Coleção pessoal de Rita1602

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Meu livro é uma imersão profunda da alma.

Viver sem a intenção de buscar algo que não está alinhado aos interesses do todo seria o ideal.

Para vencermos o grande inimigo, é necessário encontrarmos o grande propósito: Deus.

Nossa vida está ligada ao nosso comportamento perante os acontecimentos.

A guerra serve para repensar os momentos de paz e a paz, por sua vez, nos lembra das turbulências internas que já enfrentamos.

Desafio


Eu sempre desafio o mundo. Desafio porque quero provar certas coisas que nem eu mesma sei se estão certas ou erradas. Só sei que sou capaz – capaz de qualquer coisa. Sou forte o suficiente para seguir sem me ferir.


Essa luta de provar algo é para que eu mesma entenda. Porque a vida não quer saber de provas; ela exige demonstrações. A vida quer que eu assuma meus erros e meus acertos. Quer que eu supere os obstáculos.


E eu, sem entender seus propósitos, sigo vivendo.


Rita Padoin
Escritora

Conexões Silenciosas


Durmo e acordo com você em meus pensamentos. Será que isto é normal? Faço essa pergunta diariamente.


E a resposta vem silenciosa: é claro que é normal. Conexões são assim. Almas se comunicam e se entendem. Por isso, os pensamentos estão sempre alimentados de imagens com pessoas que se comunicam conosco.

A Voz interna


Há dentro de mim uma voz que me chama sem cessar. Essa voz tem o poder de me tirar do eixo e me deixar fora de mim. Tento me conectar a ela e entender o que está acontecendo. Tento reorganizar minha vida. Tento interiorizar tudo que me atormenta.


Tento eleger um guia para me ajudar a caminhar sem me perder no meio do caminho; tento compreender essa voz e negociar com ela. Sentar em um lugar tranquilo e perguntar o que ela quer de mim.


Esta pressão é uma loucura. São tantas provocações, tantas buscas para entender todo o processo. Sei que algo está confuso, mas é difícil olhar para dentro. Quero ser alguém sem fantasmas. Alguém menos complexa. Ter o poder de comandar a própria vida sem que essa voz interfira.


As idas e vindas são um mistério. Todos os dias tem novidades. Há algo que pressiona minha cabeça de tal forma que, por instantes, penso que a morte chegou para me buscar. Quero muito entender esse emaranhado que mais parecem fios e mais fios – como aqueles que vemos nos postes de ruas: olhamos e não conseguimos compreender como funcionam.


Todos os dias, antes de entrar em casa, deixo para trás tudo o que pesa. Tiro os calçados, as roupas, e me banho de paz e harmonia. Depois do banho, visto roupas leves e, com os pés descalços, caminho pelo jardim. Observo os verdes vales naturais formados entre as montanhas e me delicio com tanta beleza.


Diante de tudo isso, fico mais calma. Parece-me que a voz se afasta – ou talvez tenha se cansado de mim. É somente com a mente vazia que consigo me libertar e seguir em frente.


Quando me entrego de alma e espirito, limpo a mente e faço a voz se calar. Ela sai de dentro de mim, e eu me sinto leve. Consigo enxergar além da carne. Consigo entender muitas coisas e caminhar pelos verdes vales apenas sentindo o aroma do fim de tarde.


Rita Padoin

Sinto a tua falta como sentiria a ausência do ar.

Quando compreendermos o nosso legado aqui, todo o resto fará sentido.

O medo abandona nossos sonhos pelo meio do caminho.

Nenhum homem detém poder se não souber utilizá-lo.

Reciclar é uma maneira saudável de contribuir para a preservação do meio ambiente.

Eu me faço e me refaço até chegar no fundo – e renasço, como se o mundo me carregasse em seus braços.

Estava tudo saindo como planejei, até que uma tempestade de emoções me envolveu e tudo desabou.

Vida são todos os seres que nela habitam, portadores de uma magia capaz de nos revelar a sua verdadeira magnitude.

Vivemos cercados por ilusões e indecisões, e só não tomamos as rédeas da vida, por falta de persistência.

Atingir um objetivo é persistir naquilo que se deseja.

A Paz é a arma da verdadeira dignidade.

As Paredes que me habitam


Enquanto as coisas permanecem confusas, estendo as mãos e me esforço para entender o que possa estar acontecendo. Crio minhas próprias expectativas dentro do que me sinto segura. São todas as minhas loucuras presas num quarto escuro – e, por enquanto, não pretendo soltá-las. Em cada canto desta casa, as paredes estão velhas e desgastadas. Preciso me organizar e compreender o que aconteceu. Encontrar a casa neste estado, me abalou demais.


Não esperava que as coisas estivessem assim – tão desoladas, tão esquecidas, tão abandonadas. Estou tentando recolocar tudo no seu devido lugar. Tornar o ambiente habitável, leve, respirável. Só assim, conseguirei sobreviver em meio a este caos – nesta bagunça que ficou entre a ida e a volta.


Há palavras soltas dentro de mim querendo se libertar. Há gaiolas invisíveis tentando me prender. Há lágrimas presas, querendo sair sem ser convidadas. Quantos dias de esperas...os minutos são lentos, e as horas se arrastam como cobras rastejando pelo chão. A vida é um estranho caminho a percorrer. No silêncio das noites frias e intensas, sinto minhas emoções aflorarem de tal forma que não consigo contê-las. No intervalo das minhas decisões, revivo meu passado – ele me parece tão distante! É como se eu nem tivesse passado por lá. O meu presente, na verdade, é o que me mantém viva, pois é nele que habito neste momento.


O presente vibra dentro de mim. Sinto uma energia forte. De um lado, um sopro sussurra dizendo que preciso viver intensamente. Do outro, meus instintos me sacolejam para que eu acorde. Mas como viver o hoje com pendências? Com coisas que precisam ser resolvidas, e pessoas precisando de mim? Não tem como viver como se não houvesse amanhã se essas pendências continuam batendo à minha porta. De que adiantaria viver com o peito apertado, com a angústia me sufocando? Não adiantaria nada. Só consigo viver bem se eu estiver em paz.


Espero que todas essas pendências sejam resolvidas o quanto antes. O tempo está curto. E o tempo que me resta parece escapar pelos dedos. Mas, se tudo se resolver logo, caberá a mim aproveitar o pouco que resta – com leveza e com sabedoria.


Rita Padoin