Coleção pessoal de RPaes

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Às vezes o silêncio é a melhor resposta, especialmente quando as palavras já se esgotaram e, ao invés de compreendidas, elas foram interpretadas.

Quando nascem as flores
Nos jardins do coração,
Quando os sonhos do poeta
Se perdem na imensidão,
Quando os desejos batem asas
Sobre as chamas da paixão
É o amor que vai surgindo
Nos débeis caminhos da solidão.

Descobri que era feliz
Na serenidade de teu olhar,
Nos louros de tua fronte,
Na beleza de teu sorriso.

E quando a lua da Primavera
Prateia na escuridão,
Sinto a magia de teus lábios
Trêmulos de emoção
Sussurrando promessas de amor
Por entre as brumas de minha ilusão.

O ser humano nasce no plano físico para purificar o espírito de erros passados, e não para contrair novas dívidas. A cada nascimento físico, o homem deveria ver a chance de dar passos à frente em sua jornada evolutiva, mas acaba por cometer erros novos que retardam infinitamente seu progresso espiritual. Mas o que importa nisso tudo é que Deus, em sua infinita misericórdia, permite a todos este ir e vir, de um plano a outro, como oportunidades de crescimento. As pessoas que aproveitam cada ciclo de vida física para fazer apenas o bem, abstendo-se de fazer o mal, conseguem retornar ao plano espiritual cada vez mais enriquecidas de luz e paz. É para isso que se nasce sucessivas vezes.

Deus não limita oportunidades para a felicidade do ser humano. São infinitas. O tempo que irá durar para se atingir o estágio de plenitude do progresso espiritual só depende da conduta pessoal. E nisso o Ser Maior não interfere.

Sejam quantas vezes forem que você caminhar num jardim, preste atenção nas flores. Em cada cena, elas se mostram de uma forma diferente e única. Às vezes são as vermelhas que se destacam, às vezes as amarelas, às vezes as brancas. No inverno, são as folhas ressequidas que nos saltam aos olhos. Nem por isso rejeitamos o jardim, pois sabemos que a primavera novamente virá e trará de volta as cores e o perfume, para o deleite de nossos sentidos. Assim é a vida. Feita de ciclos, com turbulências e calmarias. Desistir nos momentos de crise seria como desistir do jardim durante as estações.

O amor maior que nutrimos por alguém não necessita do encontro físico para acontecer; ele tem residência fixa dentro de nós, e quanto mais procuramos pelo rosto ou pela presença da pessoa que amamos e que nos deixou, maior a certeza de que sua parte mais importante para nós habita dentro de nosso próprio coração.

O som das águas do rio é algo que traz à alma impressões ímpares de tranquilidade e nos remete às nossas origens, no ventre materno.

As pessoas devem dispensar as hipocrisias de uma falsa despreocupação absoluta com o belo, pois foi Deus quem criou a beleza, e a fez de forma relativa, a fim de que pudesse ser apreciada sob todas as óticas, de acordo com a percepção de cada um.

Não há nada no mundo que não seja belo. Por isso, os gostos das pessoas são diferentes, para que as diversas formas de beleza possam ser apreciadas, de acordo com a cultura e a percepção de cada um.

A verdadeira beleza é aquela que vem da luz que a alma irradia, de dentro para fora, como uma força magnética que encanta e atrai.

Amor é um sentimento individual e único, ao mesmo tempo em que universal e contagiante. Muitas pessoas acreditam que dependem de encontrar alguém para sentirem amor. No entanto, o amor existe dentro de cada ser humano, independentemente de ser ou não compartilhado. Aquele que possui amor no coração é capaz de irradiar este sentimento a todos os seres do universo.

Não há provação injusta nessa vida. Todas as intempéries pelas quais o ser humano passa, são adubos para o florescimento de sua vida.

Deixe as flores nascerem nos jardins de seu coração e encha-o de amor. Inevitavelmente toda a tristeza se dissipará e ele lhe trará um novo sentido à vida.

As crises têm sempre o lado positivo, que não conseguimos compreender quando estamos enfrentando problemas de grandes proporções. Entretanto, não existe tempestade que dure para sempre. Até o dilúvio, que devastou o planeta, terminou um dia com um arco íris.

Deveríamos ficar felizes com a morte, por representar o encerramento da missão aqui na Terra, e preocupados com o nascimento, por trazer consigo uma gama de provações durante uma vida inteira. No entanto, a gente acaba deixando nosso egoísmo humano predominar nessas horas: choramos quando deveríamos rir, e rimos quando deveríamos estar com o coração angustiado. Para quem nasce e quem morre, imagino que as sensações sejam exatamente opostas às que sentimos.

A verdadeira felicidade está diretamente ligada ao amor e às coisas mais simples que povoam o cenário de nossas relações afetivas mais profundas. Os bens materiais são transitórios. O amor é eterno e nos acompanhará quando transpusermos as barreiras para o mundo espiritual, ao abandonarmos o corpo físico.

Ore e trabalhe naquilo que lhe é possível. Tenha fé na mudança e esta virá. Acredite que há um Deus olhando por você, e ao seu redor existem irmãos invisíveis que podem auxiliá-lo na busca de uma vida melhor. A fé lhe trará inspiração. O trabalho proporcionará a mudança. O segredo é a resignação para aceitar a ordem dos acontecimentos e força para não sucumbir ao próprio desânimo.