Coleção pessoal de PriscilaMurad
Em que pese não sermos perfeitos, não somos obrigados a conviver com os defeitos alheios que nos agridem a todo instante.
Devemos acreditar no potencial que cada um tem de se tornar um ser humano melhor. Mas, até que essa transformação ocorra, o mais prudente é se manter distante.
O sorriso é o convite de um coração em festa. A lágrima, a despedida de um espírito que não se permite mais dançar.
O amor, enquanto figura abstrata, é inexplicável, ilimitado, indefinido.
Símbolo de vida plena, de sentimento nobre e de espírito despido e livre.
Mas o amor sempre vai depender da maneira de como será vivenciado.
E isso está intrinsecamente ligado àquele que dá e àquele que recebe o amor.
Assim como a vida pode ser simples ou complicada, boa ou ruim, o amor pode trazer alegria ou sofrimento.
Em suma, cada pessoa é quem detém o poder de zelar pela essência do amor, mantendo este sentimento na sua forma imaculada, ou tornando-o eivado de vícios.
Em nome da vaidade, vemos relacionamentos falidos sustentados pelos pilares da hipocrisia e da infelicidade.
Em nome do poder, vemos pessoas corrompidas perpetuando covardia e injustiça, em total afronta à dignidade alheia.
Corrompe-se também aquele que, no auge de sua omissão, compactua com os impactos destrutivos de investidas tão impiedosas e tão desprezíveis.
Utilizar insensível e indiscriminadamente o perdão é uma forma dissimulada de invocar um virtuosismo que não existe, com o fito de ludibriar a admiração alheia, além de configurar alto potencial de intolerância velada.
Tudo na vida tem volta porque o passado não tem enterro. O passado é feito semente. Uma hora germina.
Tempo perdido é o que se gasta admirando determinada pessoa que pode ser qualquer coisa, menos admirável.
O coração carente e desesperado vê como perda. O coração equilibrado e sábio define como livramento.
Ninguém nesta vida tem o poder de iludir o outro. Nós é que nos deixamos iludir... Às vezes, por não sermos fortes o suficiente para administrar as nossas debilidades ou, simplesmente, porque nos tornamos reféns de nossas malogradas carências.
Se alguém te machucar, releve. Esta pessoa pode estar mais ferida do que o próprio ferimento que ela quer lhe causar.
