Coleção pessoal de Rose05

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Um mundo que se mostra por dentro e se esconde por fora. Estou diante de uma novidade: em vez de me esconder para dar impressão de que escrevo fatos reais, me exponho, para deixar bem claro que o que escrevo é ficção.

Eu não gosto de captar o máximo. Capto o mínimo escondido, com a sensibilidade sempre em ebulição, como uma criança quando descobre o encoberto.

As soluções, muitas vezes, estão muito além do tempo de hoje. E eu bem sei disso. Pudera eu ter as chaves e já estar lá.

A ilusão fere - e muito. Isso acontece porque quando ela cai, tudo que foi fundado sobre ela, cai junto.

O ingrato não tem memória, esquece de todos os benefícios recebidos. Dos abraços, das promessas, das alegrias repartidas e vividas em conjunto. E ele é o tipo de homem, embora humano, muito necessita crescer para se considerar como verdadeiro participante da Humanidade.

E como é difícil lidar com esta situação incorporada na vida, na qual você escreve histórias e na hora "h", te fazem de mero-personagem, e o autor passa a ser outro.

A crítica pode destruir sonhos, não faz de quem a proferiu uma pessoa melhor e tão pouco impulsiona quem a recebeu.

Sinceramente, não estou com um pingo de saudades lá de baixo, não. Encontrei a peça-chave para manter-me no topo: o aconchego de um verdadeiro amor.

Podamos os sentimentos negativos utilizando o mesmo círculo: pagarei pela raiva que sinto; então finjo não senti-la.

Aquarela da vida

E a vida segue, doendo, rasgando e... ensinando. E eu aqui aprendendo, ganhando cada vez mais a consciência dos meus atos e de minhas escolhas. Não ofereço, não faço e não ajudo ninguém sem que eu seja solicitada. Não sou mais a indispensável, a faz-tudo. E mesmo quando solicitada, antes de eu dizer sim, claro, questiono se quero fazer, se tenho tempo... e se eu perceber qualquer dificuldade de minha parte ou falta de vontade, respeito-me... e digo "Sinto muito, não dá."
Não estou egoísta. Mas aprendendo a valorizar a mim mesma, aprendendo a respeitar as minhas vontades, aprendendo a ganhar consciência de mim e de meu lugar no mundo e nas relações. Percebendo o quanto mereço ser bem tratada, assim como muito bem trato a quem eu amo.
Antes minha ajuda era fácil demais, eu estava sempre disponível, a faz-tudo... e a tendência disso era: eu preenchia vazios que também era de responsabilidade dos outros - o que parecia para estes (os outros) ser simples e fácil para mim; é aquela velha história: se tem muito, é barato e, em alguns casos, até desvalorizado; se tem pouco, é caro, é valioso.
Agora parto deste princípio: custo caro, tenho valor!

Ao lado do perdão, considero o desapego um dos aprendizados mais difíceis desta vida. Vivendo, caindo, reerguendo, tentando, tentando... Um dia quem sabe eu chego lá!

O tempo é implacável. Ele não nos faz esquecer, mas sim tirar o que é importante do centro das atenções.

Chuva fina que cai, vento frio que vem...
Mas eu estou tão inteira
em minha total alegria
que o cenário que pinto
é de um poema ao sol

Sou eu sorrindo pra vida,
a vida sorrindo pra mim
É minha alma em festa,
que contempla e contempla
a sinfonia vagueante
_ de chuva mais frio _
trepidante e barulhenta,
mas chã, deixando a todo vapor
minha vida alagada
de esperanças e de amanhãs.

Não importa se chuva ou frio, acredite, somos nós quem pintamos o dia.

Entre um sorriso e outro, quando não der pra segurar, chore - e o quanto quiser, isso é bom, alivia. Mas não deixe a sua dor tomar conta ou ser maior que você. Mantenha os pés no chão, equilibre-se! A única responsável pela sua felicidade, acredite, é você mesma! E isso não é papo furado de auto-ajuda, é verdade!

E depois a gente percebe que certas pessoas nos cansam, por mais que isso pareça estranho. Então é hora de se ter um pouco mais de orgulho, de amor próprio e mudar. Só não podemos exagerar nisso tudo, porque aí nós passamos a ser o vilão da história. Sejamos equilibrados, assim agimos de maneira adequada. Ainda que seja difícil, que nos faça sofrer inicialmente, melhor sofrer inicialmente por um momento do que sofrer para sempre por não ter feito nada, e pior: aguentar a quem nos cansa. Não somos obrigados!

Quem realmente nos ama, percebe a falta que fazemos e nos valoriza.
Sejamos sempre nós mesmos e mudemos o que não nos faz bem.

Pode parecer mentira, mas não é. É verdade. O nosso caminho, por mais pessoal que seja, passa pelo território particular alheio. E é assim que se formam os elos, também pelos caminhos.

Somos vida, acredite, em constante energia turbulante. Que agita, cai - mas levanta, e cresce. E ao mesmo tempo também se amansa e se recolhe em descanso.

Necessito de silêncio
para ouvir-me.
Silêncio de asas
pousadas.
Sou mulher de silêncios
construída.
Do silêncio retiro o meu sustento.

Se o coração é rebelde, melhor que a chave seja logo encontrada.