Coleção pessoal de rulyanm

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O mundo tem uma competência lesiva extraordinária, e exerce tal competência seja quando uma pomba caga no para-brisa do teu carro ou mesmo quando você se apaixona perdidamente por alguém.

O homem que sofre de um estado catártico crônico é como um homem que sofre de problemas estomacais, que tem náuseas o tempo todo: ambos levam a vida vomitando.

Sempre haverá um choque entre as tristezas que você não quer viver e os compromissos que você assumiu.

O peso de si é enorme; poupe suas costas do peso de cadáveres acumulados. Se for carregar algo, carregue algo vivo.

O diploma serve apenas para constituir uma espécie de valor mercantil do saber. Isto permite também que os não possuidores de diplomas acreditem não ter direito de saber ou não serem capazes de saber. Todas as pessoas que adquirem um diploma sabem que ele nada lhes serve, não tem conteúdo, é vazio. Em contrapartida, os que não têm diploma dão-lhes um sentido pleno. Acho que o diploma foi feito precisamente para os que não o têm.

A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.

Escapei aos tigres
Nutri os percevejos
Fui devorado
Pela mediocridade.

Alguns rasgos da minha dor são, em última instância, apenas rasgos. Algumas vísceras de um corpo frio, sem vida, que está aos poucos se decompondo.

Às vezes é melhor dar não só um "block" nas redes, mas na vida.

Eu sei que você tem muitas qualidades, e dentro dessas qualidades obviamente também alguns defeitos. Inclusive, confesso que sempre esforcei meu olhar com o intuito de realçar somente suas qualidades, cegando-me em relação a alguns traços bastante obscuros em ti.

Mas o tempo talvez tenha curado essa minha cegueira, essa minha estupidez. Comecei a olhar as coisas "de cima", e como alguém que ficou anos sem a luz do sol, finalmente acordei com o sol queimando meus olhos.

Já não sabia se eu tinha criado um monstro - mesmo que dentro de nós - ou eu era o próprio. Lentamente comecei a tomar coragem de ficar de frente ao espelho e descobri que não existiam monstros.

Neste processo, acabei percebendo que além de deixar de lado a ideia de monstros, percebi que a questão girava em torno de pessoas. Pessoas, apenas. Nem boas, nem más. Nem fartas de qualidades, nem defeitos. Algumas cegas em relação às outras, outras nem tanto.

Hoje tento entender se não estou retornando à maldita cegueira - mesmo que inconscientemente. E mesmo que eu não consiga saber a dimensão deste entendimento, considero importante ter consciência de suas próprias vulnerabilidades a fim de não deixá-las entrar pelo fresto da porta.

Segunda-feira.

Dia de reclamar que o final de semana "voou", afinal, sequer deu tempo de vomitar o porre todo. Seu time perdeu. Seus parentes chatos o incomodaram. Enfim, você acordou querendo morrer de fato.

Anime-se, colega, pois a morte é o futuro. Olhe o futuro e anime-se!

Como eu resolvo o problema se eu sou ele?

Aperte os laços, mas deixe-os frouxos se quiser.

Relacionamentos são dádivas ambíguas, vez que oscilam entre o sonho e o pesadelo. E dificilmente - quase nunca - conseguimos distinguir quando um se transforma no outro. A complexidade do tema é profunda. Mas resulta daí que as dualidades, sejam elas a atração e a repulsão, o contentamento e o descontentamento, enfim, recaem numa espécie de paralisia do agir.

Agradeço todos os dias pela existência de vocês, benzodiazepínicos.

É difícil entender as razões que compeliram um indivíduo a praticar o mal. E o bem também.

A gente faz terapia pra se apaixonar por si mesmo.
(Julinho)

Enquanto existir fingimento de mudança, aí haverá ausência de mudança. Mudar uma pedra de lugar demanda esforço: é necessário arregaçar as mangas, calejar as mãos... Fingir que a pedra não está mais no seu lugar original, não muda o fato de que ela ainda, sim, está lá.

As pessoas perderam a capacidade de dizer não, não quero, não estou afim. Articulam uma mentira fabulosa, sendo que seria muito mais fácil e prático um simples não.

- Eu? - exclamou Tompkins. - Você me chama de vadio porque levo uma vida um tanto equilibrada e encontro tempo para fazer coisas interessantes? Porque me divirto tanto quanto trabalho e me recuso a transformar-me num escravo monótono, enfadonho?