠_Não seja pueril, a terra que você semeou não se importa com seu desenvolvimento nem sua maturidade de agora; também não se ilude com a água fresca usada para regar. Ela fará brotar, exatamente a semente que você lançou.
Um pouco de honestidade e reflexão pode ajudar na colheita problemática ou maravilhosa.
Sergio Junior

⁠"Um dia, toda onda lá do meio que pensa não ser feio, quebrar o barco alheio.
Será esvaziada e morta no muro de pedra, onde todas ondas tem seus freios"
Sergio Junior

⁠Na verdade, a "TORNEIRA" pode estar ligada numa fonte de água saudável, com tubulação fluida, sólida e resistente.
Porém, ainda que o ferrugem esteja ausente, a válvula de regulagem de pressão esteja bem calibrada; o fornecimento seja famoso e competente, cabalmente hábil para extinguir a sede, só haverá mérito se houver recipiente"
SÉRGIO JÚNIOR

⁠A razão é serena e muito irônica.
Lenta como a aurora, potente como a bomba atômica.
Sergio Junior

⁠Alguém que queria se comunicar com essa dimensão, resolveu nos enviar mensagens de orientação, uma espécie de mapa.
Essa foi a estratégia mais perfeita que eu já conheci. Por saber que temos preguiça de ler livros inteiros, nos foi dada a oportunidade de lermos e ouvirmos mensagens e respostas.
Por isso, para mim, pessoas não são meramente pessoas, são mensagens e tentativas de conexão; e por se tratar de um território ainda em progresso, haverão ruídos.
É melhor prestarmos mais atenção, antes que as mensagens tão caprichadas se acabem.
Sergio Junior

⁠A NUVEM LÁ FORA
Lá fora tem uma nuvem insistente.
Todos que no abrigo estão, não desejam sair.
Dizendo que a nuvem pode matar toda gente.
Se sentindo impotente, muitos estão a desistir.
Alguns que saíram não voltaram mais.
Outros brigam dentro de casa e todos têm uma certeza.
Findou se o tempo de sabedoria, de luz e de paz.
A notícia é de morte, de dor e de tristeza.
Se irritam facilmente com quem sai sem guarda-chuva.
Quem ignora o pavor imposto e até a exposição dos cadáveres.
Gente que come queijo, toma vinho e planta uva.
Que não cede ao pânico, nem das notícias nem do
revólver.
Resta ainda a inteligência do respirar e esperar, a paciência de explorar o hiato.
De não se isolar como ilha, de se orientar em família, de brincar com o cão, beijar o filho e abraçar a filha.
Saber que a nuvem de medo esconde um segredo: que o queijo é a ruína do rato e a armadilha é o boato.
Que no fim, a nuvem invisível, acostumada a fazer muro no escuro, vai embora pois o nascer do sol da verdade a humilha; pois a apreensão não faz a estação e, nuvem nunca brilha.
Sergio Junior

⁠"Havendo genuína paixão no que fazes, seu olhar vai motivar pessoas, de modo que, troféus e medalhas serão entregues aos seus alunos".

⁠PRECISO DE ALGUÉM
Não é que em mim há alguma coisa boa ou uma solidariedade angelical.
Na verdade, pode até ser interpretado como egoísmo.
Não é que eu queira, é que eu preciso.
Eu, não consigo ser como muitas pessoas que vivem sozinhas, andam sozinhas e tem prazer em dizer que sozinhas realizaram. Isso não tem graça para mim, muito pelo contrário, acho o partilhar ideias altamente terapeutico, o encontro dos sorrisos e dos olhares uma necessidade e, os abraços, uma caixa de primeiros-socorros.
Então, esse meu desejo de levar alguém é medo do fracasso, não tenho nenhuma certeza de sucesso. Aliás, a única certeza que tenho é que, quem chega lá só, sozinho fica.

⁠⁠...Vejo-me de mãos dadas caminhando contigo na rua, depois na praia.
Eu, um simples mortal, à andar acompanhando da beleza, serenidade, ternura e paz.
Irradiação da alegria, na sua mais abrangente aparição.
Sorrimos, conversamos, almoçamos e vimos juntos o pôr do sol.
Era um mundo de felicidades, como um déjà vu.
E quando, esta aparente e distante fábula, parecia transcender à minha realidade;
Fui tomado por um súbito despertar desilusorio..

⁠⁠DESMONTE
Porque simplesmente, há pessoas que valem a pena, então rapidamente, eu mesmo me desmonto.
Sem receios, sem arrependimento, aceito doses da bebida da reformulação; anseio que mesmo um pouco tonto, haja tempo para que eu fique pronto...

⁠⁠Minha linguagem é de tato, experimental, defeituosa e inacabada.
Se sua visao é perfeita, sua audição e fala são irreparavéis, nós não vamos nos entender.

⁠⁠A beleza é rosto de contorno fino.
É cara de homem, coração de menino.
A beleza atrai, por nada poder atrair.
Por deixar saudades antes de partir.
Ela é calmaria no meio da tempestade.
Ela faz ser inteiro quem era apenas metade.
É encanto na ausência da formosura.
É propor que no abraço, pode se encontrar a cura.
Está no cheio se esvair , no diminuir o ritmo para o ninguém conseguir.
É enxergar o que alguns apenas ver.
É sacrifícar a vida para alguém viver.
Ela é ausência de querer se impor.
Com um toque, um olhar, dissipar a dor.
É no emanar suave do timbre da voz.
Acalmar o oprimido mas curar o algoz.
Beleza nunca foi o que te disseram.
Está tudo na fé daqueles que esperam.
O misterioso sentimento que faz os olhos verterem sais.
Das almas que anseiam por um pouco de paz.
Longe de curvas, corpo ou cabelo.
Verde amarelo azul ou vermelho.
Pompas , máscaras, imagens ilusórias.
Fracas exposições de pérfidas glórias.
Tudo se sucumbindo, a testemunha é o travesseiro. Forças esgotadas, pelo desejo de ser o primeiro.
Mas a beleza é a última, é a menor, é a pior.
É a pedra, é a ruga, instrumento de uma corda só.
É silêncio, é o som, é na dor ainda ser bom.
É branco, é negro, é pardo, é marrom.
É um emaranhado que se auto organiza.
É a surpresa da vitória de quem luta e improvisa.
É sentar-se no escuro e sentir a pequenez.
Diante de alguém que simplesmente tudo isso fez.
Para que e quando será nossa vez ?
Se hoje, amanhã, ou no próximo mês.
A beleza está dentro do que está lá fora.
Está no prêmio distante que eu queria agora.
Está no agradecer a quem eu nunca vi.
Mas que em todo tempo ao meu lado senti.
Esta no eu entender que o mistério é maior.
Que no nada tem tudo e, que eu só sou pó.
Beleza é o conflito dos anseios meus.
Aí fora um homem, aqui dentro só Deus.

⁠⁠SANGUE INCOLOR
O poeta é um trauma, é uma dor e a esperança.
As lágrimas não enxutas da pura criança.
As palavras que chegaram no fim da infância.
Dói hoje, sangra as mãos e a alma, só ferimentos.
Perito em destruir a realidade, esse cruel muro de cimento.
Que separa a infância do adulto, o palatável sofrimento.
Tenta traduzir em palavras, um inexplicável sentimento.
Sérgio Júnior

⁠⁠Tristes de alma, disfarçando sorrisos largos.
Anjos oprimidos, carentes de afagos.
Traídos e traidores, os multiplicadores de tensão.
Falsos, faladores, incompletos cheios de pretensão.
Dissimulados, maliciosos, trapaceiros enganadores.
Fazem o mal no oculto, em público te dá flores.
Lindos, amáveis, iluminados, prestativos e serviais.
Riem e te fazem rir, pacientes e que trazem paz.
Amantes, admiradores, incentivadores do coração puro.
Esforçados que na tempestade, te oferecem um porto seguro.
O peito quente, o ombro forte, o colo, um abraço .
É tanta boa gente que termina criando um fraterno laço.
Ali, enquanto deitado estava, a imagem refletia.
No leito da tranquilidade, nada falava, só sentia e transmitia.
Inerte, calado, limpeza e silêncio que dá arrepio.
Quanto mais perto chega, mais belo ou mais sombrio.
É o espírito revelado, como nunca antes se viu.
Fica tudo declarado no espelho da água do rio..

⁠⁠....Aqui do lado há um machucado, ainda um pouco magoado.
Corri na trilha da razão, cansei, e caindo fui alvejado.
E sarando fui de novo atingido, um pouco combalido.
Não fui banhar-me, só lavar os pés, terminei sendo submergido.
É um rio que refresca a mente, para a alma uma semente.
Poder estar presente, sendo abraçado por tanta gente.
Que gera um amor puro, como luzes de brasas incandescentes.
Amores declarados sem palavras, mas nos rostos sorridentes.
Essa gente que chega e, arrebata a admiração e assalta o coração.
Vão embora e sempre visitam, a nossa memória da emoção.
Oh! que beleza reside no amor da entrega, embora deixe tanta saudade.
Uns de perto outros de longe, outros aqui na mesma cidade.
Coisas que descobri me relacionando com eles e comigo mesmo, com verdade e humanidade.
O amor mais puro que eu conheço, é tão sábio e tão forte, que sabe ser chamado de amizade.

⁠⁠"A razão é prisão frágil se o preso é o amor. Ele foge rindo pelos poros e libera a alma do guarda. "