Coleção pessoal de remaximi

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Não sei ser contida, discreta.
Brigo em voz alta, rio em voz alta, sinto em voz alta.
Sou feita de barulho e de verdade.
Murmúrio não faz parte de mim
e quem não gostar, que tape os ouvidos.

Me acolha em seus braços, me receba com o calor do seu amor
preciso de atenção, de zelo e muito mimo
prefiro ser orfã que filha da indiferença.

Delicadeza é semente que faz brotar sorrisos.

Vem fazer festa para os meus olhos
posso ouvir meus cílios aplaudindo sua chegada

Sempre vejo de forma positiva quando alguém precisa ficar sozinho,
repensar os fatos, se reciclar, se redescobrir em meio aos escombros emocionais

É preciso sabedoria para fabricar a paz
em momentos de guerra interior

para termos a confirmação de que somos feitos de céu, de sonhos

para reencontrarmos nossa essência estrelada.

Era certo que eu me apaixonaria por um poeta, que vive de sonho e de palavra.

Não me vejo ao lado de um executivo por exemplo, muita formalidade, de um médico, muita ausência...
Eu preciso de palavras cristalizadas ao pé do ouvido, gestos melados para lubrificar as dobradiças das janelas da minha alma.

Sou incompleta, inacabada
me descubro e me surpreendo todos os dias
criatura feita de terra e vento
de palavra e reticências...

Eu sei que faço bico quando me chamam de ciumenta
e sei que fico brava quando dizem que isso é coisa de gente insegura.
Discordo veementemente e assumo que tenho ciúmes dos amigos, dos sobrinhos, da família, do meu amor, dos meus livros, dos meus vestidos e brincos.
Não é insegurança ou egoísmo....

é a certeza de que ninguém cuida melhor deles que eu...rs

Não sou de meias palavras, olhares atravessados, meias verdades, meio quente,
meio lúcida, meia boca...

gente morna me embrulha o estômago.

Se eu, só sei ser inteira, por favor não me venha com metades.

Sou feita de gavetas...
lembranças amassadas, vestígios de infância, peças ousadas,
dobradas, perfumadas, bagunçadas, profundas, escuras, trancadas.

Não sei ver o mundo atrás das cortinas, dessa falsa proteção.
Eu preciso do perigo, da incerteza, da alma em festa,
preciso da vida bagunçando meus cabelos
como se eu fosse feita de vento.

Eu gosto do que me inquieta
sair da rotina, dos trilhos,
perder o fôlego, a pose, o rumo, o sono
tenho preguiça do sossego, ele me deixa chata.
Quietude só na alma, meu corpo precisa ouvir meus vasos sanguíneos.

Tudo se perde a minha volta
quando sou abraçada por seus olhos.

Sei acompanhar a correria dos dias, mas hoje, o barulho tá pedindo silêncio.
Quero ficar quieta, serena, ouvir o que a chuva tem pra contar.

Você viu quem saiu em disparada?

Não. Quem?

A saudade. Ouviu seus passos e se assustou.

Minha vó Duca

O mensageiro do vento na minha janela emitia o som da nossa ciranda

favorita, acho que era você soprando do céu pra ele dançar e me ninar.

Dormi serena e acordei com o cheiro do seu abraço...

Me conhecer é percorrer um terreno minado..
é preciso cautela e paciência.

Meu corpo mantém o movimento frenético dos dias, reuniões, decisões, exaustão.
Mas o coração se mantém intacto, caminha tranquilo de braços dados com a serenidade
como se eu fosse feita de aço e de flor.

Lágrimas não combinam com amor...
lágrima é o amor se afogando, pedindo socorro
é chuva por dentro

Amor é essa coisa que faz a gente ser feliz por nada
é esse sol que sai do coração e ilumina tudo.

Ele me tem de um jeito como nenhum outro conseguiu ter.
Desperta meu corpo, liberta meus sonhos
aceita minha praticidade, alimenta meus devaneios

tem o dom de limpar a terra das asas dos meus pés.