Coleção pessoal de sander_lee

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UM NOVIÇO NA ARTE DE BAILAR

Entre luas forjei a minha tenda
E pintei com as cores mais ‘hermosas’
E de lá fico olhando a minha prenda
Com andar das gazelas caprichosas

É de cirros a sua linda renda
De canções as nuances angulosas
E a brisa esperando que ascenda
O perfume dos versos e das prosas

Caminhei inseguro no folguedo
Um noviço na arte de bailar
Para o meu coração não há segredo

Se o ofício é compor, rir e versar
Mas às vezes pra tenda me escafedo
E me ponho somente a observar

VASTI

Paraíba, celeiro de beleza
Que a mão do Senhor aqui criou
A mulher desta plaga – natureza
É o retrato que Deus Pai caprichou

O olhar feminino é a lindeza
Que o poema mais hábil decantou
E a boca traçada na nobreza
Pra afeição do poeta é que ficou

A ternura na face estampada
Contagia quem olha e faz feliz
Esse meio sorriso e a tez corada

Enaltecem a mulher Vasti Diniz
Feito flores plantadas na estrada
E o cantar mavioso do concriz

A ESTRELA MAIS BELA

Para Luciene Soares


A estrela mais bela, especial
Intelecto fluente, invejável
Descobriu nesta vida o essencial:
Depender de Jesus, Deus adorável

E eu ‘muso’ do ser sensacional
Vou sorvendo o seu verso palatável
E a beleza da letra musical
É carinho suave, nota afável

Se a riqueza traduz felicidade
Sou mui rico, sem ter nenhum milhão
Ter você, meu amor, festividade

Poesia, prazer, paz, coração
E o olhar que vem desde a mocidade
Insuflando o meu rio da paixão

FANTASIA

Minha flor de perfume delicado
Quem me dera romper formalidades
E viver para sempre ao teu lado
Em folguedos e em festividades

E o tempo boníssimo parado
Contemplando as sensibilidades
Que despertam o olhar apaixonado
Sob um céu de suaves amenidades

E teríamos um só coração
Ideal, objetivo e gosto
Teus beijos serviriam de ração

Abraçados versando o sol posto
Se vivo no parnaso essa ilusão
Acrescento mil cheiros no teu rosto

EXCELSA

Para Luciene Soares


O meu coração que ama
Consegue visualizar
Um universo na chama
Do brilho do teu olhar

A beleza que exclama
Tanta coisa sem falar
Uma paixão que inflama
Largamente feito o mar

E os teus lábios poéticos
Feito canção de Neruda
Ditam poemas ascéticos

Falam do salmo que ajuda
Constroem versos estéticos
Fogem da coisa miúda

ILAÇÕES

Por que eu gosto das flores?
É que em meio aos fatores
Que provocam tantas dores
Eu busco nelas favores!

O que eu quero para mim?
Ter por perto um jardim
Leveza de querubim
Dizer não e dizer sim!

O que na vida é beleza?
É não ter a alma presa
É nadar numa represa
O amor vir de surpresa!

Perguntas se também choro?
Pelas coisas que imploro
Por beber água com cloro
E por alguém que exploro!

O que me apaga o sol?
Conversa de futebol
Ausência de arrebol
Pescaria de anzol!

Falar da arte mais pura?
Nada nesta vida dura
Viver na caverna escura
A tua cor não depura!

Emitir outro conceito?
Muito pode inda ser feito
Se se não viver do efeito
Que a vida é ser prefeito!

A ANGÚSTIA DO VAZIO

E como o homem é pequeno
Estuda quatro matérias
E é o dono do mundo
Forma o seu próprio conceito

Desdenha do semelhante
Escarnece do Divino
Mas demonstra a pequenez
No medo do fim do mundo

Se o mais sábio dos homens
Não disse quando era o fim...
Os pequeninos descansam

E os ‘grandes’ se alvoroçam
Na busca do que não tem
P’ra dourar o intelecto

CONFIE EM JESUS

Não deposite no amigo
Toda a sua confiança
O ser humano é falho
Você não é mais criança
Um amigo verdadeiro
É Jesus, que o tempo inteiro
É bom e não tem mudança

PRECONCEITO

Pode ver que o preconceito
É da pessoa tacanha
Querendo ensinar a Deus
Destila a sua sanha
Provoca, fere, ofende
Sua alma ao diabo vende
E p’ro diabo faz campanha

A MORAL ESTÁ DE LUTO

Então morro de saudades
Ao ver flores amarelas
Moças lindas nas janelas
Brinquedos, suavidades,
Amizades, lealdades,
Do tempo mais impoluto
Este meu olhar arguto
Não tem preconceito, não
É que percebo, ancião,
Que a moral está de luto...

O QUE DEVE FICAR

Não importa se as vicissitudes
Irrompem a tua fala
O que deve ficar
São os perfumes dos gestos amenos
Os ângulos literários
E os olhares adoçados pelo sol da manhã
O resto, ainda o excesso da língua,
É pontuação desnecessária...

UMA VELHA MELODIA

A viola toca
Uma velha melodia
E as lágrimas fazem cócegas
Na pele curtida
Não é a arte que transporta
Mas a lembrança
Que faz pulsar
O coração tão jovem
Num corpo com as restrições
Do tempo, da vida, das ausências...