Coleção pessoal de rosaangela

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Simplesmente, rosa

Rosa vermelha, branca e amarela
A rosa simplesmente rosa
Cantada em verso e em prosa
A rosa que enfeita e que alegra.

Pelos campos, igrejas e nas festas
Entre todas as flores escolhida
Sempre formosa e mais bela.

É lembrada nos dias de festas
Sua pureza e beleza sem fim
Para as mães é oferta singela
Onde a procuram pelo jardim

Quanta ternura demonstra a rosa!
Quanta beleza nos vem invejar1
Sua presença é paz e carinho
Que a todos se deixa encantar.

Seu perfume puro e adocicado
Numa manhã cheia de orvalho e cor
Não só encanta a natureza viva
Como dá vida à tristeza e à dor.
(Rosa Ângela) março/97

Prêmio informatizado


Num instante eu começo
as minhas coisas organizar
e um... dois ... três...
a tela começa a me mostrar.

Depois de alguns cliques
minhas informações prontas
vou buscar
mas quando não as tenho
prontas
abro uma pasta e
começo a digitar.

Rapidez e competência
muita habilidade nas mãos
escrevo textos, insiro figuras
e os meus trabalhos, a
cada dia que se passa
vão ficando sem comparação.

Agora mesmo eu descobri
e jamais esquecerei
o estêncil que tanto uso
para atividades escolares
já não são mais precisos
serem feitos dactilografados.
Coloco-o na impressora
e tiro como numa folha qualquer.
Ufa! Que descanso.
Que maravilha de trabalho!

O computador passou a ser
na minha vida profissional
além de instrumento de trabalho
um local onde me proporciona
cultura e prazer.

Às vezes, sinto-me orgulhosa
por tudo isso que tenho.
Vejo-me tão poderosa
diante de tamanha invenção
que facilita meu trabalho
diminuindo meu cansaço
no processo da educação.

Quando preciso de vários textos
já não preciso sair à procura
de uma máquina emprestada
ou de alguém que me ceda xerox.
Imprimo no meu computador
que ainda não lhe dei um nome
logo, logo vão saindo
as cópias necessárias
para minha satisfação
e necessidade dos meus alunos
que eu ensino com firmeza,
sabedoria e muita dedicação.

Tudo isso agora tenho
e foi algo muito almejado
talvez até, quem sabe,
desejado.
Senti por muito tempo
demorar em adquiri-lo
mas não sei se foi por
merecimento
ou por força do destino
que ganhei do meu Irmão
que muito se preocupa
com o bem estar das pessoas
e que tenho certeza
de que em toda a sua vida
só bons frutos colherá,
pois a muitos ele ajuda
sem orgulho, só razão
de apostar que um dia
e em algum lugar
alguém estará fazendo bom uso
daquele presente
que lhe foi oferecido.

Muito obrigada, meu Irmão!
Com carinho, Rosa Ângela
23/12/00

No terminal rodoviário

Olhem os ônibus chegando!
Devagar, cheios, quase parando
De repente abre a porta
Para sair a tripulação
Uns sem preocupação
Outros apavorados
Querendo sair às pressas
Para num outro ônibus entrar.

Quanta correria...
Vêm com passos largos
Os olhos ao alto a procurar
Será o meu ônibus estacionado
Ou ainda terei de esperar?

Uns com mochilas pesadas
Trazendo suas marmitas.
Outros com sua bolsa a tiracolo
Materiais didáticos, livros, sacolas
Numa correria para a escola.

É muita gente que vem e que vai
É um encosta-encosta, empurra-empurra
Todos querendo chegar
A um destino que só Deus sabe
Onde vai parar.

As filas cada vez mais longas
A busca por um assento
A lotação é incômoda
E o cansaço se estampa
no começo da manhã.

São rostos desconhecidos
E também desfigurados
Muitos demonstram cansaço
Outros tranqüilidade,
Talvez até dopados.

E lá se vão acomodados, incomodados
Segurando como podem
Equilibrando-se dentro do coletivo
E a atenção na rodovia
Indo cada qual para o seu destino
De um novo dia.

Rosa Ângela

Meu pé de romã

Lindo, com folhagens exuberantes
As flores desabrochando em cachos
Os frutos sendo formados um a um
E os pássaros de galho em galho
De flor em flor
Á tarde e pela manhã
A cantar, a pular, a brincar
No meu encantado pé de romã.

Romanzeiro que mais parece
Uma árvore de natal
Com seus frutos multicores
Às vezes pardos, outras vezes amarelados
E também verdes e avermelhados.

Quando pequenos; bem fechados
Quando maduros; explodindo em frestas
Mostram suas sementes vermelhas e inchadas
Que soltam o néctar suave e adocicado
A alimentar os passarinhos
E fazer bem aos vizinhos.

Oh! Meu pé de romã
Planta nobre e singela
Da natureza a mais bela
Uma árvore colorida
Que faz sentir bem às gargantas
Faz soar a mais fina voz.
Não saia do meio de nós!

O vento que balança seus galhos
Selecionando suas pequenas folhas
As vivas e frescas permanecem
E as amareladas já se entregam
Pelo chão, pelas calçadas e pelos corredores
Espalhadas, prontas a serem destruídas,
Catadas, sopradas e varridas.

Meu pé de romã sensível e amado
Não grita, não demonstra sentir dor
Não chora nem denuncia
Que há pessoas que guardam rancor
Que não têm sensibilidade nem amor
De sentir o quão maravilhoso tu és!








Meu romanzeiro tem um inimigo
covarde, sem coração
Ou de coração duro, impuro
Que tem os olhos voltados para a escuridão
Que só enxerga a poluição
Não tem olhos sensíveis à natureza
E não suporta o seu misterioso ciclo
De ver florescer e brotar
Dar frutos, desabrochar.
E pelo chão suas folhas se esparramar.

O inimigo é insensível
A ele tudo parece ser em vão
Não percebe a presença amiga do romanzeiro
Então num golpe sujo e certeiro
Ordena a um infeliz inconsciente
Que ponha abaixo os galhos carregados de frutos
Galhos que acolhem passarinhos
Que dão sombra ao pequeno Bili verdinho.

Meu saudoso e querido romanzeiro
É indesejado e penalizado
Pelo chão é desabado, estirado
E com ele toda a alegria
De seus admiradores amigos!

A primavera não será mais a mesma
O Natal não terá o mesmo sabor
Onde os pássaros marcarão seus encontros
Nesta cidade de pouca cor, por que não incolor?

Resta-me olhar o espaço vazio
Um muro inerte e sombrio
E ficar a espera da brotação
Que lentamente surgirá
Como a lua a nascer por detrás dos montes.

Oh! Que saudades que estou
Do meu esplêndido romanzeiro
Que dava sombra e alegria
A minha família e aos passarinhos.
Oh! Que melancolia!

Hoje o dia não é mais o mesmo!
(Rosa Ângela)

Festa Junina

Com rimas e versículos
através deste poemeto
queremos que todos façam
um animado coreto.

Usando substantivos estudados
de gênero, número e grau
falaremos de uma festa
que todos acharão legal.

Nesta festa vem caravanas
de tertúlias, súcias e camarilhas
vem farândolas curiosos
observar a girândola e a quadrilha.

A rádio da cidadela
está sempre a anunciar
que não faltem à festança,
onde teremos: banda, bandeirolas
e fogueira para pular.

Durante a festa junina
os rapazelhos servirão:
os pés de moleque, as porciúnculas de batatas-fritas,
os guaranás, os champanhas e os quentões.

A multidão está ansiosa.
Os mocetões, as mocetonas e os anciões
ganharam picadas de zângão e,
logo começaram as comichões.

A quadrilha começou
é uma dança de par em par:
o colega com a colega, o aluno com a aluna,
até o frei e a soror dançam sem parar.

As pessoas que dançam
criam uma nova identidade.
Se vestem de farândola e até de panapaná,
deixando fantasiadas a ruela e a cidade.

Na plateia, lá pelas tantas,
debaixo de uma linda constelação,
se ouve um vozeirão.
O batalhão ficou atento,
pois havia uma coorte
querendo acabar com a animação.

O cabeça da coorte foi preso,
o anátema foi feito.
Tudo voltou ao seu lugar
o arraial não foi desfeito.