Coleção pessoal de priscyllarodrigues

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Amor não é paixão. Fazer sexo não é fazer amor. Ódio não é amor. Amor não é fogo, não é chama, não é amizade, não é casamento, nem compromisso. Amor não é namorar, não é chorar, não é beijar, não é desejar, não é saudade. Amar não é estar-se preso por vontade. Não é servir quem vence o vencedor.

Amor não vai. Amor é o que fica. Amor é resto. Amor é o que sobra do que foi supracitado. Amor não é onda, é o mar. É o companheiro que não abandona depois que todas as fervorosas sensações se foram. Paixão, ódio, saudade, sexo, casamento, desejo são como trens. Amor é estação.

Entender nunca me organizou, somente aumentou a bagunça.

O mundo não é dos espertos. É das pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza um dia é descoberta e vira vergonha. A honestidade se transforma em exemplo para as gerações do futuro. Uma corrompe a vida, a outra enobrece a alma.

Mesmo com as constantes noites, que nunca cesse o meu amanhecer
A renovação é necessária !
Mesmo que lágrimas escorram pelo meu rosto, que sempre o meu sorriso volte a aparecer
Superar é necessário !
Mesmo imerso num mundo sombrio, que eu consiga ser e semear luz
O bem vencer é necessário !
Mesmo que o mundo venha a me fazer cair, que eu consiga me levantar.
Reerguer-se é necessário
Mesmo que o universo inspire minha ira, que eu consigo oferecer o meu melhor
Autocontrole é necessário
Mesmo que me magoem, que eu consiga limpar meu coração das mágoas
Perdoar é necessário
Mesmo que a reciprocidade não esteja presente, que eu consiga oferecer amor
Amar é necessário
Mesmo quando o passado quiser me prender, que eu consiga alçar novos voos
Ser resiliente é necessário
Mesmo que seja difícil mudar, que eu consiga fazê-lo para melhor
Evoluir é necessário
Mesmo que um ponto final apareça, que eu consiga adicionar mais dois pontos e construir um ponto de reticências ...
Prosseguir é necessário !

Tem mais presença em mim, o que me falta.

Eu te acompanho de escanteio. Quero saber da tua vida, quero saber se você está bem e se você ainda sofre de insônias, como vai o emprego novo, se a sorte está pendendo para o seu lado e se te fazem feliz. Me faz feliz te ver feliz. Quero que cuidem de ti com todo o zelo que eu quis cuidar, mas não pude. De fato, você nunca me deu espaço. Eu sufoquei e parti carregando na mala todos os sorrisos roubados, todos os segredos escondidos na cortina dos meus cabelos, todas as músicas de domingo, os seriados antigos, os filmes antigos e velhos hábitos. Eu levei comigo o que era de melhor em mim.

E ela tem razão quando vem dizer que eu devo dosar o tanto do meu amor, o teor de atenção que te dou, o espaço exacerbado que gratuitamente te dei. Eu limpo, cuido, tento organizar diariamente esse espaço, sabe? Mesmo meu quarto sendo uma bagunça total, nada de compara à zona que é teu espaço em mim. Talvez seja por isso que eu deva voltar a me blindar, colocar a velha armadura (por mais que ela já esteja começando a enferrujar, mas nada que uma polida com amor próprio não resolva). Confesso que sinto saudades de quando meus dias não eram cheios de saudades tuas, de como éramos antes, de como tudo entre nós era mais simples e feliz. Sei que pra ti não é fácil também, sei que tua vida também deu uma remexida, balançou teu coração, mudou a posição de alguns sentimentos, fez nascer uns, desfaleceu outroos.. Queria muito que as pessoas tivessem noção de como é esquisito pra mim está passando por tudo isso. Não te condeno. Não me arrependo. Não me desespero. Mas, eu espero que não seja preciso que eu encha teu espaço em mim apenas de lembranças. SÓ de lembranças. Quero que teus sentimentos sempre me façam uma visita, venham tomar aquele café com cheiro poético, venham vez ou outra me ajudar a limpar tudo. Os dias vão passar, claro que vão. Mas eu prometo dizer à ela que prefiro esperar que os dias decidam o que fazer com esse eu espaço em mim. Prometo tentar filtrar essas emoções loucas que me tiram a sanidade. Prometo por ti, pra mim.

Comer a qualquer hora, dormir pouco, malas que não são desfeitas, afetos espalhados pelo mundo, algumas sensações desorganizadas magoando a minha garganta. Às vezes me perco dentro da própria organização que criei pra mim. E vejo minha vida sendo cronometrada porque vivo o hoje com toda a intensidade que é possível investir em cada segundo do dia. Eu preciso descansar um pouco de dizer coisas para observar meus pensamentos: sinto que as palavras se precipitam sempre. Preciso preservar meus instantes de contemplação, de reflexão. Então essa esquisitice presa nas cordas “vogais” das frases acesas quando o silêncio é remédio. Quando a garganta se fecha, ferida. Quando o corpo reclama mais repouso e desaceleração. Quando o frio se espalha pelos ossos. E, para manter o meu coração aberto, eu te peço: não me cobre demonstrações de amor, deixe-o quieto. Eu preciso resgatar na tranquilidade deste sol interno o meu calor.

Não sei se há verdade no que sinto. Há uma vontade imensa de transmutar certas tristezas. Há sempre uma espécie de embriaguez fingindo alegria. Há sempre uma espécie de lucidez trazendo a raiva à tona. Há sempre uma espécie de entendimento que me deixa vulnerável, emotiva e crítica. Não sei se no auge da minha perspicácia eu admitiria tanta bondade, nem sei se vivendo o meu cotidiano com toda a minha racionalidade eu admitiria tanta ternura. Não há um absolutismo nessa sensação que as palavras causaram montando uma história bonita. Às vezes, de tão insegura, por tanto medo de cambalear entre as palavras, risco o papel até rasgá-lo, tamanha minha força. Essa força que só quem tem muito medo dentro de si sabe usar.

..Nossa história, para mim, é guardada feito prece, mantra de amor que transmuta, toca ,contagia. Esperei teu tempo, esperei que aquela ardência de qualquer dor trazida à tona fosse redirecionada prum renascimento. Nunca temi que algo se rompesse, porque sei que é grandioso ,mas fiquei penosa pelo que não nos acompanhamos durante este período. A crônica que eu escrevi, queria que você tivesse sido o primeiro a ler. Sei que ia fechar seus olhos e compor a paisagem de cada frase descrita. E que ia me olhar com aquela lágrima presa no cantinho do teu olho orvalhado de satisfação pelo que consegui tecer. Porque sempre nos acompanhamos nessas construções. Porque sempre fomos a maior torcida um do outro. E, como pode, nossos abraços, tão os melhores, como pode a gente ter ficado tanto tempo assim sem eles?

Mas quero te dizer sobre o que você tem de mais lindo. Quero te dizer dos teus caminhos tão ensolarados, das flores plantadas, da Primavera Espiritual que vai te acompanhar por Todo o Sempre. Quero te dizer que você vai ser sempre uma extensão do melhor que tenho dentro. E que tento me melhorar a cada dia para te acompanhar.

Porque amar você sempre me deixou mais bonita..

Eu só quero tirar o tom solene que emprego nas coisas tristes e descansar dos meus desamparos para recapitular cada átimo de segundo das milhares de vezes em que fui amplamente acariciada. Quero ser espectadora dos meus extremos e direcionar o meu vulcão interno pra devastação de um lugar em que, depois da destruição, possa haver um vasto reflorestamento. Não quero intimidar com a minha energia nem assustar com o que há de mais frágil em mim. Quero observar sossegada que o orvalho ainda não é chuva e que nem sempre o sol afasta o frio. Que para a luz ser boa ou a sombra inadequada, como numa foto, vai depender da imagem que eu quero reter...

Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode.

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

“Eu não acho que seja possível preencher um espaço vazio com aquilo que você perdeu. Não acho que nossos pedaços perdidos caibam mais dentro da gente depois que eles se perdem. Agora foi a minha ficha que caiu: se eu de alguma forma a tivesse de volta, ela não encheria o buraco que a perda dela deixou.”

Escuta: o que te dou não é por você, mas por mim; se tenho amor demais, eu preciso deixar derramar até que tudo escorra e que haja um total esvaziamento. E, novamente, eu me sinta plena dele mesmo. Amo para conhecer-me e tudo me escapa: o que sabia sobre mim se transforma no que ignoro, o que não havia me tornado me fascina, mas não consigo tocar se reconheço. Esse é meu processo de melhoramento: saber-me ilimitada e dinâmica. Escuta: eu não preciso fechar os olhos para ver por dentro a profusão de cores. Eu não preciso usar palavras pra dizer da comunhão das coisas. Eu não preciso estar embriagada de um amor concreto pra ver beleza em tudo. Ele está em mim, eu estou nele e aonde eu for, chegaremos juntos.
Se alguém se assusta ou se comove, é ser-espelho.
Escuta: o que te dou é meu. E isso ninguém roubará de nós.

Eu não faço mais tanta questão, sabe? Se quiser ir, eu me dou o trabalho de te levar até a porta. E se quiser ficar, o sentimento persiste dentro de mim. Mas a escolha é tua, sempre foi. E eu vou me esforçar o máximo pra aceitar, porque entender é pedir muito pra alguém tão sentimental quanto eu. Não me interprete de forma errada, por favor. O meu amor é visível. Mas você tem o livre arbítrio. Repito, a escolha cabe exclusivamente a você. O que eu quero dizer é que permaneço aqui. Com ou sem você. A vida não é tão massacrante quando não se tem expectativas. Quando o médico corta o cordão umbilical, é a forma que a vida encontrou de nos dizer: pronto, agora é você por você.

Que sigamos caminhos distintos, mas que deixemos uma ponte entre nós, que nos possibilite voltar a qualquer momento, que ligue eu e você. Que eu mude de endereço, que você faça novos amigos, que Deus esteja sempre conosco, que nunca falte saudade, pra que possamos mata-la sempre, a qualquer dia. Que você seja sempre linda, e eu sempre valorize o seu ser, que eu vá pela direita do caminho e você pela esquerda, mas que a vida nos possibilite um encontro mais tarde, que nossos caminhos se cruzem e formem apenas um, pra que possamos caminhar juntos, sermos um só, pra que juntemos o que construímos sozinhos e sejamos felizes, pra que o amor possa prevalecer, entre dois corações que sonham em um dia serem apenas um.

“E, fatalmente, vão se cruzar por aí. São tantas as esquinas. Vocês vão beber um café quente juntos, falar amenidades, sobre novos cortes de cabelo, você está bonita, e você mais maduro, como está sua mãe e tudo mais. Nos momentos de silêncio, baixarão o queixo, com medo de amarrar olhares e, talvez, voltar tudo aquilo outra vez. Mas vai ser só isso.”

“Ela vai dar pra você sem a necessidade de seguir os passos “encantar-seduzir-possuir-escapar-manipular-humilhar”. Ela vai dar pra você se demonstrar que pode ir um pouco além do compromisso consigo mesmo. E você enche a boca orgulhoso pra falar das suas atitudes distintas, contra-modistas, então ouve isso: cuida direito dessa menina, rapaz.”

“E a gente vai se olhar e rir de todo esse dramalhão, vou te chamar de bobo, você vai me chamar de besta e amanhã de manhã um outro sol, não mais tão quente e nem tão brilhoso quanto antes, vai nos convidar pra passear enroscados na calçada da mesma ruazinha apertada e sem graça de sempre, como sempre foi. E as pessoas vão perguntar se você voltou. E você vai dizer que nem foi.”

“Eles parecem mesmo presos, mas presos por aquele tipo birrento e obstinado de nó, o nó invisível. Eles também brigam, batem portas e saem por aí. Mas voltam rindo da cara um do outro, se aninham e dizem coisas como ‘não consigo ficar braba contigo’.”

Para os outros parece tão fácil. Já eu, me canso só de pensar em não ter você, ou estar com alguém diferente. Sim, de um jeito estranho e animalesco, como um macaco se comunicando através de gestos selvagens, mas que cansou de pular de galho em galho com medo de não haver tantos galhos assim, só estou aqui tentando dizer que te amo.”

Trecho de "Interrrupção"

"...Escuta, de uma vez, eu poderia dizer que voltamos à estaca zero, mas esta foi cravada no dia que a gente se encontrou. Depois de tirar um pouco os pés do chão, caímos juntos e abraçados num poço escuro e vazio e sem fim. Agora estamos no negativo, a gente simplesmente deve algo um pro outro. E nem vem, não adianta, quem ama o difícil, muito fácil lhe parece. Sei da sua indolência, mas quero tentar mesmo assim, porque já não dá mais pra passar um dia sem que minha história conte um pouco da sua. Cada vez que eu for até sua boca, é um degrau de subida, a gente já foi fundo, fundo demais, não há mais como cair. De agora em diante, o maior risco que a gente corre é ser feliz"

Ninguém jamais me fez sofrer, nunca me obrigariam a isso, sempre que sofri por alguém foi porque quis, não por julgar que valessem a lágrima, cada uma delas.