Coleção pessoal de Raimundo1973

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Nada tenho, também nada te peço. Obrigado.
Não vou sonhar a tua fortuna, nem desejar o quanto tens conquistado.
A árvore não deseja ser outra árvore — ela sabe o quanto é importante e necessária para o planeta...

O que posso te oferecer hoje é um vazio acompanhado da solidão — sem vista, sem direção, sem nenhum benefício ou acalento de mim.
Amanhã, talvez, novos horizontes estejam ao nosso redor; hoje, nada tenho para te ofertar.

Aprenda de cor e aplique na prática da rotina: é fato que quem faz as mesmas escolhas todos os dias dificilmente comete erros.

Você pode até pensar ou dizer que sou fraco, que anseio por desejos e carrego o símbolo de um fracasso. Mas se couber te amar, será por todos os meus dias.

Recuso-me a somar o tempo ruim que nada significou em minha vida. Estar feliz, em paz, vivendo o amor e abençoando, é o tempo em que aprendi a sorrir.

A confiança molda, edifica e revela que protege a pouca esperança de alguém.
De repente, o vento passa e balança, distorcendo o equilíbrio; a sintonia se fragmenta em fagulhas.
Nos pedaços de esperança abraçados repousa a segurança no mesmo lugar — afinal, a promessa nem sempre vence o combinado.

Não tenho respostas para te dar, foste tu quem aprendeu a responder por mim.
Tua voz não habita meus pensamentos, e tuas palavras já não saem da minha boca.

Não é que ser diferente leve a outro lugar, é que a diferença incomoda quem se acostumou com a mesmice de sempre. Ser diferente não carrega o atraso do mundo; tem luz própria, nasceu para desbravar novos horizontes.

Depois da curva, o equilíbrio, a paciência e o silêncio recuaram no espaço vazio. Depois da curva, não há muito o que fazer — até o tempo mudou de rota.

Eu me vi como um lobo solitário feroz, a ponto de não dividir o orgulho. A vaidade compromete outro caçador. Mesmo um lobo feroz é melhor do que eu, pois ele está sempre disponível para a matilha em prol da vida.

Aquele que não incomoda é apenas um observador, acostumado a viver sem grandes exigências; o pouco que tem é o suficiente para viver.

O passado passou pela curva do rio para lavar as mágoas e redimir-se das impunidades banais. A roupa não muda o caráter de quem está em decomposição; afinal, quem aborreceu o passado não será esquecido na curva do rio.

Tua luz não está por trás da montanha por acaso; é lá que estão aqueles que desejam ver teu brilho para permanecer na luz.

Atravessaste o deserto a passos lentos, dividindo com o sol cada grão de areia escaldante, implorando aos céus por misericórdia, para que a lua viesse acalantar as gotas do teu suor.

Promessas esquecidas de um amor forasteiro, sem compromisso com o próprio amor.

O lado bom de estar bem não supera expectativas para quem nada tem.
Um bom exemplo é aquele que, por não possuir nada, também não sonha desejando o que é do outro.
Afinal, de que vale ter tudo, se na soma final ninguém tem nada.

Mangou de mim no momento em que eu estava vulnerável aos teus acalantos.
Mangou e, ao mesmo tempo, saiu da minha vida,
deixando as amarras do desprezo —
um jogo perigoso.
Fechou a porta, restando a saudade,
a lembrança afundando num pântano esquecido.
Mangou de mim antes do adeus.

Na hora da agonia, de noite e de dia, onde estou, há pouca alegria.
Na hora da dor, nem a calma rezou, tamanha foi o pavor.
Nas horas amargas, não há santo nem milagre que adoce a vida.

Sim, o tempo varreu para longe de nós toda a lama acumulada no pântano que nos oprimia, sem nos trazer benefício algum.

Tentei me enganar de tantas formas,
até apagar as cicatrizes com a tua saída.


Me recordo dos sonhos, companheiro,
onde guardei tantas bobeiras com a tua partida.


Vou vivendo ao acaso,
pra não guardar lembranças
da tua saída já programada.


Se eu soubesse o que era o amor,
eu teria ido antes da tua saída.